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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
De rompante. Foi assim a entrada do FC Porto na Liga dos Campeões. Marcando golos que se fossem distribuídos pelos três jogos caseiros da miserável campanha da época passada seriam suficientes para vencer qualquer um deles, os dragões fizeram história e conseguiram a sua maior vitória de sempre da era Champions.
O destaque da noite vai inteiramente para Yacine Brahimi. Não há outra hipótese. O médio argelino também fez história, a nível individual, ao tornar-se no primeiro portista a fazer um hat-trick no quadro principal da Liga dos Campeões. E com golos para todos os gostos.
Ainda assim, será injusto oferecer a Brahimi todos os louros da vitória, uma vez que a equipa, no seu todo, fez uma excelente exibição. Terá sido mesmo o melhor jogo do FC Porto desde os tempos de André Villas-Boas.
Uma noite assim é frustrante para quem está do lado dos derrotados, mas mesmo descontando o desânimo crescente dos jogadores do BATE Borisov e os dois erros mais visíveis que resultaram em golo, o conjunto bielorrusso pouco conseguiria levar deste jogo. Muito mais pelo ímpeto do FC Porto do que pela sua própria inépcia.
O BATE mostrou-se quando Gordeychuk, isolado, esbarrou na mancha de Fabiano, já com o marcador em 1-0, e só voltaria a dar sinais de vida nos últimos minutos, com dois remates que obrigaram a atenções redobradas na defesa azul-e-branca.
Tudo o resto pertenceu ao FC Porto. Logo aos cinco minutos uma má reposição manual do guarda-redes Chernik parou nos pés de Brahimi, que começou aí a escrever o seu jogo à parte. O argelino bisou depois da meia hora, num magnífico slalom que começou ainda no meio-campo defensivo, e pouco depois Danilo capitalizava num corte falhado do lateral-esquerdo Mladenović, cruzando para Jackson Martínez picar o ponto.
Na segunda parte o ritmo não abrandou. Brahimi completou o hat-trick na conversão de um livre directo (57’) que deitou ao chão as poucas pedras que sobravam no castelo do BATE, que ainda viu Adrián, numa insistência, marcar o seu primeiro golo de dragão ao peito (61’) e os suplentes Tello e Aboubakar combinarem para o golo do camaronês (76’).
Não vale a pena procurar desculpas. Nenhum jogo é fácil na Liga dos Campeões. Basta ver que foi apenas a terceira vez, em 147 jogos na prova, que o FC Porto marcou mais de três golos. Nem a equipa de Mourinho o conseguiu. A facilidade do triunfo foi conquistada pelo FC Porto, justificando inteiramente o resultado.
Apesar de não se esperar um desequilíbrio tão grande, o BATE continua a ser a equipa menos cotada do grupo, pelo que os próximos jogos, primeiro na Ucrânia com o Shakhtar, depois no Dragão com o Athletic, deverão ser mais problemáticos.
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