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CORTE LIMPO

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Terça-feira, 10.03.15

Liga dos Campeões, oitavos-de-final, 2.ª mão – FC Porto 4-0 FC Basileia – Um regalo

Noite de gala no Dragão. Se houve coisa que não sobrou nesta eliminatória foram dúvidas sobre quem era a melhor equipa, após uma exibição muito completa do FC Porto, que assim regressa aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, fase que não atingia desde 2008/09.

Foi mesmo o melhor jogo da época até agora por parte do FC Porto, que até nem contou com duas das suas estrelas mais brilhantes, no caso Jackson Martínez e Óliver. Não vale a pena entrar do domínio do “se”, porque esta noite a equipa foi credora de elogios, e não se sabe como teria sido caso aqueles elementos estivessem disponíveis.

Até os golos estiveram à altura da exibição portista. Brahimi coloriu o marcador logo aos 12 minutos na conversão irrepreensível de um livre directo, e no arranque do segundo tempo trabalhou bem na esquerda do ataque antes de servir Herrera para um bonito remate cruzado que Vaclík foi incapaz de deter, pese embora ainda tenha tocado na bola.

O terceiro golo surgiu escassos minutos mais tarde, em novo livre directo, que Casemiro transformou num míssil sem defesa possível. Aboubakar fixou o resultado final a quinze minutos do termo, numa jogada individual em que transportou a bola até perto da área, rematando certeiro mesmo tendo oposição de dois defesas.

O volume do resultado é consequência directa da prestação colectiva da equipa, que demonstra ter mais segurança e ideias em posse, bem como processos cada vez mais consolidados. E é aqui que aos poucos se vão reconhecendo os dividendos da tão criticada rotatividade imposta por Julen Lopetegui. À falta das peças habituais, as alternativas têm minutos de jogo e ritmo para se integrarem na equipa sem problemas.

Tudo isto foi demais para o Basileia suportar. Baseando o seu jogo na dureza já exibida na primeira mão, os comandados de Paulo Sousa não deixam uma boa imagem nesta despedida europeia, uma vez que não demonstraram ter argumentos para rivalizar com um FC Porto em grande forma.

A goleada ajudou a apagar da memória, pelo menos por uns momentos, o susto que se viveu por volta do quarto de hora de jogo. Uma saída cheia de determinação de Fabiano não só repeliu o perigo, como também apanhou Danilo no caminho, que sentiu toda a força de uma valente pancada na cabeça. O lateral caiu inanimado, saindo de maca directo para o hospital, imobilizado por um colar cervical. Saber-se-ia após o jogo que a lesão não era tão grave quanto se temeu.

Numa noite tão conseguida, não deixa de ser paradoxal afirmar que um dos destaques da equipa do FC Porto tenha sido Fabiano. Perdeu-se a conta ao número de saídas dos postes para cortar bolas metidas em profundidade pela equipa do Basileia. Chegou a fazer lembrar Manuel Neuer.

Sem querer erguer capelas antes do tempo, os 43 mil espectadores presentes no Dragão foram brindados com um regalo de um jogo, que permite encarar a eliminatória seguinte, no mínimo, com confiança. Será a continuação da busca pelo limite competitivo deste plantel.

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por Miran Pavlin às 23:30



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