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CORTE LIMPO

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Quarta-feira, 02.03.16

Taça de Portugal, meias-finais, 2.ª mão – FC Porto 2-0 Gil Vicente FC

Por muito que no futebol tudo seja possível, este jogo pouco mais era que a confirmação do que já estava alinhavado de antemão. Para que o Gil Vicente invertesse o resultado que trazia do primeiro jogo, a ocorrência de um milagre era pouco. Era necessário que todas as divindades, incluindo as figuras das mitologias grega e romana, dessem as mãos e fizessem uso de todos os seus poderes, uma vez que nunca na história da Taça de Portugal o FC Porto perdeu em casa por quatro golos de diferença; incluindo todas as competições oficiais existentes hoje, tal aconteceu apenas por quatro vezes, sempre no campeonato. Empatar a eliminatória também estaria fora de questão, visto que só num par de ocasiões se verificou um 0-3 em casa do FC Porto na Taça de Portugal, diante de Benfica em 1973/74, e Setúbal em 1966/67; o 1-4, que serviria aos gilistas, aconteceu apenas uma vez, pelo Sporting de 1944/45.

Face ao exposto acima, era então altamente improvável que o FC Porto não atingisse a final. Também por isso o jogo deixou margem para poupanças e experiências. De entre os mais utilizados, só Layún, Rúben Neves e Aboubakar alinharam de início. Evandro ganhou minutos, assim como Marega, enquanto Chidozie voltou ao eixo da defesa, onde tem dado algumas cartas, ainda que tímidas. Helton, Víctor García, José Ángel, Sérgio Oliveira e Varela completaram o onze.

A fraca assistência também terá contribuído para que a primeira parte fosse fastidiosa. Foram poucos os lances relevantes, entre eles o primeiro golo de Chidozie pelo FC Porto (11’), num cabeceamento após canto cobrado por Sérgio Oliveira. O jogo arrastar-se-ia sem grandes motivos de interesse até ao minuto 81, quando Marega também se estreou a marcar pelos azuis-e-brancos, assistido por Aboubakar. A crónica terá que ficar por aqui, visto que ao intervalo abandonei o conforto do sofá, e analisar um jogo apenas com base no relato radiofónico é o mesmo que pedir a um míope sem óculos para descrever o que acabou de se passar do outro lado da rua.

Sobram as curiosidades à volta das quais girará parte da antevisão da final do Jamor, onde o FC Porto esgrimirá argumentos com o Braga: a última final entre ambos, na Taça da Liga 2012/13, foi vencida pelos arsenalistas, na altura orientados por José Peseiro, ao passo que o mais recente título do FC Porto, a Supertaça de 2013, foi conquistado sob o comando de Paulo Fonseca, hoje técnico do Braga. A final é só em Maio, mas os caprichos do calendário ditam que o aperitivo seja servido sem demoras: Braga e FC Porto defrontam-se já no próximo fim-de-semana, a contar para a I Liga.

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por Miran Pavlin às 23:55



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