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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Quis o calendário que o Sporting defrontasse o Benfica logo nos 16-avos de final da Taça de Portugal. E aconteceu o mais provável: a vitória do Benfica. Tal como disse a propósito do jogo com o Porto, a diferença que separa o Sporting dos outros dois rivais ainda é bastante significativa, e nem se pode esperar que de repente o Sporting se apresentasse ao nível do Porto e Benfica, que levam muito mais anos de consolidação de processos e estrutura (sem falar nas diferenças de orçamento). Claro que isto não impede a equipa do Sporting de ser competitiva, como foi hoje, e como foi, por ex. na temporada em que José Peseiro esteve à frente da equipa. Apesar de qualitativamente uns furos abaixo dos rivais em diversas posições, a dinâmica colectiva da equipa tem disfarçado essas limitações e tem permitido somar pontos contra as equipas menos cotadas. Aliás, esse para mim é o grande desafio do Sporting este ano, ganhar os jogos que tem de ganhar, contra os adversários teoricamente mais fracos. Até agora falhou apenas no empate contra o Rio Ave.
Em relação a este jogo, o Benfica entrou forte e facilmente chegou ao intervalo com uma vantagem confortável. Digo facilmente, porque foi notória a diferença de intensidade entre as duas equipas, sobretudo no meio campo. André Martins é um jogador útil contra as tais equipas teoricamente mais fracas, mas nestes grandes jogos não tem físico para lutar no meio campo. Na primeira parte, foram poucas as vezes em que o Sporting chegou com perigo à baliza adversária, e curiosamente conseguiu concretizar a única oportunidade, num lance de bonita conclusão por parte de Capel.
Na segunda parte, o figurino do jogo mudou. O Benfica tentou baixar o ritmo de jogo e tentar gerir a vantagem, contudo em dois lances de bola parada o Sporting logrou o empate mesmo no final dos 90 minutos. Pelo meio, Jardim trocou André Martins por Slimani (passamos a ter mais um), e trocou Wilson por Carrilo (passamos a ter menos um). Houve golos falhados de parte a parte, incerteza no resultado, uma expulsão e um lance caricato que acabou por decidir o jogo. Pela segunda parte que fez, o Sporting merecia pelo menos ter discutido o resultado no prolongamento. A expulsão matou o jogo.
Notas soltas:
- Rojo é o elo mais fraco deste onze. Expulso num lance totalmente desnecessário.
- A defesa comprometeu, sobretudo naquele inanarrável 4º golo.
- Muitas dificuldades em servir Montero.
- Bom aproveitamento das bolas paradas ofensivas.
- Patrício alternou entre besta e bestial.
- Carrillo acrescentou zero.
- O Benfica ganhou a maior parte dos ressaltos e bolas divididas.
- Grande presença dos adeptos do Sporting!
Destaco a enorme exibição de William Carvalho (impressionante!), Slimani (marcou um e falhou dois que fizeram falta), Carlos Mané (muito mais esclarecido do que Carrillo - por este andar vai passar à frente do Peruano, como já passou à frente de Salomão & companhia), Adrien (muita luta).
A equipa sai da Taça de cabeça erguida, com a certeza que terá de dar tudo por tudo no campeonato, na luta pela melhor classificação possível. Não esquecer que o Sporting não será cabeça de série na Taça da Liga, podendo ter de visitar o Dragão ou a Luz logo na fase de grupos. Portanto um ano zero nada meigo, mesmo a jeito para testar a fibra desta equipa. Uma batalha perdida numa guerra que irá ser longa.
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