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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Face à conjuntura actual este jogo não era fulcral apenas para as aspirações do FC Porto na Taça de Portugal. Era também importantíssimo para toda a época dos dragões. Com o regresso das competições europeias ali ao virar da esquina, era ainda conveniente que o FC Porto resolvesse desde já pelo menos uma parte da questão, no sentido de poder encarar a segunda mão de forma mais tranquila.
Quando se trata da prova rainha, ainda para mais sendo uma meia-final, as diferenças entre as equipas tendem a esbater-se, e foi justamente isso que aconteceu. Mesmo militando na II Liga, o Gil Vicente não foi uma equipa fácil de vergar, exigindo o máximo empenho ao FC Porto. Os galos equilibraram a contenda durante praticamente toda a primeira parte, e até tiveram uma bola ao ferro, num cruzamento especulativo de Vítor Gonçalves (25’), mas quando o FC Porto disparou, foi certeiro. Já na compensação, num pontapé de ressaca que passou por uma floresta de pernas, Ruben Neves inaugurou o marcador, quebrando um jejum que durava desde o seu primeiro jogo oficial pelos azuis-e-brancos, em Agosto de 2014.
A noite foi mesmo de estreias. Marega debutou de dragão ao peito e Hyun-Jun Suk fez o seu primeiro golo pelo FC Porto (59’), tal como Sérgio Oliveira, este na conversão irrepreensível de um livre directo (70’). O médio tinha entrado segundos antes. Por esta altura o domínio dos dragões sobre o Gil Vicente já era inequívoco.
Tão inequívoco quanto a qualidade da prestação da equipa, que foi diametralmente oposta a muitas da era Lopetegui. O FC Porto teve propósito em campo, confiança, fio de jogo e ligação entre sectores, além de ter conseguido ganhar segundas bolas, coisa que raramente acontecia até há poucas semanas.
O jogo ficou ainda mais simples quando o gilista Renan da Silva foi expulso por cometer a falta que resultou no livre que deu o 0-3, mas tal não mancha de maneira nenhuma a exibição do FC Porto, que, salvo uma hecatombe de proporções bíblicas, tem as portas do Jamor escancaradas à sua frente. Antes, contudo, haverá jogos cruciais noutras frentes.
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