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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Arena Fonte Nova, Salvador
BÉLGICA 2 (de Bruyne 93’, Lukaku 105’)
ESTADOS UNIDOS 1 (Green 107’)
Após prolongamento
Este foi um dos poucos jogos em que o prolongamento foi melhor que os 90 minutos. Até lá, a Bélgica atacou sem descanso e Howard, fazendo jus ao nome da cidade que recebeu o jogo, foi sempre salvador. Perdeu-se a conta ao número de defesas que o guardião norte-americano fez, numa das melhores exibições individuais deste Mundial.
Quando o tempo regulamentar estava a segundos de acabar quase que os Estados Unidos transformavam este jogo no maior clássico da sua história, mas Wondolowski teve um falhanço inacreditável que manteve tudo na estaca zero e obrigou a mais um prolongamento – o quinto em oito jogos.
Os belgas demoraram três minutos a desencravar o marcador e fizeram o segundo golo em cima da troca de campo – o quarto marcado por um suplente em seis possíveis. Supunha-se que fosse o chamado golo da tranquilidade, mas não o foi, porque o jovem Green – outro suplente – relançou o jogo no reatamento do tempo extra, deixando os Estados Unidos por cima do jogo. O último esforço foi forte, mas os stars and stripes não conseguiram recuperar o que faltava da desvantagem.
A Bélgica encontrará a Argentina nos quartos-de-final.
Arena de São Paulo, São Paulo
ARGENTINA 1 (Di María 118’)
SUÍÇA 0
Após prolongamento
Ao fim do quarto prolongamento em sete jogos destes oitavos-de-final, a Argentina passou à fase seguinte, mas não se livrou de muito sofrimento diante da teimosa Suíça – sofrimento é mesmo a palavra-chave desta fase do Mundial 2014.
A Suíça jogou sem medo, apesar de não se abrir em demasia, e esteve a um passo de levar a decisão para as grandes penalidades. A dois minutos do final, uma hesitação de Lichtsteiner à saída do meio-campo helvético tornou-se decisiva, já que a perda de bola resultou num contra-ataque rápido que terminou no golo de Di María, mas que não terminaria com o jogo.
A esperança é a última a morrer, e a Suíça ainda colocaria em perigo a saúde cardíaca dos argentinos. Benaglio foi um autêntico guarda-redes avançado, tentando mesmo um pontapé de bicicleta, e seria já para lá das forças que Dzemaili, à boca da baliza, não conseguiu melhor que desviar para o poste na sequência de um canto. Romero estava mais que batido, mas o médio suíço, apesar de estar fresco – entrara aos 113 minutos – não teve rapidez de reacção para o ressalto, que bateu nas suas pernas e saiu para fora.
Era o último fôlego. O apito final demorou apenas mais uns segundos, e a Argentina pôde então respirar de alívio.
Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
ALEMANHA 2 (Schürrle 92’, Özil 120’)
ARGÉLIA 1 (Djabou 120’+1’)
Após prolongamento
A Argélia terá sido a selecção africana que melhor se mostrou neste Mundial. Boa condição física, entreajuda e propósito com a bola nos pés tiveram como resultado a melhor prestação de sempre dos argelinos na prova.
Ainda assim, foi surpreendente a forma como a Argélia deu tanta luta à Alemanha. Com um pouco mais de calma talvez tivesse mesmo conseguido vencer, mas a Alemanha é uma equipa que não quebra facilmente, e que não muda o que está a fazer no jogo, qualquer que seja o resultado. Para o bem e para o mal, já que nesta partida a Alemanha pareceu não conseguir lidar com a garra argelina.
O guarda-redes M’Bolhi esteve soberbo, fazendo quiçá o jogo da sua vida, mas também é verdade que os alemães perderam vários lances claros de golo. Na outra área Neuer era frequentemente forçado a sair dos postes, muitas vezes até fora da área, para quebrar os ataques argelinos.
O início do prolongamento seria fatal para a Argélia, que quebrou logo aos dois minutos, num desvio desajeitado de Schürrle, a que M’Bolhi não se conseguiu opor. Já não havia forças para lutar como durante os 90 minutos, e o jogo ficou na mão da Mannschaft.
No último esforço pelo empate a Argélia abriu-se, e Özil encerrou a discussão aos 120 minutos, mas ainda houve tempo para um merecido golo, que seria apenas de honra, por Djabou.
A Alemanha vai agora defrontar a França, com quem não se cruza em jogos oficiais desde 1986.
Estádio Nacional, Brasília
FRANÇA 2 (Pogba, 79’, Yobo (PB) 90’+2’)
NIGÉRIA 0
A Nigéria veio em crescendo desde a exibição pouco conseguida com o Irão, e diga-se que equilibrou o jogo com a França, ao ponto de criar várias oportunidades de golo, impedir os bleus de ter a bola, e deixando muitos a pensar se seria desta que pela primeira vez atingiria os quartos-de-final.
Não seria. A entrada de Griezmann aos 62 minutos, por troca com o apagado Giroud, deu outra cara aos franceses, que começaram a atacar com mais clarividência. O jogo desequilibrou-se após uma sequência de oportunidades para a França. Na cobrança de um canto, Enyeama sacudiu mal a bola, que caiu na cabeça do desmarcado Pogba, que nem precisou de saltar para fazer o golo.
O guarda-redes nigeriano foi de salvador a comprometedor em minutos, e a França chegaria mesmo ao 2-0, num lance em que toda a defesa das super águias ficou a ver Valbuena fintar um adversário, irromper pela área junto à linha de fundo e servir Griezmann, que foi infeliz, pois não chegou a tocar na bola, deixando o golo para Yobo, na própria baliza.
A Nigéria vai para casa, mas caiu de pé.
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