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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Domingo, 30.03.14

CD Nacional 2-1 FC Porto - Mais longe

sapodesporto

Olhando para o resultado pode alegar-se que não vi todo o jogo porque não convém, mas a verdade é que me foi impossível assistir a mais do que os minutos entre o primeiro golo do Nacional e o intervalo.

Apenas me ficaram os ecos da partida: vários lances polémicos e alguma confusão no final após uma troca de palavras decerto quentes entre Quaresma e dois jogadores insulares.

Imagens que nada dignificam o FC Porto, mas que deixam igualmente sem perceber o porquê da veemência de praticamente uma delegação do banco do FC Porto em afastar o jogador da situação, quando Quaresma não demonstra qualquer comportamento brusco.

Um golo adversário precedido de fora-de-jogo, um golo a favor anulado e uma grande penalidade desperdiçada, precisamente por Quaresma, terão pesado no aquecer dos ânimos nos minutos finais.

A carreira do FC Porto na Liga 2013/14 assume contornos de um horror que há muito tempo – décadas? – não se via no reino do Dragão. Agora a oito pontos do Sporting e a quinze do Benfica, o FC Porto livrou-se de boa, já que o Estoril, que jogou à tarde, também perdeu.

A derrota confirma que o segundo lugar não será mais que uma miragem, mas os dragões não se podem desleixar, sob pena de ver o Estoril, que vem fazendo uma época notável, colocar a cereja no topo e acabar no pódio.

Seria um aviso bem sério a toda a estrutura do FC Porto.

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por Miran Pavlin às 23:20

Sábado, 29.03.14

Sporting 1 - Vit. Guimarães 0 - Sofrimento desnecessário

O Sporting derrotou hoje o Vitória pela margem mínima, mas o resultado é um pouco enganador. Não faltaram oportunidades para a vantagem ser mais dilatada, fruto de um jogo excelente de Carlos Mané, que na posição 10 dá tudo aquilo que André Martins não pode dar: criatividade, improviso, finta e poder de explosão, a que se juntou uma enorme raça a defender e a pressionar. Adrian e William estiveram como habitualmente, Capel esteve muito tempo escondido do jogo e Héldon esteve em bom plano na primeira parte. Contudo ficou, surpreendentemente para mim, no balneário ao intervalo. Houve momentos de bom futebol, de jogadas rápidas, bem construídas, cortes no limite, falhas dos defesas e dos avançados, incerteza, em suma, espectáculo! Escusado foi o sofrimento nos últimos 15 minutos, em que o Sporting recuou demasiado, e permitiu ao Vitória dispor das oportunidades que não tinha tido até então. 

 

Destaco a exibição de Carlos Mané (Bruma? Quem?), William Carvalho (uma ou outra perda de bola, mas sempre muito sólido) e Rojo (bem a defender, marcou um golo feliz)

 

A equipa apresentou uma boa atitude e a 5 jornadas do fim mostra estar num bom momento. Temi que Carrillo pudesse entrar num ritmo mais baixo que o resto da equipa, mas até não esteve mal. Foi pena nenhum dos avançados ter marcado, mas isso mostra também que a equipa tem outras alternativas e outras maneiras de resolver os jogos. Segue-se o Paços de Ferreira, uma equipa em crescendo, que parece estar a recuperar o amor próprio. 

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por Kirovski às 22:31

Quinta-feira, 27.03.14

Sporting update

Não tive oportunidade para escrever a crónica do jogo com o Porto em tempo útil e não pude ver o jogo com o Marítimo. Desta forma, não vou entrar em grandes pormenores e vou apenas falar do momento do Sporting e no desempenho da equipa até agora, algo que já estou para fazer há bastante tempo. Uma coisa é certo, houve um crescimento da equipa ao longo da época, com momentos menos bons (não se podia esperar o contrário!) mas após os quais a equipa conseguiu sempre reagir. Faltam 6 jogos oficiais para o final da época, e numa altura em que estão jogados 4/5 do campeonato, aqui fica a minha opinião sobre os elementos do plantel:

 

Rui Patrício - Uma época tranquila, manchada por aquele golo na Luz para a Taça de Portugal. Tem sido a mais valia que se esperava.
Cédric - Transfigurou-se em relação à época passada. Muito mais raçudo e melhor posicionalmente, tem sido o lateral ofensivo que a equipa precisa.

Jefferson - Tem estado ao mesmo nível que Cédric, adaptou-se facilmente à realidade do Sporting.

Piris - Jogador útil, tem entrado bem na equipa e mantido o ritmo na equipa B. Deverá ser muito caro para ficar, mas se ficasse era uma mais valia.
Rojo - Mais concentrado e mais assertivo, surpreendeu pela positiva, comparando com a nódoa que foi a época passada. Continua a ter ocasionais paragens cerebrais.

Maurício - Excelente contratação,  não sendo fenomenal e tendo as suas limitações, tem feito uma época muito regular. Indiscutível.

Dier - À espera da sua vez, espero vê-lo como titular no médio prazo.

Ruben Semedo - Jogou pouco, mas mostrou potencial. Outra aposta de médio prazo. Talvez seja bom rodar na próxima época.

William Carvalho - De desconhecido a estrela da equipa. É impressionante a forma como joga e faz jogar.  Acho que era importante ficar mais um ano, quer para o Sporting quer para a sua formação como futebolista.  

Rinaudo - Não teve praticamente oportunidades, e apesar de gostar da sua entrega, creio faltar-lhe alguma qualidade para se impor a este nível (em especial ao nível do passe). 

Adrien - A ponta final da época passada revelou já um Adrien diferente, com vontade de dar outro rumo à carreira, mas não esperava esta consistência. Fenomenal a pautar o ritmo de jogo.

André Martins - Tem dado o seu máximo e por isso ninguém pode pedir mais. Não sei se joga numa posição totalmente adaptada às suas características... talvez seja essa a causa maior das suas quebras de rendimento.

Vitor - Entrou a medo em alguns jogos e foi perdendo espaço. É um jogador útil, espero que fique para o ano.

Gérson Magrão - Não é um prodígio mas tem sido um jogador útil. Prometeu bastante na pré-época, apagou-se depois, mas sempre que entrou, na minha opinião, entrou bem.

Capel - Alternou entre bons jogos e jogos apagados, e acabou por ser um dos mais sacrificados na "rotação dos extremos" feita por Jardim. Com a entreada de Slimani no 11, parece ter ganho um novo fôlego.
Wilson Eduardo - Outro jogador que joga no limite da sua capacidade. Aprecio a sua entrega, mas teve também uma época inconstante a nível de rendimento, apesar de ter muito tempo de jogo. Perdeu espaço com a chegada de Héldon.

Carrillo - Capaz do bom e do mau. Apesar de estar a crescer como jogador, está ainda a anos-luz daquilo que pode vir a ser. Por mim era vendido mal haja oportunidade.

Héldon - Apesar de ainda não ter mostrado nada de especial, parece(u)-me uma boa contratação. Acho que na próxima época será capaz de dar muito mais. 
Carlos Mané - Quando muita gente pensava que Esgaio, Medeiros ou Chaby seriam as apostas para este ano, Mané subiu meteoricamente na hierarquia da equipa, revelando um talento & maturidade assinaláveis. Espero que nenhum tubarão o venha buscar neste verão.

Montero - Excelente contratação. O início goleador foi completamente inesperado (nunca foi um matador!) mas a sua qualidade não se esgota nos golos. Talvez consiga jogar no mesmo 11 que Slimani, na próxima época.

Slimani - Outra grande descoberta. Aprecio jogadores assim: com limitações, mas que dão tudo o que têm. 

 

Parece-me difícil apontar ao título, mas o acesso directo à Liga dos Campeões está ao alcance se a equipa mantiver a atitude guerreira. E por falar em guerra, o Presidente cumpre hoje um ano de mandato, um ano de mudança de atitude e de paradigma no Sporting. Apesar de muita gente não gostar do seu estilo, a verdade é que à custa de todo esse folclore mediático, a equipa tem tido a calma necessária para trabalhar sem grandes sobressaltos, com os resultados que se conhecem. Finalmente, desde o Presidente até ao tratador da relva, toda a gente parece saber o que tem de fazer para defender os interesses do Sporting, trabalhando em prol de um interesse comum, com um rumo claro para todos os envolvidos. E por isso, os meus parabéns ao Presidente. 

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por Kirovski às 19:41

Quinta-feira, 27.03.14

Taça de Portugal - FC Porto 1-0 SL Benfica - Certeza de que não há certezas

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A única certeza que se pode retirar deste jogo é que o FC Porto vai entrar em campo para a segunda mão em vantagem.

Perante as talvez exageradas poupanças do Benfica, os dragões não se fizeram rogados, marcando logo aos seis minutos por Jackson Martínez, que deu, de cabeça, o melhor seguimento a um canto cobrado por Quaresma.

O FC Porto esteve melhor ao longo do jogo, criando desequilíbrios na defensiva adversária que se traduziram em várias oportunidades de golo, contudo desaproveitadas pelos azuis-e-brancos. Varela, só com Artur pela frente, permitiu que o guardião desviasse o remate com a ponta da bota, e já na segunda metade foi Jackson a acertar no poste com um remate rasteiro. O ressalto no ferro não caiu para Carlos Eduardo, que só teria que encostar.

Não terá havido a fortuna necessária, mas com uma exibição competente o FC Porto deu um ar de sua graça. Manteve a baliza inviolável – desde o jogo com o Olympiakos, em Outubro, que o Benfica não ficava em branco – e justificou ter marcado, pelo menos, um segundo golo, mas vai à Luz com a tal vantagem de que falei no início. Um golo apenas.

A três semanas de distância da segunda mão, e com mais uma eliminatória europeia pelo meio, não se sabe em que estado de ânimo estarão as equipas nessa altura. Nem a influência que poderão ter as três jornadas de campeonato que se disputarão até lá.

Muito menos os onzes que FC Porto, e nomeadamente o Benfica, irão apresentar. Será novamente posta à prova a avaliação de prioridades quase caso-a-caso em que se tem transformado a época dos encarnados, como se estivessem indecisos sobre qual fatia do bolo comer.

É o preço de estar em várias frentes, como se diz no futebolês dos nossos dias.

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por Miran Pavlin às 00:48

Domingo, 23.03.14

FC Porto 1-0 CF Os Belenenses - Serviços mínimos

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Na ressaca da noite europeia o prato era uma recepção ao aflitíssimo Belenenses, que precisa de pontos como de pão para a boca, ainda não venceu longe do Restelo, mas saiu da Luz com um empate, ainda nas primeiras rondas do campeonato.

Com ainda mais baixas que no jogo de Nápoles – incluindo Fernando e Quaresma, castigados – e Ricardo agora a lateral direito, o FC Porto regressou ao que têm sido os jogos de campeonato mais recentes. A equipa não vira a cara à luta, mas há poucas ideias sobre como, e para onde se movimentar e passar a bola.

Jackson Martínez esteve muito desligado do jogo e poucas bolas conseguiu sequer dominar em condições, numa daquelas noites que fazem pensar como é que este homem é o melhor marcador do campeonato.

Entrando agora numa das questões mais difíceis de resolver no futebol, não é possível saber com exactidão se o Belenenses se remeteu à táctica do autocarro, ou se foi o FC Porto, hoje com mais bola, que o forçou a isso.

Durante a primeira parte Fernando Ferreira foi o mais inconformado dos homens da cruz de Cristo, causando mesmo um calafrio, num remate rasteiro, praticamente sem ângulo, que bateu no poste contrário. Em cima do intervalo João Afonso foi expulso por derrubar Jackson quando este ficava de frente para a baliza, numa decisão que dividirá os analistas, pois ainda havia outro defesa belenense por perto.

Mas ainda não havia golos. Ao intervalo Luís Castro introduziu Quintero, e pouco depois Kelvin. Com ainda Reyes e Ricardo em campo, este Porto quase sub-23 demorou a quebrar a resistência dos azuis. Só a doze minutos do fim, num lance de insistência, precisamente Quintero viveu o seu primeiro momento heróico no clube, ao apontar o tento decisivo.

Poucas mais memórias ficarão deste clássico do futebol nacional, outrora mais relevante do que é hoje, mas ainda o suficiente para os clubes continuarem a trocar gestos de amizade entre si quando entram em campo como visitantes.

Durante a semana joga-se a primeira prestação das meias-finais da Taça. O primeiro de quatro encontros – à data em que escrevo – entre FC Porto e Benfica até final da época.

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por Miran Pavlin às 22:43

Quinta-feira, 20.03.14

Liga Europa - SSC Nápoles 2-2 FC Porto - "Ghilar" o vulcão

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Recuemos três meses. Nápoles e FC Porto tinham ambos saído da Liga dos Campeões após a fase de grupos; os dragões com escassos cinco pontos, o Nápoles com respeitáveis doze no grupo mais difícil de todos; o Nápoles perseguia Juventus e Roma na Serie A, enquanto o FC Porto estava em convalescença de um terrível mês de Novembro em que hipotecou demasiados objectivos. Mas esta noite, nada do que se escreve acima foi relevante para o desenlace da eliminatória.

Confirmando as indicações da primeira mão, o FC Porto precisou efectivamente de fazer um jogo no máximo das suas capacidades para defender a vantagem, e ser suficiente humilde para suportar os momentos em que os donos da casa mandaram no jogo.

Quiçá pela primeira vez esta época não houve quebra depois de sofrer um golo. Com várias mexidas no quarteto defensivo, a equipa conseguiu resolver por si a insegurança resultante desse aspecto, mesmo com o experimentado Danilo a ter momentos em que foi um desastre. Reyes foi lançado às feras, Ricardo jogou na lateral esquerda, e uma vez vencido o nervosismo inicial, o FC Porto foi gradualmente crescendo no jogo.

O primeiro aviso surgiu aos 33 minutos através de Jackson Martínez, que cabeceou à malha lateral no seguimento de um canto. Pela transmissão televisiva foi perceptível o silêncio que se fez por uns segundos num estádio San Paolo que tinha sido um vulcão até aí.

Ficou a sensação de que o Nápoles talvez tenha esperado tempo demais para dar o segundo golpe no adversário. Talvez tenha confiado excessivamente no reaparecimento dos buracos que se viram na defesa portista naqueles difíceis minutos iniciais.

Já o FC Porto estava mais confortável sobre o terreno quando os napolitanos voltaram a carregar, por volta da hora de jogo. Sentindo o toque, Luís Castro não ficou quieto, e no espaço de minutos fez duas substituições determinantes. Perante o arreganho com que se jogava, entrou o combativo Josué para o lugar do mais gracioso Carlos Eduardo; de seguida, saiu o apagado Varela para entrar Ghilas.

66 minutos. Apenas foram precisos mais três para Fernando desmarcar o argelino e este rematar para golo. O importantíssimo golo fora. O jogo ficou virado do avesso, e o FC Porto dominou os acontecimentos até à obra de arte de Quaresma selar a passagem portista aos quartos-de-final. Após receber um passe de calcanhar de Josué, o cigano fintou três adversários e rematou de pé esquerdo, sem hipóteses para Reina.

O golo de Zapata nos descontos, apesar de tudo, trouxe justiça ao resultado, mas o apuramento do FC Porto é indiscutível.

O texto não pode terminar sem uma menção ao guarda-redes Fabiano. Um verdadeiro gigante na baliza. Destemido nas saídas e seguro nos remates que passaram pela sua zona de acção, a calma e coragem que revelou foram decisivas, e transmitiram a mensagem certa para que o resto da equipa estabilizasse.

O que em Dezembro era, no mínimo, incerto é agora realidade, e o FC Porto, após gelar um vulcão, segue para os quartos-de-final da Liga Europa. Mais um revés para Rafael Benítez, cuja carreira em tempos parecia fulgurante.

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por Miran Pavlin às 23:47

Domingo, 16.03.14

Sporting CP 1-0 FC Porto - Ida à Liga dos Campeões em risco

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Com as aspirações de revalidação do título há muito comprometidas, o clássico de Alvalade era crucial para o FC Porto se manter na discussão pelo acesso directo à Liga dos Campeões da próxima temporada.

Quem acabou por dar aquele que é, perante as circunstâncias, talvez o passo mais importante de toda a época foi o Sporting, cuja vitória o deixa cinco pontos à frente dos portistas.

Durante o primeiro parcial a recuperação defensiva do FC Porto funcionou bem, não para anular investidas do Sporting, mas sim os próprios erros na saída para o ataque – foram inúmeros, demasiados mesmo, os passes despropositados, directamente para o adversário, no momento da transição ofensiva. Face a tamanho desacerto era claro que isso não duraria o jogo todo. Até porque o Sporting pareceu trazer bem estudada a mesma receita que o Benfica empregou na recepção aos dragões: pressão incessante sobre quem tivesse a bola.

Mesmo com espaços reduzidos e com pouca capacidade de levar a bola ao ataque, as melhores oportunidades do primeiro tempo foram do FC Porto, em remates de Varela, a que Rui Patrício se opôs com uma excelente defesa, e de Quaresma, que acertou na trave; perto do intervalo houve ainda um cabeceamento de Jackson Martínez, que não teve o melhor seguimento porque o colombiano foi carregado em falta.

O status quo do jogo manteve-se na segunda parte, mas o acerto defensivo dos dragões não foi o mesmo aos 52 minutos, quando uma descompensação resultou no golo de Slimani – por que raio terá Abdoulaye abandonado o homem para ocupar a zona? O lance foi ferido de legalidade, por fora-de-jogo no momento da desmarcação de André Martins – o lance ocorreu do lado onde estava o árbitro assistente.

Pouco depois o infortúnio voltou a bater à porta dos dragões, com Helton a romper, sozinho, o tendão de Aquiles ao fazer a cobertura a uma bola se encaminhava para pontapé de baliza. O guardião portista saiu em maca, debaixo de aplausos dos adeptos leoninos.

Os jogadores do Sporting foram inexcedíveis até final na pressão que fizeram sobre os adversários, mas ainda haveria mais uma oportunidade clara para o FC Porto, quando Dier foi providencial ao fazer um corte in extremis quando Jackson se preparava para aproveitar uma atrapalhação de Patrício que o deixou cara-a-cara com o golo.

As dificuldades no campeonato continuam a avolumar-se após mais um jogo pouco conseguido. Caso não reverta a situação, o FC Porto pode ver a época competitiva 2014/15 começar logo em Julho, ainda para mais em ano de Mundial, que é o mesmo que dizer com jogadores possivelmente ainda de férias.

Cenários para já hipotéticos. No imediato segue-se a viagem a Nápoles.

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por Miran Pavlin às 23:28

Quinta-feira, 13.03.14

Liga Europa - FC Porto 1-0 SSC Nápoles - Fim do enguiço

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Finalmente o FC Porto venceu um jogo europeu em casa esta época. Foi preciso esperar até Março e engolir quatro sapos, mas o enguiço foi quebrado, num jogo que teve de tudo um pouco, menos golos em proporção às oportunidades que ambas as equipas criaram.

Foi mais feliz o FC Porto, que aproveitou um mau alívio da defensiva napolitana para chegar ao único tento da partida, já na segunda metade, por Jackson Martínez.

O jogo foi emotivo, com o equilíbrio a oscilar várias vezes, ora para os dragões, ora para o Nápoles. O FC Porto voltou a mostrar-se, a espaços, mais coeso em campo, tal como já tinha sido contra o Arouca, mas ainda incapaz de manter esse equilíbrio durante muito tempo.

É certo que não existe comparação possível entre o terceiro classificado da Serie A e o 13.º da Liga portuguesa, mas o prestígio do FC Porto obriga-o a ter, pelo menos em casa, um controlo maior sobre os adversários.

Por entre as várias defesas espantosas a que Reina foi obrigado, houve um punhado de lances em que só a infelicidade impediu o Nápoles de marcar, nomeadamente nos primeiros minutos do segundo tempo. Os arrepios na espinha terminaram com o golo de Jackson, que fez com que o FC Porto se retraísse, preferindo ficar com o pássaro na mão em vez de se arriscar a vê-lo voar.

Alguns sinais que sobram desta partida indicam que os azuis-e-brancos terão que jogar ao máximo das suas capacidades em Itália para conseguirem fazer valer a magra vantagem que levam do Dragão. Não só pelo perigo causado pelo Nápoles, mas também pela dureza com que os seus jogadores disputaram certos lances, com os quais o árbitro checo terá contemporizado em excesso. Se a jogar fora foi assim, como será no intimidante San Paolo?

 

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por Miran Pavlin às 22:33

Domingo, 09.03.14

FC Porto 4-1 FC Arouca - Bonança depois da tempestade

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Na semana em que o FC Porto reagiu à pressão dos adeptos e a mais uma série negativa de resultados mostrando a porta de saída a Paulo Fonseca, uma vitória por números tranquilos sobre o aflito Arouca acabou por ser a melhor forma de retirar do lume a tal chaleira.

De regresso aos bancos da divisão maior, oito anos depois de ter conduzido o Penafiel naquela célebre época dos 15 pontos em 34 jogos, Luís Castro não complicou e escalou um onze pragmático, utilizando o melhor meio campo que o FC Porto tem, com Fernando a trinco, Defour e Carlos Eduardo à sua frente.

A manobra da equipa foi fluida como não se via praticamente desde o início da época, e Quintero foi aposta durante a segunda parte, deixando antever que Luís Castro, além de voltar a dispor os jogadores no 4x3x3 tradicional do FC Porto, quer implementar outras ideias.

O resultado, no entanto, não reflecte o que se passou em campo, pois o jogo não foi assim tão tranquilo, nem fluido, após o golo do Arouca. Depois de Quaresma e Carlos Eduardo terem marcado, à passagem da meia hora Rui Sampaio apontou o golo visitante – e vão dez sofridos em seis jogos –, que mais uma vez teve o condão de abalar os portistas, ao ponto de Quaresma falhar a segunda grande penalidade de que dispôs, aos 36 minutos.

O FC Porto deixou o Arouca tanto tempo em banho-maria que este, como muitas vezes acontece em jogos deste género, começou a ficar mais atrevido, como que a acreditar que estando o resultado na margem mínima, podia repetir a gracinha que conseguira na Luz (2-2) – e que esteve pertíssimo de acontecer aos 71 minutos, num lance em que mesmo aos trambolhões quase gelou o Dragão. O golo da tranquilidade só chegaria a sete minutos do final, num míssil de Quaresma, antes de Jackson regressar aos golos, destacando-se de Montero na lista dos marcadores.

O desfecho favorável do encontro, aliado ao empate do Sporting em Setúbal, funciona como uma bonança para Luís Castro, que assim pode preparar tranquilamente o próximo ciclo forte da época do dragão. Para a semana há clássico em Alvalade, encravado entre os jogos com o Nápoles.

Anteriormente escrevi que um ciclo assim era capaz de definir a época para o FC Porto. Agora que faltam cerca de dois meses para a linha de meta de 2013/14 já não há muito a definir – pontos precisam-se, ponto. E crença de que as restantes competições possam trazer alguma redenção.

Têm a palavra os jogadores e o técnico.

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por Miran Pavlin às 23:21

Domingo, 09.03.14

Vit. Setúbal 2 - Sporting 2 - O jogo da entrega das faixas

Se no ano passado o jogo com o Estoril foi o começo da queda abrupta do Benfica para o segundo lugar, nesta época, aconteceu exactamente ao contrário. Com a vitória sobre o Estoril e o empate do Sporting em Setúbal, uma semana antes do Sporting - Porto, o Benfica arruma quase definitivamente a questão do título, tendo a possibilidade de fazer um brilharete nas outras competições dada a boa vantagem pontual que detém neste momento. Sobre o jogo de hoje, há muito e pouco a dizer. Foi um jogo interessante de seguir, com incerteza no marcador e oportunidades de parte a parte, contudo totalmente estragado pelos lances polémicos. Um golo mal anulado ao Sporting e 4 golos duvidosos (sendo que a grande penalidade a favor do Setúbal é, sem margem para dúvida uma simulação, sem precisar de repetição) estragaram o espectáculo e voltam a manchar o campeonato. A nível de futebol jogado, o Sporting apostou em Slimani (aposta ganha), Magrão e Héldon de início, alterando o desenho do meio campo. Em consequência dessa mudança, a equipa demorou algum tempo a encontrar-se e permitiu um maior ascendente do Vitória em vários momentos do jogo. Carrillo fez mais uma exibição apática, e começa a perceber-se que nunca se vai tornar num jogador de eleição. E não pode queixar-se de falta de oportunidades...

Destaque para Adrien (muita luta), Slimani (muito forte na finalização, o pior é mesmo a bola lhe chegar), Capel (a sua entrada foi uma mais-valia), Cédric (muito trabalho).

Segue-se o Porto, num jogo importante para definir o segundo lugar. Em condições normais o Porto será superior, mas espero que esta sequência de acontecimentos anormais dê força à equipa para se transcender e jogar no seu limite. Maurício falhará o jogo por castigo, por isso Dier à partida será titular. 
Uma nota final para a titularidade de Slimani: Leonardo Jardim decidiu colocar (e bem) o argelino de início, já que Slimani cumpriu nos últimos jogos. Muitos Sportinguistas acham que Slimani deveria jogar de início com Montero (no tal lugar de 10), mas a todos com quem já tive esta conversa disse que não acredito que isso volte a acontecer. A razão é simples: com o empréstimo de Cissé e Betinho, o Sporting deixou de ter mais pontas de lança no plantel (Enoh é ainda um projecto de jogador para trabalhar na equipa B). Portanto a inclusão de Slimani e Montero de início retira ao treinador a hipótese de ter um plano B caso o jogo não corra de feição. Isso foi notório no jogo com o Benfica, por exemplo. Dessa forma não creio que o treinador volte a arriscar esse cenário.  

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por Kirovski às 19:13

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