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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
O percurso portista na Liga NOS terminou com uma novidade. Foi o primeiro jogo de campeonato que o FC Porto realizou de manhã, e apenas o segundo em toda a história da I Liga. Quase que era preciso madrugar. Pese embora o horário invulgar, o FC Porto fez questão de se despedir dos seus adeptos com uma vitória sólida, num jogo disputado a médio ritmo.
Ainda não tinha havido muitas aberturas quando os dragões passaram para a frente do marcador, através de Danilo Pereira (11’), que rematou com sucesso no aproveitamendo de um ressalto em Marcano após corte de um defensor axadrezado. E sim, eram membros do sector mais recuado que se encontravam na área contrária nesse lance.
A goleada, contudo, não se explica a partir desta jogada, uma vez que quem esteve melhor até ao intervalo foi mesmo o Boavista. Não no sentido de colocar o FC Porto em apuros, mas sim porque a tranquilidade classificativa garantida há um par de jornadas permitiu aos homens do Bessa desenvolver sucessivas incursões no meio-campo contrário. A finalização, porém, não esteve à altura, com os remates a saírem muito longe do alvo. O FC Porto também surgiu diversas vezes junto à área do Boavista, mas não encontrou os espaços de que precisava.
Decorria já o minuto 56 quando Layún rematou colocado para o 2-0, após assistência astuta de André Silva, que descobriu o lateral mexicano solto na esquerda. Mika ainda tocou na bola mas não a conseguiu deter. Foi este golo que deu ao FC Porto a determinação necessária para pegar no jogo e não mais o largar. Por esta altura começava a ser notória a qualidade que André Silva emprestava aos movimentos dentro da área do Boavista, muito graças à sua corpulência, mas também à sua vontade. O jovem avançado tentou várias vezes visar as redes de Mika, mas ora o próprio guarda-redes, ora a acção do central Henrique, iam negando os seus intentos.
Ao minuto 82 Maxi Pereira é derrubado dentro da área. Apesar dos clamores dos adeptos para que fosse André Silva a subir à marca de onze metros, Brahimi tomou no seu pé a responsabilidade e não a enjeitou. Não seria preciso esperar muito mais para que o desejo dos adeptos fosse satisfeito. Lançado em profundidade por um passe bem medido de Brahimi, André Silva isolou-se, contornou Mika e selou o resultado final (88’), assinando o seu primeiro golo pela equipa principal. Um justo prémio para o trabalho que o ponta-de-lança vinha desenvolvendo.
O encontro terminou pouco depois, e em clima de festa. Comedida por parte dos dragões, porque uma época abaixo das expectativas não se apaga, um pouco mais vincada do lado dos adeptos boavisteiros, que mais uma vez viram a sua equipa ser maior que as adversidades e garantir presença na próxima edição da I Liga. A oficina dos azuis-e-brancos só fechará portas no próximo fim-de-semana, num regresso ao Jamor, cinco anos depois da última visita.
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