Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Em abstracto, é sempre bom para os portistas ver a equipa de futebol do clube vencer por 3-1 – ou 1-3, como é o caso. No entanto, finalizada a partida, a sensação que fica é a de se ter comido uma francesinha sem molho. O FC Porto controlou todo o jogo, operou uma reviravolta e acabou por disfarçar, pelo menos por mais uma semana, a insegurança que esteve em amostra no jogo anterior. Mas faltou qualquer coisa.
Talvez seja porque a motivação não é muita. Poderá faltar um pouco de chama. Será da falta de entrosamento, que de resto raras vezes existiu esta época? Certamente que se podem procurar os mais variados motivos, mas a verdade é que o FC Porto, apesar de ter vencido com tranquilidade, conseguiu-o com pouco brilho.
E se não havia motivação suficiente para a equipa do FC Porto entrar acordada no jogo, foi preciso um ex-portista fazer soar o despertador. Ou melhor, detonar uma bomba. Hélder Postiga, que tão mal-amado foi no FC Porto, arrancou um tiro do meio da rua, para um golo de bandeira (5’). O hoje titular Helton não teve hipóteses. Apetece até perguntar se Postiga não teria lugar neste FC Porto – de resto, tal como Ricardo Costa e/ou Ricardo Carvalho, não esquecendo Vieirinha. Possivelmente não para ser titular em todos os jogos, mas sim como arma secreta ou suplente de luxo para os momentos de maior aperto. Convém não esquecer de que velhos são os trapos, aliás como se viu.
O Rio Ave vencia então por 1-0. O chavão que entraria aqui é que o FC Porto reagiu. Na realidade é impossível escrever isso. Os golos aconteceram, sim, mas não é líquido que se tenham preenchido todos os requisitos de uma reacção propriamente dita. O empate apareceu ao minuto 20, numa grande penalidade convertida por Layún. Já na segunda parte, Sérgio Oliveira, porventura inspirado por Postiga, fez o 1-2 também com um remate fogoso de fora da área, na ressaca de um canto (57’). Um bilhete, como se diz na gíria. A floresta de pernas à frente do médio não adiantou de nada.
A três minutos dos descontos surgiria o terceiro tento portista, num remate cruzado de Varela após centro largo de Maxi Pereira. Resolvia-se assim em definitivo um jogo em que o ponta-de-lança de serviço foi André Silva, que voltou a não marcar mas somou minutos na sua ambientação ao que é ser titular no FC Porto.
Falta um jogo para que se conclua a campanha portista na I Liga. Não será um jogo qualquer, já que se trata de um dérbi tripeiro frente ao Boavista. Um perigo à espreita. Com a manutenção garantida, os axadrezados terão uma oportunidade de ouro para subir ao relvado do Dragão, jogar o jogo pelo jogo e escrever um pouco de história.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.