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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Matematicamente arredado de tudo desde a jornada anterior, restava ao FC Porto defender a sua honra até final do campeonato. Mas nem isso os dragões conseguiram nesta recepção ao Sporting, numa partida em que ficou bem claro o motivo por que os leões ocupam o segundo lugar, bem na peugada do líder Benfica.
É impossível não achar que o Sporting venceu bem, na medida em que a equipa mostrou que tem fio de jogo e processos consolidados. O FC Porto, por seu turno, mais uma vez deixou transparecer que não sabe bem como segurar o touro pelos cornos, permitindo ao adversário jogar com a tranquilidade que os oponentes não tinham quando defrontavam versões passadas do FC Porto.
O cômputo geral da exibição portista é parco. Herrera acertou no poste aos sete minutos de jogo, Sérgio Oliveira encontrou a trave na cobrança de um livre directo (51’), e sobraram queixas de um lance em que Aboubakar parece ser derrubado por Coates em plena grande área (67’). De resto, a segunda parte do FC Porto foi tão fraca que não existem outros lances a registar. A hipotética grande penalidade por assinalar oferece menos dúvidas que o lance que foi de facto sancionado pelo árbitro Artur Soares Dias (35’). Numa jogada que também envolveu Coates, o juiz considerou que o central uruguaio do Sporting rasteirou Brahimi, mas o lance é bastante duvidoso.
Herrera não perdoou na conversão, lançando a ilusão de que os azuis-e-brancos conseguiriam pegar no jogo e possivelmente dar uma alegria aos cerca de 40 mil adeptos presentes. Seria apenas isso: uma ilusão. O FC Porto já corria atrás do prejuízo, por força do golo de Slimani (23’), que apareceu solto na zona fatal para desviar o cruzamento rasteiro de João Mário. O argelino voltaria a celebrar ao minuto 44, agora de cabeça, colocando a bola onde se exigia, a cruzamento de Ruiz.
Como se escreve acima, a segunda parte do FC Porto foi terrível. Mais que isso: em todo o jogo, não houve um único momento em que se sentisse que o FC Porto poderia inclinar a balança do jogo a seu favor. Ainda haveria um golpe final (85’), quando Bruno César, que entrara havia escassos quatro minutos, avançou sozinho sobre a baliza contrária e desferiu um remate que passaria por baixo do corpo de Casillas, deixando-o muito mal na fotografia. O guarda-redes espanhol terminará a época com uma colecção de fífias que não deixam morrer o debate em torno das suas capacidades.
A final da Taça de Portugal aproxima-se a passos largos. As três derrotas nos últimos cinco jogos, inclusive, deixam os adeptos e simpatizantes do FC Porto em grande sobressalto. Apesar de um ou outro jogo mais conseguido ao longo da temporada, este FC Porto é progressivamente uma equipa sem norte, sem rumo, e agora também com a motivação perto do zero. Por ter pegado na equipa já com o barco a meter muita água, José Peseiro não será o principal culpado da situação em que o FC Porto se encontra, mas é bem possível que a sucessão de derrotas venha a queimar os créditos que o técnico amealhou por ter verticalizado o futebol da equipa.
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