Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Terça-feira, 29.11.16

Taça da Liga, fase de grupos – FC Porto 0-0 CF Os Belenenses – Mal menor

O palco do jogo mudou. Parte dos intervenientes também, assim como a competição em causa. Só duas coisas se mantiveram do jogo de sábado para este: o nome do adversário e o resultado final. O FC Porto estava preso na estaca zero e por lá continuou, ao cabo de mais 90 minutos de futebol com muito pouca baliza. O jogo em si não foi diferente de pretéritas noites portistas na Taça da Liga, caracterizadas por futebol a meio gás perante bancadas tristemente despidas. No entanto, o contexto no qual se inseria a estreia dos dragões na prova aconselhava, imagine-se, a que se esquecesse o desprezo crónico e se encarasse esta Taça da Liga como se fosse a Taça de Portugal. Ainda assim, Nuno Espírito Santo promoveu alterações de vulto nos titulares, dando a oportunidade a nomes como Evandro, Depoitre e Brahimi, além das inclusões de Inácio, recrutado à equipa B, na lateral esquerda, e de Varela na lateral oposta. No decorrer do encontro João Carlos Pereira teve a sua primeira oportunidade de ir a jogo, juntamente com Adrián López e ainda Rui Pedro, outro nome da equipa B, que acabaria por ser o homem que mais perto esteve do golo. Que nunca apareceu.

Por estes dias, é como se o golo fosse um metal raro e valioso, que exige que uma mão cheia de operários morram para o extrair da mina mais profunda. E como ninguém está para perder a vida, o FC Porto teve que se resignar a um quarto empate consecutivo sem golos. O Belenenses não criou perigo, em parte porque simplesmente não conseguiu, mas também porque teve que jogar cerca de 50 minutos com menos um homem, pela expulsão do jovem Benny por uma valente calcadela – ainda que aparentemente sem maldade – no tornozelo de Rúben Neves. O que os azuis do Restelo mostraram – ou não – no Dragão sublinha dois aspectos opostos em relação ao FC Porto. Por um lado, a defesa mantém-se estanque, mas por outro nem contra dez os dragões puseram fim à seca de golos.

Felipe ainda pensou ter marcado (29’), mas o seu desvio de cabeça a um livre de Brahimi foi invalidado por fora-de-jogo. As imagens televisivas foram tão pouco esclarecedoras que não resta outra hipótese senão acreditar que o juiz de linha não teve quaisquer dúvidas sobre a irregularidade do lance. Após alguns remates frouxos e à figura do ex-portista Ventura, em cima do final Rui Pedro esteve então perto de fazer soltar o ansiado grito, rematando rasteiro – e devagar – desde a esquerda da área, mas um ligeiro toque de um defensor belenense encaminhou a bola para o poste, gorando-se assim a oportunidade.

Não havia mesmo meio de quebrar a malapata. Enredado numa teia de dilemas, e com as recepções a Braga e Leicester nos capítulos imediatos, o FC Porto inicia assim a Taça da Liga com um mal menor. Tendo havido alguns assobios e um ou outro lenço branco no final, se a saída dos agora 430 minutos sem golos não estiver na próxima esquina, a intensidade dos protestos certamente subirá exponencialmente de tom.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:59

Sábado, 26.11.16

Liga NOS, 11.ª jornada – CF Os Belenenses 0-0 FC Porto – Bloqueio

Minuto 69. Depoitre, que entrara oito minutos antes, isola-se perigosamente a caminho da baliza do Belenenses. Na hora de decidir a jogada, chuta em falso, escorrega, cai, desmorona-se. Tudo no mesmo movimento. Foi a personificação da crise do ataque portista, que rendeu escassos dois golos nos últimos seis jogos, incluindo este. O despiste de Depoitre foi talvez o mais claro dos três lances de golo que o FC Porto construiu. Antes (23’), Óliver tinha aparecido em boa posição na esquerda da área mas decidiu mal, não se percebendo se quis passar ao colega que aparecia no meio ou fazer um desvio mais ou menos subtil, e na segunda parte um cabeceamento de Marcano ultrapassou o guarda-redes mas foi salvo in extremis pelo belenense Florent (55’). O próprio Belenenses teve apenas um lance perigoso, através de um remate de André Sousa que encontrou o poste (13’), apesar da irreverência de Abel Camará, que obrigou mais que uma vez Casillas a atenções redobradas. O golo, esse, tirou folga, e a sua ausência tirou também mais dois pontos ao FC Porto, que empata pela terceira vez consecutiva no campeonato. Juntando todas as provas, os dragões acabam de completar uma trilogia de nulos, e não marcam há já 340 minutos, mais descontos.

Qual escritor, o sector atacante do FC Porto vive um bloqueio. Sem Diogo Jota e Otávio na melhor forma, André Silva parece ficar muito mais sozinho entre os defensores contrários, mas isso não explica na totalidade a falta de garras afiadas nos movimentos ofensivos do FC Porto. Até porque o desacerto é generalizado. Os passes sem nexo, quer pelo ar, quer sobre a relva, repetem-se, e os jogadores não mostram entendimento entre si, o que se traduz na incapacidade de os médios solicitarem os avançados, e vice-versa. Apenas a defesa tem mantido de pé as fundações do edifício portista. Com oito pontos perdidos em quatro encontros, o FC Porto vê-se ultrapassado pelo Sporting, e em risco de cair, na conclusão da jornada, para o quinto lugar a sete pontos da liderança; sem esquecer de que já está fora da Taça de Portugal e ainda não garantiu a passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. São demasiados sinais de alarme, e a época ainda só leva três meses.

O Belenenses foi pouco mais que lutador, tornando-se progressivamente mais confortável com a ideia de empatar a zero, enquanto o FC Porto ia deixando o coração levar a melhor sobre a cabeça conforme os minutos escoavam. As substituições não surtiriam grandes efeitos, e a partida terminaria com o resultado que se foi adivinhando durante toda a segunda parte. É difícil perceber como esta mesma equipa que se impôs tão vincadamente no encontro com o Benfica não tenha conseguido voltar a marcar desde esse jogo. Naturalmente que os golos vão voltar a aparecer, mas enquanto tal não acontece a única certeza é que esses golos futuros não servirão para devolver os pontos que ficaram pelo caminho. E só eles poderão diminuir a intensidade das brasas sobre que o FC Porto a partir de agora definitivamente caminha.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:50

Terça-feira, 22.11.16

Liga dos Campeões, fase de grupos - FC Copenhaga 0-0 FC Porto

Não assisti ao jogo. O empate significa que a decisão sobre o futuro do FC Porto na Liga dos Campeões ficou adiada para a última jornada do grupo. Na época passada desperdiçar oportunidades custou bem caro.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:00

Sexta-feira, 18.11.16

Taça de Portugal, 4.ª eliminatória – GD Chaves 0-0 FC Porto (a.p., 3-2 g.p.) – Faltou o sal

Em abstracto, uma das piores coisas – senão mesmo a pior – que o futebol pode oferecer aos adeptos é um 0-0 ao fim de 120 minutos de jogo. São muito raras as ocasiões em que não são vistas como mal empregues as duas horas na bancada ou em frente à televisão com o tempero principal do jogo bem fechado no saleiro. Foi justamente isso que aconteceu nesta primeira visita do FC Porto a Chaves em nove anos. Intensa na primeira parte, equilibrada após o descanso, e de sentido único no prolongamento, a partida, qual peça de teatro, teve vários actos, mas a todos faltou o golo.

O Chaves foi o primeiro a causar perigo, num cabeceamento de William que não passou longe da baliza (10’); o FC Porto teve o primeiro remate ao quarto de hora, mas o jogo pouco mais teria que meias oportunidades, de parte a parte. Os flavienses tiveram mais um cabeceamento perigoso antes do intervalo, André André, já na segunda parte, desferiu um belo remate em arco, que só não foi belíssimo porque esbarrou na trave, e em cima do apito final Nélson Lenho vestir-se-ia de herói, ao cortar o remate de Diogo Jota com a cabeça, bem no centro da área. O tiro levava a palavra “golo” escrita a letras garrafais, mas não passou disso, confirmando-se o prolongamento como o capítulo seguinte. Os treinadores das duas equipas é que já o tinham percebido há muito, pois a primeira mexida aconteceu apenas ao minuto 77, com a troca de Otávio por Depoitre. Tantas vezes criticado por não lançar o belga, Nuno Espírito Santo desta vez fê-lo, mas o ponta-de-lança não conseguiu ser mais que desajeitado na hora de finalizar, tornando-se ele próprio em mais um óbice à finalização dos dragões, que novamente deixou a desejar.

No tempo extra o Chaves mudou então de estratégia, e procurou queimar algum tempo com assistências médicas, ao ponto de a primeira parte ter tido quatro minutos de compensação. A iniciativa que o Chaves entregava ao FC Porto era um presente envenenado, que trazia consigo a responsabilidade total de terem que ser os dragões a decidir o jogo a seu favor. A conclusão das jogadas, no entanto, continuou a ser a pecha. O mais perto que o FC Porto esteve do golo até final foi quando o flaviense Paulinho, ao tentar aliviar, fez uma rosca que por pouco não resultou num auto-golo (118’). As grandes penalidades eram mesmo o destino.

Vasculhando a memória, o vosso humilde escriba consegue lembrar-se de sete desempates, dos quais o FC Porto venceu apenas dois, ambos diante do Sporting nesta mesma competição. E mais uma vez o FC Porto sucumbiu. A primeira leva parecia encaminhar os azuis-e-brancos para o sucesso, com Evandro a marcar e Braga a permitir a defesa a José Sá, mas não é possível resistir quando Layún, Depoitre e André Silva falham as suas conversões; mérito a António Filipe, que parou cada uma dessas grandes penalidades. Felipe Lopes ainda desperdiçaria a sua tentativa – no total, falharam-se cinco das dez grandes penalidades tentadas –, antes de Leandro Freire assumir a cobrança decisiva, enviando o Chaves para próxima eliminatória.

Curiosamente, Freire era o mesmo homem que protagonizou um lance duvidoso, em que parece ter cortado a bola dentro da área com o braço, já no prolongamento. Talvez o árbitro não tivesse o melhor ângulo para avaliar o lance, e o jogo seguiu. Ficam os lamentos sobre o que poderia ter sido. Depois de duas épocas em que os desastres defensivos foram a ordem do dia, e tendo o FC Porto aparentemente corrigido esse problema, é agora a finalização que volta a tolher a equipa, depois dos encontros do campeonato com Setúbal e Benfica. Nuno reconheceu-o na entrevista rápida. Será mais um sinal dos tempos, ou a próxima etapa a cumprir para o renascimento do FC Porto?

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:59

Domingo, 06.11.16

Liga NOS, 10.ª jornada – FC Porto 1-1 SL Benfica – Sinal dos tempos

Outrora feliz, o minuto 92 fica hoje para a história como aquele em que se desmoronou tudo aquilo que o FC Porto procurava de há uns anos a esta parte, e que foi encontrando ao longo deste clássico. De facto, o FC Porto não podia ter escolhido melhor jogo para se apresentar ao máximo das suas capacidades. Enérgicos e cheios de intenção, os azuis-e-brancos deixaram as hesitações à porta e realizaram uma notável exibição, pontuada por inúmeras recuperações de bola, com fio de jogo, entrega, e com o entrosamento que tão frequentemente tem faltado. A pecha foi, mais uma vez, a finalização, que em última análise não terá permitido ao FC Porto segurar o jogo com as duas mãos.

Oportunidades para isso não faltaram, nomeadamente no primeiro tempo, altura em que o FC Porto teve o seu motor em alta rotação. Com Corona, Diogo Jota e André Silva a emprestar grande dinâmica às movimentações ofensivas, e bem apoiados por Óliver e Otávio, os dragões não deixavam o Benfica respirar. Com efeito, sempre que saíam da zona defensiva, os encarnados rapidamente se viam cercados por homens de azul-e-branco e sem opções para avançar mais no terreno. Ganhando a bola, os jogadores do FC Porto tinham sempre quem desse linhas de passe para a construção de novo ataque; a situação era idêntica a cada perda de bola, já que havia sempre alguém na posição ideal para fechar o caminho ao adversário. Faltava apenas o golo. André Silva disparou forte após um mau alívio da defesa contrária – graças à pressão de Óliver, em quem a bola ressaltou –, com o remate a sair um tudo ou nada ao lado (22’), e Corona isolou-se mas não foi capaz de desfeitear Ederson (24’), naquelas que foram as melhores oportunidades do FC Porto. Do outro lado, apenas um lance, já em cima do descanso, quando Felipe por pouco fazia auto-golo ao tentar cortar um canto. A bola ainda raspou no poste.

Se por um lado o Benfica não saía da toca porque o FC Porto estava inexcedível, por outro talvez isso não acontecesse porque os comandados de Rui Vitória não queriam. Pelo menos, a avaliar pelos primeiros minutos da segunda parte, altura em que Ederson foi amarelado por demorar a cobrar um pontapé de baliza. A estratégia não duraria muito mais tempo, pois aos 50 minutos o Benfica passava a estar obrigado a correr atrás do prejuízo. Sobre a esquerda do ataque, Diogo Jota fintou Nélson Semedo e rematou cruzado, com a bola a entrar pelo buraco da agulha do primeiro poste. O golo teve um efeito quiçá inesperado. Em vez de fazer com que o FC Porto se galvanizasse em busca do segundo tento – aquele que a gíria diz ser o da tranquilidade – o resultado foi um crescimento do Benfica, que começou a aparecer mais vezes junto à área portista. Tal era consequência directa do retraimento do FC Porto, que deixou de atacar com tanta motivação. Nuno Espírito Santo procurou fechar a zona central fazendo entrar Rúben Neves (67’), mas para isso retirou Corona, hoje uma das unidades que mais estava a mexer com o jogo; mais tarde sairia Óliver (76’), outro nome que encaixa nesta descrição, entrando Layún, novamente para jogar na extrema.

Tendo retirado o poder de fogo nas alas, o FC Porto não conseguiu evitar que o Benfica continuasse a mostrar o quão instável o 1-0 era. Casillas já tinha sido chamado para duas intervenções mais vistosas, enquanto o FC Porto respondeu com um livre colocado de Alex Telles, que Ederson defendeu bem. Já o relógio escoava a compensação quando Herrera, que entrara aos 87 minutos para o lugar de Diogo Jota, protagonizou o golpe de teatro da noite. Ao tentar chutar contra um adversário para ganhar um lançamento, o mexicano acabou por ceder um canto. O Benfica bateu curto, e o cruzamento subsequente encontrou a cabeça de Lisandro López, que assinou o empate, literalmente silenciando o estádio.

Este lance deitou por água abaixo todo o trabalho da equipa, bem como as perspectivas que se abriam se o triunfo portista se tivesse confirmado, e até o espaço para a reclamação de uma vitória moral, às costas da óptima exibição colectiva. O topo da classificação manter-se-ia sempre na posse das águias, mas tal não invalida que o FC Porto tenha pago bem caro a má decisão de Herrera. Olhando apenas à exibição, o FC Porto deixa a fasquia muito alta. Se é capaz de estar a este nível num clássico, a equipa fica desde já obrigada a não fraquejar novamente, pelo menos sem ter um bom motivo para tal. Considerando o resultado final e o momento do golo sofrido, é difícil não o ver como um sinal dos tempos. Por mais que a equipa faça, falha sempre alguma coisa; num dia é a finalização, no outro são as carências defensivas, uma decisão do árbitro, uma opção do treinador, ou, como foi o caso, um disparate de um jogador próprio. O FC Porto continua assim a cinco pontos da liderança.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 22:45

Quarta-feira, 02.11.16

Liga dos Campeões, fase de grupos – FC Porto 1-0 Club Brugge KV – Construir sem peças

Não vale a pena repetir que parte da magia do futebol reside nas inúmeras formas através das quais se pode chegar a uma vitória. É até possível ganhar só a defender, mas isso acontece uma vez de longe a longe, pelo que é conveniente que uma equipa encare um jogo como se fosse um brinquedo de construção, juntando peça sobre peça até atingir o resultado final. Entre as peças essenciais contam-se o entendimento entre os jogadores, a velocidade de execução, a capacidade de aplicar diferentes soluções quando as que se tentam não resultam, e a determinação na hora de definir as jogadas. O FC Porto não utilizou nenhuma dessas peças nesta recepção ao Club Brugge… mas saiu vencedor. Para que a análise entre definitivamente em curto-circuito, falta referir que os dragões até podiam ter vencido por três, quiçá quatro golos de diferença.

Todavia, não é por essa ponta que que se desenrola o novelo do jogo. Lento, previsível – uma coisa leva à outra – e sem conteúdo na posse de bola, o FC Porto não conseguia importunar o Brugge. Certamente à espera de mais dificuldades, os belgas praticavam um futebol circunspecto e demoravam a perceber o que deviam mudar na abordagem que trouxeram para o jogo. Um remate de Wesley que obrigou Casillas a estirar-se para uma boa defesa (26’) foi o único momento relevante da meia hora inicial, o que diz muito sobre o que se ia passando, ou não, sobre o relvado. O FC Porto saiu da toca ao minuto 34, altura em que um livre lateral aparentemente inofensivo de Alex Telles acertou na trave, com Butelle a defender a insistência de Danilo Pereira. Os momentos de lucidez portista fizeram o Brugge tremer, e foi nessa fase que surgiu o golo, por André Silva (37’), que cabeceou cruzado após canto do mesmo Alex Telles, com a bola a ressaltar num defensor contrário, traindo o guardião francês do Brugge.

Com o marcador aberto, e perante o futebol curto dos campeões belgas, o FC Porto tinha caminho livre para finalmente mandar no jogo, mas os jogadores continuavam a hesitar sempre que tinham a bola; nomeadamente Óliver, que nas poucas vezes em que foi lançado em profundidade – o FC Porto falhou repetidamente nesses passes – nunca optou por arrancar, preferindo dar a um colega mais recuado para que tomasse ele a responsabilidade de prosseguir o ataque. Por volta dos 60 minutos as equipas partiram-se, o jogo conheceu uma fase mais desgarrada e o Brugge construiu a única jogada ao primeiro toque de todo o encontro, mas logo as coisas acalmaram e o FC Porto voltou a adormecer. Nuno Espírito Santo mexeu bem na equipa, lançando Rúben Neves (62’) para dar a solidez que Herrera mais uma vez não dava, e Corona (71’) para mexer com os flancos, pois Diogo Jota esteve indistinto. O FC Porto teria três cruzamentos perigosos mas não aproveitou nenhum, e voltou a causar perigo num contra-ataque conduzido por Layún, que entrara aos 79 minutos para jogar a extremo, em substituição de Otávio, já que Maxi Pereira ocupou o posto habitual do mexicano na lateral direita; Layún tinha dois colegas em boa posição nos flancos, mas embrulhou-se com a bola em vez de a passar, e o lance perdeu-se.

Apesar das investidas portistas, seria o Brugge a estar mais perto do golo que daria um tenebroso empate (85’), quando Pina apareceu solto na área para desviar um cruzamento, opondo-se Casillas com uma grande defesa. A crença do Brugge nos minutos finais causou grandes sobressaltos, com os dragões a terem mesmo que queimar tempo nas reposições de bola. Os calafrios durariam mesmo até final, ja que na demorada cobrança de um canto o FC Porto acabou por perder a bola e permitir um último contra-ataque aos visitantes. Já perto da área, Vormer precipitou-se e rematou sem grande nexo, com o apito final a soar logo de seguida, confirmando André Silva como o homem do jogo, à falta de uma boa nota colectiva.

Mesmo sem convencer, tanto aqui como na Bélgica, o FC Porto conclui com aproveitamento total o duplo confronto com o Brugge, e precisa agora de derrotar o FC Copenhaga na próxima jornada para carimbar desde logo a passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:55



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Novembro 2016

D S T Q Q S S
12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
27282930