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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O FC Porto está nos oitavos-de-final da Liga Europa após um jogo cujo guião foi praticamente uma repetição do da primeira mão. Os donos da casa colocaram-se a vencer por 2-0 e os visitantes igualaram, mas desta vez ainda houve tempo para um golpe final do FC Porto, depois de nova vantagem do Eintracht.
A passagem foi obtida à Porto, com suor e sofrimento, mas não deve disfarçar um dos prismas por que se pode ver esta eliminatória: o 13.º classificado da Bundesliga marcou cinco golos ao tricampeão português. O FC Porto jogou com alma e coração, mas apresentou um futebol desgarrado e sem identidade, numa partida que foi um verdadeiro toma lá, dá cá.
Os dragões entraram no jogo com intenção e causaram perigo junto da baliza adversária, mas o abaixamento de forma de Jackson Martínez ficou bem visível ao não conseguir aproveitar duas boas ocasiões de golo. Herrera juntou-se-lhe no desperdício, com um cabeceamento desajeitado quando estava à frente da baliza, antes de o Eintracht fazer valer a máxima de que quem não marca, sofre.
Aigner abriu o activo aos 37 minutos e o golo espevitou o conjunto alemão, que tomaria o comando do jogo até Meier elevar a contagem. Neste período o FC Porto parecia fora da Liga Europa, e seria um corte providencial de Varela, já sobre a linha de golo, a dar o mote para uma recuperação notável.
Mangala cabeceou para o primeiro dos azuis-e-brancos seis minutos depois do 2-0, e bisou a vinte minutos do fim, colocando a eliminatória em ponto-morto. Uma desconcentração defensiva deixou Meier esquecido na área portista no lance do 3-2, mas Ghilas, que desta vez jogou mais de meia hora, foi o último a rir, marcando aos 86 minutos o golo que mostrou ao FC Porto a saída do inferno dos golos fora, na recarga a um remate de Licá.
A forma emocionante como a eliminatória se resolveu pode fazer os portistas acreditar que o FC Porto está vivo, mas a capacidade que esta equipa tem de estar no melhor e no pior dentro do mesmo jogo continua presente. O verdadeiro vencedor é Paulo Fonseca, que assim ganhou tempo, quando a contestação sobre si aperta.
Será a única vez esta temporada que o FC Porto opera um milagre quando tudo parece perdido? A parada sobe na próxima eliminatória, frente ao Nápoles, outro emblema que vem da fase de grupos da Champions – onde fez doze pontos no grupo da morte.
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