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CORTE LIMPO

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Domingo, 15.03.15

Liga NOS, 25.ª jornada – FC Porto 1-0 FC Arouca – Contrariedades crescentes

Há duas semanas a saúde do plantel portista era de ferro. Apenas Adrián López e Óliver estavam no estaleiro e este seria o lado mais positivo da rotação de jogadores lopeteguiana, que acabou por não sobrecarregar os jogadores ao ponto de provocar a chamada onda de lesões.

Agora que entramos nos idos de Março o cenário mudou ligeiramente. É verdade que Óliver até regressou neste jogo, mas entre os enfermos contam-se agora Jackson Martínez, que se lesionou sozinho em Braga, e Danilo, este atropelado por Fabiano na partida com o Basileia.

Como se não bastasse, esta noite foi o próprio Fabiano a ficar fora de combate, ao fazer-se expulsar bem cedo (12’). Talvez o brasileiro ande a ver demasiados vídeos de Neuer, já que a causa voltou a recair numa saída extemporânea. O lance por certo dividirá opiniões devido à proximidade do lateral Ricardo, mas a verdade é que Fabiano foi imprudente e interferiu com o avançado arouquense André Claro quando este ganhava vantagem sobre a bola e ficaria com a baliza à vista.

Talvez tenha sido a melhor coisa que aconteceu ao jogo, que de outra maneira certamente acabaria por vitimar por sono muitos telespectadores. Com menos uma unidade o FC Porto não podia deixar-se desequilibrar, o que foi conseguido, mas a equipa não evitou denotar alguma intranquilidade.

A reacção táctica de Lopetegui foi, no mínimo, audaz, ao retirar precisamente Ricardo para fazer entrar Helton, deixando os dragões a jogar em 3x3x3, com Casemiro a descer para compensar o defensor a menos. O técnico justificou a opção na conferência de imprensa pós-jogo – “a nossa ideia era ganhar o jogo. (…) Não quisemos perder força no meio nem no ataque. Arriscámos, claro, mas o risco tinha que acontecer” – e viu-a ser recompensada aos 32 minutos, quando um cruzamento suculento de Quaresma foi convertido em golo pela cabeça de Aboubakar, ao segundo poste.

O avançado camaronês tem aproveitado da melhor maneira cada minuto em campo. Fez o seu segundo golo na Liga, marcou também na Taça da Liga e na Liga dos Campeões, e ainda fez a assistência para o golo do triunfo na Pedreira. Enquanto Jackson não recuperar, é dia santo na loja de Aboubakar.

No final do jogo, Pedro Emanuel enalteceu a exibição da sua equipa, mas talvez tenha dourado um pouco a pílula. O Arouca construiu apenas um lance de perigo, num remate de Rui Sampaio – que aqui marcara em 2013/14 – logo no primeiro minuto, após boa jogada. A superioridade numérica não permitiu aos arouquenses muito mais que poder fazer uma pressão mais intensa sobre o portador da bola, mas o FC Porto foi sempre conseguindo encontrar soluções para esse problema.

Na segunda parte os dragões mostraram-se mais ajustados ao esquema reduzido, mas não colocaram dificuldades de maior à defensiva visitante. Herrera passou a cobrir o lado direito da defesa, mas notou-se a falta de rotinas naquela posição, compensadas pela solidez dada por Ruben Neves, entrado aos 56 minutos para o lugar de Óliver. Helton foi o injustiçado da noite, ao ver uma notável defesa, a sua única, ser irrelevante devido a fora-de-jogo no desenrolar do lance.

O veterano guarda-redes terá nova oportunidade na próxima jornada, e os adeptos poderão voltar a matar saudades do seu estilo dançante. Será um bom momento para Fabiano repensar a sua abordagem às saídas dos postes. Nos jogos europeus marcados para Abril um instante infeliz tem um preço demasiado caro.

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por Miran Pavlin às 23:00



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