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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Foi preciso esperar pelo primeiro clássico da temporada para ver o FC Porto durar 90 minutos. Num jogo em que um mau resultado custaria a liderança, os azuis-e-brancos não deixaram os seus créditos por mãos alheias, e aumentaram a distância para o segundo posto, precisamente do Sporting, para cinco pontos.
Ainda assim foi preciso um safanão, na forma do golo de William Carvalho, para o FC Porto puxar dos galões e fugir com o resultado, depois de Josué ter aberto o activo ainda cedo, de grande penalidade – o médio ainda não falhou da marca de onze metros.
A primeira parte foi disputada muito a meio campo. Com a tranquilidade da vantagem, o FC Porto viu esgotarem-se os minutos sem voltar a criar perigo efectivo – pelo menos para a baliza contrária, já que um desentendimento entre Mangala e Helton quase permitiu ao Sporting ficar com uma baliza deserta à sua mercê.
A toada parecia manter-se na segunda parte. Até ao tal safanão, à hora de jogo. Qual despertador, três minutos depois o FC Porto voltava à vantagem, em lance individual de Danilo, que já dentro da área se desenvencilhou de um defensor contrário e disparou certeiro.
Não é que o Sporting tenha desaparecido completamente do jogo. Em lances quase consecutivos Helton foi forçado a duas defesas apertadas, uma a cabeceamento de Montero, outra a remate de Piris. Não marcaram os leões, marcou Lucho, aparecendo na zona do ponta-de-lança para fazer, de cabeça, o seu primeiro golo ao Sporting. O jogo ficou aí resolvido, e o FC Porto pôde descansar.
Interessante constatar que numa partida em que Jackson Martínez “tirou folga”, outros jogadores tenham chamado a si os holofotes, ao contrário do que por vezes é sugerido na imprensa. Varela e Fernando estiveram em alta rotação; é um dos laterais, Alex Sandro, que sofre a falta para a grande penalidade; o outro lateral aponta o segundo golo; e é o médio Lucho González que aparece na zona fatal para selar o resultado, com o cruzamento inicial a sair dos pés de Jackson. Três lances em que o desposicionamento táctico do FC Porto baralhou o adversário, com o resultado a ficar expresso no marcador.
Termina com um travo doce a trilogia caseira do FC Porto, depois do sabor insosso com o Trofense na Taça e do amargo com o Zenit na Champions. Segue-se nova trilogia, agora fora de portas, igualmente para três competições diferentes, igualmente capaz de definir o que falta de época para o dragão. A primeira paragem é no Restelo, sábado, na próxima jornada da Liga.
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