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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Domingo, 26.04.15

Liga NOS, 30.ª jornada – SL Benfica 0-0 FC Porto – Uma questão de fé

Aquele que era tido como o jogo do ano foi parco em quase tudo. Emoção, incerteza, lances de perigo, defesas aparatosas… tudo faltou ao encontro da Luz. Nem polémicas sobram para preencher a semana que vai entrar.

Golos também não houve, o que não se estranha face à escassez de oportunidades. Apenas uma coisa sobejou: raça. De parte a parte, cada disputa de bola foi viril q.b., forçando o árbitro Jorge Sousa a manter o controlo dos acontecimentos com cartões amarelos. A conta parou nos nove.

Surpreendentemente, ou talvez não, não foi o Benfica a arriscar em busca de um golo que o pusesse com uma mão no título; quem assumiu as despesas ofensivas da tarde foi o FC Porto, que no entanto precisou de alguma paciência para se libertar das amarras impostas pelos da casa. Com efeito, o Benfica soube bloquear todos os canais por onde podia passar o jogo dos dragões, obrigando-os a procurar outras soluções. Não virando a cara ao desafio, o FC Porto acabou por encontrar um equilíbrio, e a partir da meia hora começou a inclinar o jogo sobre a metade encarnada do relvado.

Faltou uma presença mais forte na área, no sentido de abrir brechas na defesa contrária. Na única vez em que tal aconteceu, Jackson Martínez rematou por alto (34’), na sequência de um alívio deficiente das águias, que chegariam ao intervalo com o contador de remates a zero.

Após o descanso alguém carregou no acelerador do jogo. Ciente de que só um resultado lhe interessava, o FC Porto atacou sem preconceitos, o que lhe custou abrir espaços mais atrás, permitindo ao Benfica explorar um último terço adversário que até aí lhe estava vedado. Tal como os dragões, os encarnados só teriam um momento de claro perigo (84’), naquilo que pareceu uma repetição do lance de Jackson na primeira parte. O sérvio Fejsa rematou ainda mais por cima.

Sempre tranquilo em posse, o FC Porto conseguiu fazer aquilo em que tão redondamente falhara no jogo de Munique: sair com bola da pressão adversária, que tanto aqui como nesse jogo deu aos azuis-e-brancos pouco espaço e tempo para pensar. Repetindo a ideia acima, faltou apenas furar mais vezes até à grande área.

O pendor atacante do FC Porto obrigou o Benfica, imagine-se, a queimar algum tempo. Uma substituição ficou guardada para os descontos e Júlio César sacrificou-se, vendo um cartão amarelo por atrasar uma reposição de bola (86’). Fejsa, entrado apenas para destruir jogo, fez faltas suficientes para ser expulso. Deveria ter sido. No final do jogo, Lopetegui considerou que apenas o FC Porto quis atacar, perante um Benfica que jogou para não perder. Não estará muito longe da realidade.

Evandro e Ruben Neves foram surpresas no onze inicial portista, mas foi a inclusão de Helton que deu azo a mais interpretações. Terá o treinador querido resguardar Fabiano depois do desastre na Alemanha? Ou terá feito dele o bode expiatório? Será Helton novamente o titular para os jogos que faltam? É esperar para saber.

Um mau resultado nesta partida custaria muito mais ao Benfica que ao FC Porto, pelo que o empate satisfaz mais os primeiros. Nem poderia ser de outra maneira, já que o Benfica conserva a distância pontual, juntando-lhe a vantagem no confronto directo.

O FC Porto mostrou que está vivo, mas além de ter que vencer nas quatro jornadas que faltam, ainda precisa que o Benfica desperdice pontos em duas delas. Não seria inédito. Todavia, a recuperação do título é agora uma questão de fé. Quem arriscará colocar moedas na caixinha para acender velas?

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por Miran Pavlin às 23:00

Terça-feira, 21.04.15

Liga dos Campeões, quartos-de-final, 2.ª mão – FC Bayern Munique 6-1 FC Porto – Maior que a perna

Não foi um caso de “tudo o que podia correr mal, correu mesmo mal”. Nem um caso de “na segunda parte o FC Porto foi mais Porto”. Nem sequer existe a possibilidade de considerar o “cair de pé” ou o “inglório”. Esqueçam-se todos os chavões. Foi um massacre puro e simples.

A pressão do Bayern foi asfixiante, as trocas de bola vertiginosas, a velocidade roçou os limites da multa e o FC Porto chegou ao intervalo engolido por um estonteante 5-0. Nem migalhas sobraram. Neuer só não foi espectador porque o esquema do Bayern o leva a participar activamente no início de construção de jogo.

Era de esperar que os níveis de concentração dos alemães estivessem muito mais elevados que na primeira mão, e que isso potenciaria e multiplicaria os fogachos de futebol apoiado que se viram no Dragão. A confirmação chegou bem cedo. Primeiro com uma bola ao poste; depois com Thiago Alcântara, que voltou a molhar o pão na sopa e abriu caminho ao vendaval que se seguiu.

Tamanha demonstração de força reduziu o segundo tempo a uma mera formalidade. Mesmo com o Bayern em descompressão, o melhor que o FC Porto conseguiu foram duas jogadas dignas desse nome. Uma deu golo, por Jackson Martínez; a outra nasceu do alento momentâneo daí resultante, e teve também Jackson como protagonista, agora com um remate cruzado que não passou longe. Os bávaros ainda juntariam um sexto golo à conta, num livre directo convertido por Xabi Alonso.

A vitória do FC Porto na primeira mão foi meritória, no entanto a diferença entre os dois conjuntos ficou bem vincada. O Bayern está bastante acima dos dragões. As três presenças na final nas últimas cinco épocas já o indicavam, e o passo acabou por revelar-se bem maior que a perna do FC Porto.

É ingrato procurar culpados, no entanto Julen Lopetegui terá tomado uma opção que em jogos muito grandes não costuma trazer resultados positivos. A aposta em Reyes para a lateral direita em vez de Ricardo baralhou a equipa e significou jogar com um homem que praticamente não foi utilizado esta época, por oposição a um jogador muito verde, mas que tem algumas rotinas da posição. O técnico demorou pouco mais de trinta minutos a perceber o erro e queimou uma substituição para o corrigir. Já era muito tarde, e é impossível apagar erros.

Todavia, não seria isso a salvar o FC Porto de uma descida à terra. Esta derrota foi, e será, sempre dura, mas não deixa de ter surgido diante de uma das três equipas mais temidas do momento. Cabe a toda a estrutura do futebol portista manter a cabeça fria, porque o próximo jogo é na Luz e decide, sem possibilidade de recurso, o que será a recta final da temporada dos azuis-e-brancos.

O FC Porto sai então da Liga dos Campeões, mas tudo indica que seja um “até para o ano”. Ter conseguido uma tão ansiada presença nos quartos-de-final, duas das suas três maiores goleadas na prova, e ter voltado a fazer do Dragão um dos redutos mais temidos da Europa dá ao FC Porto um bom ponto de partida para 2015/16.

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por Miran Pavlin às 23:50

Sábado, 18.04.15

Liga NOS, 29.ª jornada – FC Porto 1-0 A Académica Coimbra – De passagem

Na antevisão ao jogo, Julen Lopetegui queixou-se de a Liga não ter permitido que fosse adiado. O motivo era mais que válido, uma vez que o jogo surgia encravado entre as duas mãos de uma tão exigente quanto importante eliminatória europeia. Contudo, e vistas bem as coisas, a reclamação chega bastante tarde, uma vez que o calendário da UEFA para esta época saiu em Maio de 2014 e o da Liga NOS é conhecido desde Julho último.

Daí que a bola tenha mesmo rolado no fim-de-semana previsto, e o onze que subiu ao relvado do Dragão não deixou dúvidas quanto às prioridades do FC Porto neste momento em particular. Nomes como José Ángel, Ricardo, Campaña, Quintero ou Hernâni jogaram de início, e até o quase proscrito Reyes foi bafejado com a titularidade, a sua primeira na Liga em 2014/15.

O golo de Hernâni (12’) na recarga ao seu próprio remate ainda fez pensar que, apesar das circunstâncias, os dragões dariam aos adeptos, pelo menos, uma tarde agradável, mas nem a tão criticada rotatividade de Lopetegui resiste a tantas mudanças, ficando no ar a sensação de a equipa estar neste jogo apenas de passagem.

Apesar de os suplentes do FC Porto terem mantido a Académica presa a um colete de forças durante praticamente todo o jogo, foram notórios os motivos pelos quais o golo da tranquilidade nunca apareceu: não houve grande intensidade no futebol portista e Aboubakar estava em dia não, perdendo diversas oportunidades mais ou menos claras de golo.

Lopetegui é que estava tão agitado como em outros jogos, esbracejando e passando inúmeras indicações à equipa. O técnico ainda experimentou outras soluções tácticas quando trocou Quintero por Marcano (60’), mas acabaria por lançar no jogo Óliver (68’) e Jackson Martínez (83’), na tentativa de o resolver.

Jackson deu outra cara aos movimentos de ataque, mas mostrou estar tão desinspirado quanto Aboubakar, falhando um golo cantado, a escassos dois metros da baliza. O desperdício acabou por não ter consequências para o FC Porto, pois a Académica, apesar de algum atrevimento nos minutos finais, apenas num lance, por Esgaio, conseguiu deixar os dragões em sentido. O verdadeiro prejudicado pode vir a ser o próprio Jackson, que viu o encarnado Jonas aproximar-se de si na lista dos melhores marcadores, agora com 16 golos contra os 17 do colombiano.

A verdade é que um segundo golo seria lisonjeiro para o FC Porto, que apenas controlou o jogo, não o dominou. Por muito que Lopetegui não quisesse, as atenções do plantel estão centradas no que aí vem esta semana. Terça-feira joga-se a segunda prestação dos quartos-de-final da Champions. No próximo domingo chega a hora da verdade, com o Benfica-Porto. Dois jogos que ajudarão a definir a que secção dos livros de história pertence a temporada 2014/15 portista.

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por Miran Pavlin às 22:00

Quarta-feira, 15.04.15

Liga dos Campeões, quartos-de-final, 1.ª mão – FC Porto 3-1 FC Bayern Munique – Espinhas atravessadas

Graças a uma exibição de sonho o FC Porto sai em vantagem para a segunda mão, e com um resultado com que poucos sonhariam. Foi mesmo uma noite de emoções fortes para os adeptos azuis-e-brancos, especialmente para aqueles que puderam presenciar uma das melhores jornadas europeias da história do clube.

Inversamente, para o Bayern de Munique o jogo foi bastante aziago. Acusando, ou não, o peso das muitas ausências, os bávaros comprometeram as suas aspirações bem cedo, através de dois erros individuais que o FC Porto cobrou com juros.

A pressão alta dos portistas expôs o Bayern logo no primeiro minuto, com Xabi Alonso a ser desarmado por Jackson Martínez, que de imediato avançou para a área, onde seria derrubado por Neuer. Terá sido isso a salvar o colombiano de um puxão de orelhas por ter hesitado na hora do remate. Chamado à conversão da grande penalidade, Quaresma abriu o activo.

Esgotava-se o décimo minuto quando Dante fez o Bayern descer de vez ao inferno. A péssima recepção de bola do central brasileiro foi aproveitada da melhor maneira pelo mesmo Quaresma, que se isolou e voltou a bater Neuer, levando o Dragão ao delírio.

Os dois golos claramente intranquilizaram o Bayern, que demorou a acertar o ritmo. Quando o fez, o FC Porto começou a sentir mais problemas em sair com bola. A reacção dos alemães deu frutos perto da meia hora, quando um cruzamento de Boateng encontrou Thiago Alcântara, que desviou a contar, após desmarcação pelas costas da defesa.

Os três golos em meia hora traduzirão bem o jogo frenético a que se ia assistindo. Já os cinco cartões amarelos em 45 minutos não deixam dúvidas quanto à entrega das duas equipas.

No reatamento o FC Porto não demorou muito a segurar o jogo com pulso firme. Aos 55 minutos, e a culminar a melhor jogada dos portistas, Neuer teve que se aplicar para impedir novo golo, mas nada pôde fazer dez minutos mais tarde, quando Jackson surgiu novamente cara-a-cara consigo, depois de Boateng falhar o corte a um passe longo, pelo ar, de Alex Sandro. O domínio do colombiano foi delicioso, antes de concluir a jogada fintando o guarda-redes e empurrando para a baliza, perante uma plateia extasiada.

Ao longo do jogo, o futebol rendilhado do Bayern foi esbarrando numa defesa portista que revelou grande acerto, o que vale por dizer que Fabiano foi pouco incomodado, por muito que os adeptos ficassem de coração nas mãos sempre que o Bayern empreendia a sua versão do tiki-taka criado por Pep Guardiola.

Não se pense, contudo, que o FC Porto se limitou a aproveitar deslizes contrários. A equipa foi excelente na gestão dos momentos do jogo, principalmente aqueles em que não teve bola. O FC Porto soube também adaptar-se da melhor maneira a um adversário que jogava com a defesa muito subida, retirando o espaço de manobra que os dragões estão habituados a ter na generalidade dos jogos. Com bola, os azuis-e-brancos não se amedrontaram na hora de a trocar, obrigando também o Bayern a procurá-la como talvez não esteja habituado a fazer. A virilidade e atitude demonstradas fizeram o resto.

Foi sem dúvida uma noite de glória para o FC Porto, mas ainda falta a segunda mão de uma eliminatória em que as baixas parecem ser a palavra-chave. Ficará mal ao Bayern queixar-se das ausências quando na ficha de jogo constam cinco campeões do mundo – incluindo o homem que marcou o golo do título – e ainda Xabi Alonso, vencedor em 2010, mas a equipa ter-se-á ressentido disso.

Já o FC Porto hoje não teve Tello e em Munique não terá Danilo e Alex Sandro, que completaram a sequência de cartões amarelos. São espinhas que ficam atravessadas na garganta do FC Porto, juntamente com o indesejado golo fora do Bayern, que aumenta exponencialmente a exigência do jogo da próxima semana na Allianz Arena.

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por Miran Pavlin às 23:45

Sábado, 11.04.15

Liga NOS, 28.ª jornada – Rio Ave FC 1-3 FC Porto

Não assisti ao jogo. Fica apenas uma memória fotográfica.

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por Miran Pavlin às 23:00

Segunda-feira, 06.04.15

Liga NOS, 27.ª jornada – FC Porto 5-0 GD Estoril-Praia – Mão cheia sem deslumbrar

Pela quinta vez esta época o FC Porto chega à mão cheia de golos, em mais uma amostra de que a possível perda do título para o Benfica será vendida bem cara. Tal como já tinha acontecido no 5-0 contra o Paços de Ferreira, e até no 4-0 frente ao Setúbal, os números gordos reflectem mais a fraca exibição do adversário do que um FC Porto implacável. A estatística exibida pela SportTV a meio da segunda parte – 13-0 em remates – é sintomática disso.

Ainda assim, por muito que não tenha sido uma exibição deslumbrante, a bola não entra se ninguém fizer por isso, e o FC Porto fê-lo. A meio gás, os dragões foram porfiando, até que Óliver encontrou o caminho da baliza aos 32 minutos – justamente o mesmo minuto em que Evandro marcara no Funchal –, ganhando a frente do lance ao central canarinho para desviar de cabeça, quase sem ângulo.

Esse minuto 32 só foi fatídico na Madeira, porque neste jogo o FC Porto não tinha por onde quebrar, e em cima do intervalo Aboubakar voltou a fazer o gosto ao pé, numa jogada idêntica à do primeiro golo.

O 2-0 resolvia o encontro, pois se o FC Porto jogava a meio gás, o Estoril simplesmente não o tinha, e foi impotente para evitar o avolumar do marcador. Quaresma fez o terceiro golo aos 51 minutos na conversão de um castigo máximo, Danilo apontou o quarto a culminar uma boa jogada colectiva, e o mesmo Quaresma bisou, no aproveitamento de uma perda de bola do jovem estorilista Mattheus.

A arbitragem do setubalente Bruno Esteves foi, grosso modo, tranquila, mas fica marcada por dois lances em específico. A grande penalidade a favor do FC Porto parece ter acontecido fora da área, e no lance do quinto golo, Quaresma terá feito falta ao recuperar a bola. Naturalmente que se os lances não tivessem terminado em golo, estas decisões ficariam esquecidas num qualquer rodapé de jornal; assim, dão mais nas vistas.

Os cinco golos são mais que suficientes para animar as hostes azuis-e-brancas, numa altura em que começa a contagem decrescente para o clássico da Luz, que está a escassos dois jogos de distância. Não há hipótese: todos os sete jogos até final da Liga NOS são de tudo-ou-nada para o FC Porto.

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por Miran Pavlin às 23:30

Quinta-feira, 02.04.15

Taça da Liga, meias-finais – CS Marítimo 2-1 FC Porto – Males que vêm por bem

Terceira visita à Madeira, terceira noite de indisposição. Esta custou um lugar na final da Taça da Liga, o troféu que o FC Porto historicamente desvaloriza, não faz questão de ganhar e, pelos vistos, não consegue mesmo ganhar.

Fazendo jus à pouca importância dada a esta competição, Julen Lopetegui escalou um onze sem alguns dos habituais titulares, opção justificada na sala de imprensa, onde o técnico referiu não fazer sentido levar outros nomes a jogo quando os menos utilizados na I Liga se bateram dignamente nas partidas da Taça da Liga.

Durante a primeira meia hora de jogo, mesmo com alguma lentidão, a equipa ia executando as suas rotinas ofensivas, face a um Marítimo expectante, que não quereria de maneira nenhuma cometer erros, ou não estivesse no momento mais importante de uma temporada abaixo dos seus objectivos.

Aos 32 minutos os dragões chegaram ao golo, num pontapé de ressaca de Evandro, após mau alívio da defensiva insular. A vantagem teve um efeito nocivo para o FC Porto, que em vez de se galvanizar, quebrou, desapareceu do jogo e chegou mesmo ao intervalo, imagine-se, já a perder por 2-1.

O empate surgiu cinco minutos depois do tento de Evandro, numa grande penalidade transformada por Bruno Gallo, precisamente o homem que marcara o único golo na partida para o campeonato. O lance foi de grande infelicidade para o lateral Ricardo, que não tinha hipótese de se desviar do maritimista Xavier, que o fintou e de seguida chocou com ele. Uma jogada normal de futebol, que o status quo da arbitragem portuguesa torna difícil não ser considerada faltosa. Para discutir eternamente.

Em cima do descanso Marega fez o 2-1, na sequência de um canto em que a defesa azul-e-branca não sai bem vista. Este golo mudou tudo o que se podia esperar do jogo para a segunda parte. Era como um pássaro raro nas mãos do Marítimo, que logo tratou de não o deixar escapar, cerrando fileiras na zona defensiva e entregando a iniciativa ao FC Porto.

Sem nervosismo ou sofreguidão, os dragões voltaram à forma inicial, trocando a bola, lateralizando, furando até cruzamentos que invariavelmente não saíam a jeito para finalizações, que é o mesmo que dizer que não causaram perigo para as redes de Salin. Excepção feita àquele último quarto-de-hora da primeira parte, não se pode dizer que o FC Porto tenha feito um jogo horrível. O problema é que não foi nem intenso, nem bom o suficiente, logo deixando o FC Porto com pouco que abone a seu favor.

A derrota, contudo, não deixa de ser um mal que vem por bem. Caso tivesse passado, o FC Porto jogaria a final numa altura em que já estará a braços não só com a eliminatória frente ao Bayern Munique, mas também com o decisivo Benfica-Porto do campeonato. Nessas contas há muito que já não há margem de erro. Agora deixa também de haver desculpas para um jogo pouco conseguido na Luz.

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por Miran Pavlin às 23:55



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