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CORTE LIMPO

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Quinta-feira, 19.02.15

Wolfsburgo 2 - Sporting 0 - Uma espiral descendente

 Depois de um periodo absolutamente diabólico no Sporting, em que o clima de guerra total consumia tudo à volta da equipa de futebol (curiosamente, numa altura de várias vitórias seguidas), seguiu-se um periodo de acalmia que aparentemente não trouxe nada de bom à equipa. O calendário não tem ajudado, mas a verdade é que a equipa não está a saber contornar os problemas que aparecem semana após semana. A ausência de Slimani no pós-CAN foi inesperada (até se aguentou bem o mês de Janeiro, mas agora é tempo a mais...) e o modelo de jogo está diferente para pior. Marco Silva decidiu aumentar a coesão defensiva começando a previligiar os ataques pelas alas (aí quando se perde a bola, é mais fácil reposicionar a equipa para defender com eficácia) e com isso o futebol do Sporting tornou-se previsível e mastigado. Nos cruzamentos nunca está ninguém para finalizar e nas alas, os criativos do Sporting não tem conseguido fazer a diferença. Aliás Nani, desde que voltou da lesão contraída no Bessa, tem passado ao lado dos jogos. E para juntar a tudo isto, a confiança parece ter ficado abalada com o empate com o Benfica (aceitava bem o 0-0, mas o 1-1 premiou que não fez nada para ganhar). 

Contudo faltam jogos para levantar a moral. No seguimento destes dois maus resultados, calhou ao Sporting ter de ir à Alemanha jogar com o Wolfsburgo, uma das equipas do momento na Bundesliga. Na primeira parte, apesar de alguns erros, o Sporting conseguiu equilibrar o jogo, apesar de os alemães parecerem sempre mais fortes fisicamente e mais pressionantes. No primeiro minuto da primeira parte, o Wolfsburgo consegue chegar à vantagem e aí tudo ficou muito complicado. Na frente de ataque raramente alguém conseguiu fazer a diferença e Montero não foi certamente talhado para este esquema táctico. Para piorar a situação, numa tendência que já se verifica à vários jogos, o Sporting remata muito pouco, a maior parte das jogadas termina sem remate, mesmo quando se está na área ou perto da área... e sem remates, não há golos. Se este esquema táctico continuar parece-me que o Sporting ganhará uma dupla de centrais para o futuro (já que ficarão menos expostos ao erro, ao contrário do que aconteceu com Sarr e Maurício este ano). Contudo parece-me que será um preço muito alto a pagar pelo que aí vem. A qualidade do futebol do Sporting está a diminuir e sem futebol de qualidade será muito díficil o Sporting atingir os objectivos a que se propõe.

Segue-se o Gil Vicente, num jogo em que o Sporting não pode vacilar, se ainda quiser ter a mínima hipótese de discutir o jogo com os alemães. A reviravolta na eliminatória não é impossível (felizmente há várias recordações se situações similares - ex: Newcastle em 2005), mas o chip mental terá de ser necessariamente diferente. 

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por Kirovski às 20:34



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