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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A lotaria andou à roda várias vezes no Dragão. E o FC Porto nunca teve consigo a cautela premiada. Varela e Jackson, em cada extracção, não acertaram sequer na terminação, mantendo a conta do FC Porto a zero.
Seria no sorteio extraordinário – leia-se grandes penalidades – que se saberia quem era o destinatário da taluda, e essa sairia aos visitantes, que mesmo sem querer, seguem em frente para a final.
O FC Porto fez alinhar todas as armas, naquela que era a última hipótese de salvaguardar um raio de sol no filme de terror que esta época tem sido; já o Benfica, com atenções centradas nos outros voos em que está envolvido, apresentou uma equipa de segundas linhas.
Ficou a sensação de que o Benfica iria dar de barato este jogo. Não só por começar a queimar tempo desde muito cedo, mas também porque Steven Vitória, enquanto esteve em campo, foi pouco mais que um buraco.
Face à enorme falta de ritmo do central, a auto-estrada estava aberta, e os azuis-e-brancos, com destaque para Herrera, tudo fizeram para colocar a bola na zona fatal, mas o desperdício foi-se repetindo.
A brincadeira acabou por volta da meia hora, quando Vitória foi expulso e Jesus reequilibrou a equipa fazendo entrar Garay. A partir daí não mais o FC Porto incomodou as redes de Oblak.
Com dez os visitantes recuaram, e muito, as suas linhas. A iniciativa foi entregue ao FC Porto, mas a falta de crença resultante dos muitos desaires vividos por uma equipa em perda desde Novembro mais uma vez subiu à tona.
Novamente contra dez elementos, como em Sevilha e na meia-final da Taça de Portugal, o FC Porto não conseguiu mostrar uma pontinha de superioridade que fosse. Não estivesse o Benfica em poupanças – Fabiano foi espectador – e os dragões poderiam ter pago a onerosa factura nos 90 minutos. Pagariam no desempate por grandes penalidades.
Garay acertou na trave, mas Jackson atirou por cima; Fabiano quis ser herói ao defender o remate de André Gomes, mas Oblak imitou-o ao deter o de Maicon; já na morte súbita, Fernando respondeu à conversão de Ivan Cavaleiro com um remate tão colocado que bateu no poste.
Não houve assobios nem contestação no estádio – apenas resignação. Muitos nem ficaram para ver o desempate que confirmaria que 2013/14 é a época mais aziaga do FC Porto nos últimos trinta anos.
Restam dois jogos para o seu final.
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