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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Antes de se poder afirmar que o FC Porto se superiorizou novamente ao Maccabi Telavive com alguma naturalidade, deve dizer-se que desta vez os dragões tiveram que tornar o jogo mais fácil, pois o Maccabi foi mais problemático, como de resto seria de esperar. Apresentando-se mais aberto que no Dragão, o Maccabi acabava por abrir mais espaço junto à sua área e o FC Porto não hesitou em explorá-lo, tornando os primeiros 18 minutos num carrossel de sustos junto às duas balizas.
Tudo terminou ao 19.º minuto. Num lance de insistência, André André descobriu Tello solto na esquerda e o catalão, apesar do mau domínio, conseguiu mesmo concluir para o primeiro golo do encontro. Até aí, o FC Porto tivera que lidar de novo com as referências Ben Haim II e Zahavi, que foram os principais responsáveis pelo atrevimento do Maccabi. O golo dos israelitas esteve mesmo para acontecer, mas Ben Haim II, na pequena área, não teve a compostura necessária para emendar de cabeça, numa fase em que os da casa tiveram vários cantos a favor.
O golo de Tello mudou então a face do jogo. O Maccabi precisou de algum tempo para se recompor e fechou-se, obrigando o FC Porto às quase constantes lateralizações que em certos jogos caseiros despertam os assobios de alguns adeptos. Ironicamente, só depois do descanso é que o FC Porto poderia descansar. Logo aos 50 minutos André André apareceu, imagine-se, a cabecear para o 0-2 numa antecipação ao central, após boa jogada na direita, com Maxi Pereira no cruzamento.
Só a partir daí os tricampeões israelitas voltaram a incomodar Casillas, nomeadamente através de remates de fora que aqueceram as luvas ao internacional espanhol. Numa dessas situações, o lance evoluiu para um contra-ataque perigoso dos azuis-e-brancos, mas Evandro finalizou muito mal, tão mal quanto Aboubakar no primeiro tempo.
O FC Porto acabaria mesmo por chegar ao terceiro golo, por Layún (72’), num bonito remate em arco, após boa solicitação de Tello. O Maccabi ainda disporia de uma grande penalidade, que Zahavi não desperdiçou, rematando forte para o canto inferior esquerdo do guarda-redes. Talvez seja injusto para o Maccabi que o seu primeiro golo nesta fase de grupos nasça desta forma, uma vez que o lance que motivou o castigo máximo não pareceu faltoso. Ainda houve tempo para Rikan quase fazer um auto-golo, no último momento de perigo do encontro, que terminaria minutos depois sem mais sobressaltos.
Na sua primeira visita à Terra Prometida, o FC Porto mostrou que tinha na mão a chave da porta de uns oitavos-de-final que estão também eles prometidos, ainda que tacitamente, desde o jogo com o Chelsea. A porta ficou então aberta; falta atravessá-la.
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