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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Nunca um clássico se disputou tão cedo na Taça da Liga. E as circunstâncias obrigaram o FC Porto a poupar menos unidades do que é costume em jogos para uma prova tradicionalmente menosprezada pelos dragões.
Tal não significou que o encontro de Alvalade fosse um mimo. Durante a primeira metade o jogo foi sensaborão, praticamente sem lances de perigo extremo do lado do FC Porto, enquanto as jogadas mais acutilantes construídas pelo Sporting terminavam em remates à figura de Fabiano.
Foi na segunda parte que o vice-guarda-redes portista chamou a si os holofotes, graças a um punhado de defesas que impediu o marcador de funcionar. Fabiano tem provado ser um suplente à altura, tanto entre os postes como nas saídas.
O momento mais exuberante do brasileiro surgiu a quinze minutos do fim, quando completou uma saída destemida aos pés de Carrillo com mais duas paradas, num lance em que se deslocou praticamente à largura da baliza no conjunto das três defesas.
O miolo portista, mesmo sem ter precisão maquinal porque Herrera esteve disperso, fechava bem os caminhos da sua baliza. O mexicano cederia o lugar a Lucho, e minutos mais tarde deu-se a saída forçada de Fernando. E foi aí que o jogo se desequilibrou.
Sem o “Polvo” o Sporting passou a ter mais facilidade em chegar ao último terço do terreno. Esse pendor atacante levará muitos a acreditar que o desfecho mais justo seria a vitória leonina. No entanto, o empate adequar-se-á, porque além do mérito de Fabiano, deve juntar-se os desperdícios do pouco utilizado Vítor, perto do fim, que em posição privilegiada colocou a bola uma nesga ao lado do poste, e da própria equipa do Sporting, que não aproveitou a superioridade numérica depois de Carlos Eduardo ser expulso – eis um travão na ascensão do médio.
Neste jogo o Sporting terá sido mais incisivo que o FC Porto, mas esbarrou sempre em Fabiano, que juntou mais fichas à sua aposta como sucessor de Helton. Numa altura em que o veterano guardião ainda não renovou, essas fichas podem revelar-se bem valiosas.
Quanto à competição, o empate significa que quem deslizar nos dois jogos que faltam no Grupo B ficará pelo caminho. Caso tudo corra como no livrinho, poderemos ter de utilizar o estapafúrdio critério da menor média de idades do plantel para desempatar. E aí certamente o Sporting terá vantagem.
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