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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Com meia época decorrida, é tempo de tirar ilações sobre a prestação do plantel portista até aqui.
GUARDA-REDES
Helton: ao seu nível. Salvador numas ocasiões, comprometedor noutras, especialmente quando há mais gente a ver o jogo.
Fabiano: continua a ser o suplente na Liga e na Europa, ficando com as outras competições a seu cargo. E sempre que joga não compromete, sofre poucos golos, e faz valer a estatura para se impor na área. O FC Porto tem a baliza bem guardada, caso o brasileiro tenha paciência para esperar pela saída de Helton.
DEFESAS
Danilo: sem colocar em causa a sua competência, por vezes torna-se difícil perceber por que custou tanto dinheiro.
Maicon: o melhor defesa do actual FC Porto. As lesões têm-no impedido de ganhar ritmo.
Fucile: jogou na Supertaça mas rapidamente se eclipsou, deixando mesmo de fazer parte das escolhas do treinador, entre rumores de mau comportamento no balneário e de uma possível saída para um dos rivais de Lisboa.
Reyes: recém-chegado à Europa, foi pouco utilizado, apesar de ter deixado boas indicações num ou noutro jogo. Deve continuar a ganhar rodagem na equipa B.
Mangala: talvez a chamada à selecção francesa no final da época passada lhe tenha subido à cabeça, pois a entrada nesta temporada foi demasiado tremida. O erro em Belém, que custou dois pontos fê-lo descer à terra, e aos poucos vai regressando à exuberância e ao vigor a que habituou os adeptos.
Alex Sandro: tem sido o elemento mais imune aos erros defensivos da primeira parte da época. Competente tanto a subir no terreno como a defender, falta-lhe ser mais preponderante no cruzamento e a servir o extremo do seu lado.
Otamendi: está longe do nível a que se exibia quando chegou, e que lhe garantia um lugar na selecção argentina. Estará com a cabeça numa saída? Será só um ano mau? Tem meia época para esclarecer a questão.
MÉDIOS
Lucho González: a alma do balneário. Mas a idade começa a pesar, e as pernas já não duram 90 minutos como na primeira passagem pelo Dragão. A jogar mais avançado do que com Vítor Pereira, continua a dúvida sobre o porquê de marcar poucos golos.
Josué: há muito que o FC Porto não tinha um jogador assim, de raça e amor à camisola, a fazer lembrar Paulinho Santos. Jogou muitas vezes fora de posição, o que lhe quebrou o rendimento. Ainda assim, precisa de mostrar algo mais do que combatividade a toda a prova.
Quintero: chegou esta época rotulado de craque, mas não foi imediatamente lançado às feras. Quando jogou nem sempre fez a diferença, e a falta de minutos já lhe motivou queixas. É jovem e é o seu primeiro ano na Europa. Recomenda-se mais um pouco de paciência.
Izmailov: o desaparecido. Há meses a tratar de assuntos pessoais, o secretismo à volta da sua situação apenas junta mais pontos de interrogação àqueles que já existiam nos seus tempos de Sporting. Respostas precisam-se.
Herrera: outro recém-chegado, foi infeliz no jogo com o Zenit, e desastrado na visita ao Sporting na Taça da Liga. Parece valer mais do que mostrou até agora. Espera-se que seja só o choque de um ano de aprendizagem num novo ambiente.
Carlos Eduardo: mais um dos reforços, a qualidade que mostrou quando começou a ser utilizado leva a pensar se teriam sido necessários tantos experimentalismos no meio-campo. Com bom toque de bola e visão de jogo, o brasileiro promete. A expulsão em Alvalade e um jogo mais discreto na Luz esvaziaram um pouco o balão, mas a expectativa mantém-se.
Fernando: o “Polvo”. Um dos destaques, senão mesmo “o” destaque até agora. Como sempre mais apto a destruir o jogo adversário do que na construção, se fosse melhor nesse aspecto do jogo certamente seria titular da selecção brasileira.
Defour: o belga é um todo-o-terreno. Não tão espectacular como João Moutinho, mas igualmente adaptável e eficaz. Não se entende por que não é mais utilizado, ainda para mais numa fase em que podia aproveitar a embalagem do bom momento da sua selecção. A insatisfação já está à vista.
AVANÇADOS
Jackson Martínez: não tem sido o mesmo Jackson da época passada, mas continua a ser dono e senhor do lugar, e a marcar golos em todas as competições…
Ghilas: … ofuscando este argelino que tão bem se tinha mostrado no Moreirense, e que ainda não marcou qualquer golo nas poucas vezes em que jogou.
Varela: imprevisível. Não no bom sentido. Não se sabe qual o Varela que vai estar em campo – se o que vai driblar, cruzar e ainda tem tempo para visar a baliza, ou o Varela inconsequente e alheio do jogo.
Licá: entrou na época a todo o gás, mas tem vindo a decair de rendimento e de ideias. Muito preso aos mesmos movimentos, ainda não encontrou uma solução para voltar ao nível dos primeiros jogos.
Ricardo: demasiado discreto, ainda que não comprometa. Já foi testado a lateral.
Kelvin: outro dos menos utilizados, o que dificulta descolá-lo do golo ao Benfica na época passada.
Iturbe: apenas esteve no início da época, sendo depois emprestado ao Verona. No Porto ora parecia inconsequente, ora queria correr, driblar, passar e rematar, tudo ao mesmo tempo. Em Itália tem marcado golos, o que adensa a dúvida: quereria mesmo jogar no FC Porto?
O mercado de Janeiro trouxe Quaresma, que apenas teve tempo de fazer um jogo e meio.
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