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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Estarei a falar aqui do Benfica, mas aquilo mais parecia o União de Lamas a tentar a sua sorte na liga dos campeões. Mais uma vez o Benfica, quando tem jogos com equipas com planteis supostamente superiores jogou para não ser humilhado, isto é, a derrota era um dado garantido na cabeça de Jesus, este só não queria ser despachado com 4 ou 5. Isto de ter fantasmas de goleadas na cabeça de Jesus, dos 5 a 0 ou do 3-0 em casa de uma equipa que Jesus toma sempre como superior, não leva o meu Clube a lado nenhum. Neste caso 3-0 com o PSG, a equipa do Ibrámóbich, do Matadui e do Ven dra Vielde, até nem deve ter sido mau para ele, visto que defendemos o jogo todo.
Sei que não sou treinador, sei que nunca o vou ser, mas já vejo futebol com olhos de ver há 20 anos, e sei ver que o PSG jogou com a equipa TITULAR, se este jogo fosse a final da Champions com o Barcelona / Bayern / Real Madrid, era com esta equipa que o PSG jogava (claro que o Thiago Silva lesionado iria jogar no lugar do Alex ou do Marquinhos) e sei que não era com esta equipa com o Benfica iria jogar. Se é para jogar à defesa, se é para sair em contra ataque porque se joga com Cardozo no ataque? Porque se coloca Djuricic se este ainda não se adaptou à forma de pressionar / defender do Benfica? Estamos a falar de um jogador que jogava na Holanda onde só lhe pediam para atacar, para não falar que Djuricic este ano pouco jogou. Porque se coloca Enzo Perez na direita se sabemos que poucos desequilíbrios efectua e que traz pouca velocidade à ala? Depois ainda coloca o André Gomes a substituir Fejsa, se estamos a falar de um jogador que joga habitualmente com Moreirenses e com Sporting B, Porto B, Braga B e que nem sei se tem um minuto na primeira liga portuguesa.
No final o que aconteceu? 3-0 no final da primeira parte e uma segunda parte a ver Ibrahimovic a brincar com a bola em vez de ser mais objectivo... Se calhar este não queria que Cavani fizesse gosto ao pé, só para ser o melhor marcador do PSG. O melhor disto é que mesmo na segunda parte, o objectivo do Benfica continuava a ser ... NÃO SOFRER MAIS GOLOS, porque atacar estava em segundo plano.
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Hoje o tema é Guarda - Redes, do Muito Bom para o Fraquinho.
Nível Courtois / Cech - Pelo que ando a ver este ano, parecem ser os melhores do momento. De salientar a exibição fenomenal de Cech vs Bayern e a solidez defensiva que o ENORME Courtois dá ao Atlético.
Ninguém esteve a este nível como é óbvio.
Nível Diego Lopez / Valdes - Diego Lopez anda a ser enorme na baliza do Real Madrid e Valdes no seu ano de despedida só tem feito grandes exibições.
Ninguém esteve a este nível, já era de esperar.
Nível Artur / Rui Patrício - Aqui em Portugal temos um nível médio, ambos já estiveram muito bem este ano como já cometeram umas verdadeiras gralhas futebolísticas.
André Gomes - De forma surpreendente o miúdo entrou bem num jogo em que se lhe exigia muito, nem todos aguentam esta pressão e nem todos encontram motivação para entrar em jogo da forma que entrou.
Markovic - a jeito da NBA, este deveria ser só o 6º jogador (no futebol o 12º), visto que sempre que entra consegue causar uns desequilíbrios Desta vez colocado na direita, conseguiu com a sua velocidade pelo menos assustar os laterais contrários.
Sulejmani - pensei que ia para jogo só para pastar, mas conseguiu trazer algo ao jogo do Benfica. Como é óbvio o PSG já esta a 20 à hora, o que ajudou bastante.
Artur - Sem culpa de maior nos golos, ainda conseguiu fazer uma grande defesa.
Nível Roberto - Por mais que já tenha ganho o titulo de "Melhor guarda redes da liga espanhola" e neste momento ser o guarda redes titular do Olympiakos, nunca me vou esquecer do horrível ano que teve no Benfica.
Todos aqueles não tiverem o seu nome na gama mais baixa da hierarquia.
Nível Eduardo - Vou ser duro com ele, mas dos poucos jogos que vi do Braga, já vi alguns erros brutais da parte de Eduardo.
Djuricic - Coisa péssima de se ver, nem defendeu bem, nem pegou no jogo, não fez rigorosamente nada. Eu acho que ele é bom jogador, mas a sua adaptação não está a ser fácil e neste tipo de jogos o seu nome nem na mesa deveria estar.
Jorge Jesus - tudo péssimo, equipa mal estruturada, comentários péssimos (Jogamos para o segundo lugar, Ibrahimovic fez aquilo que não costuma fazer). Vamos longe assim, vamos.
A resposta ao empate no Estoril ameaçou ser categórica, mas acabou por ser mínima, com o golo solitário do encontro a aparecer numa altura em que o FC Porto começava a deixar a impressão de quem estava com a cabeça noutro jogo que não este.
Com efeito, o FC Porto foi mandão durante largos períodos da primeira parte, encostando o Vitória às cordas, e criando algumas oportunidades de golo, com a mais notória a sair dos pés de Jackson Martínez, que acertou no poste.
Apesar do lufa-lufa, o golo teimava em não aparecer. E numa manobra estranha, pelo menos enquanto o resultado não parece estar encaminhado, o FC Porto decidiu começar a desvanecer-se do jogo. O futebol tornou-se bastante menos criativo, para não dizer menos interessado.
E se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé. Logo nos primeiros minutos do segundo tempo os dragões dispuseram de um castigo máximo que eriçou a crítica, dando seguimento à efervescência da semana anterior. Qualquer portista que veja o lance sem usar os óculos com lentes azuis deverá concordar que a grande penalidade é no mínimo duvidosa. Alheio a tudo, Josué converteu-a, e esse acabaria por ser o lance decisivo do jogo. Daí para a frente, se o FC Porto já abrandava o ritmo, muito mais abrandou, perante um Guimarães que raras vezes incomodou a defensiva azul-e-branca.
Nota ainda para a questão Quintero. O jovem colombiano foi titular, mas cedeu o lugar na segunda parte, o que motivou assobios dos adeptos à decisão de Paulo Fonseca. Mas haverá justificação para que o jogador seja lançado às feras em todas as ocasiões? Os mesmos que assobiam o treinador porque queriam ver mais de Quintero, serão os primeiros a assobiar o jogador se as coisas não correrem bem.
Titularidade imediata e inquestionável significaria colocar toda a pressão nos ombros de um jogador que, pese a sua indiscutível qualidade, só agora chegou a um clube da dimensão do FC Porto – além de que tornar já Quintero no fulcro da manobra portista pode dar azo a tiques de vedetismo, pelo que vamos com calma. Creio que Fonseca, até agora, tem gerido bem a utilização do colombiano.
Voltando à equipa no geral, segue-se o primeiro grande teste da temporada. Vem aí o Atlético de Madrid, na segunda jornada da Liga dos Campeões. Os colchoneros chegam ao Dragão imbatíveis, e com um plantel mais equilibrado do que aquele que visitou a Invicta em 2008/09 e 2009/10. Será a noite ideal para o FC Porto tirar todas as teimas e a equipa assumir a sua qualidade; um mau resultado pode colocar tudo em causa. Assistirei às incidências no Dragão para depois contar a história.
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