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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Quarta-feira, 13.07.16

EURO 2016 - Grupo C

12 Junho – Nice – Polónia 1-0 Irlanda do Norte

Golo: 1-0 Milik 51’

Nota: 2

Ao sétimo jogo a Polónia conseguiu a sua primeira vitória de sempre em fases finais do Euro, frente a uma Irlanda do Norte que não só se estreava nas finais da prova, como também disputava o seu primeiro jogo numa fase final desde o Mundial de 1986. O estilo combativo das duas equipas resultou em mais um jogo com muita entrega e pouca baliza, que se decidiria nos inícios da segunda parte, através de um golo de Arkadiusz Milik.

 

12 Junho – Lille – Alemanha 2-0 Ucrânia

Golos: 1-0 Mustafi 49’ / 2-0 Schweinsteiger 90’+2’

Nota: 2,5

A exibição da Alemanha neste jogo pode até suscitar nos observadores o proverbial “nervosismo da estreia”, mas a fase de transição que a equipa vive, e que nem sempre trouxe os melhores resultados durante a fase de apuramento, não permitiu à Mannschaft superiorizar-se mais vincadamente a uma Ucrânia que nunca deixou de lutar mas não foi capaz de infligir danos. Por outro lado, talvez tenha sido a vantagem conseguida cedo, aliada ao controlo sobre o jogo, a fazer com que a Alemanha não se empenhasse mais. A tranquilidade no resultado chegaria apenas no último fôlego, por intermédio de um estranhamente pesado Bastian Schweinsteiger, que entrara em campo minutos antes.

 

16 Junho – Lyon – Ucrânia 0-2 Irlanda do Norte

Golos: 0-1 McAuley 48’ / 0-2 McGinn 90’+6’

Nota: 3

Nem sempre a posse de bola é tudo. Que o diga a Irlanda do Norte, que venceu pela primeira vez numa fase final do Euro tendo tido apenas 35% da bola. A Ucrânia nunca encontrou forma de subjugar o conjunto britânico, nem de causar sobressaltos junto à baliza contrária. A Irlanda do Norte adiantou-se no início da segunda parte, quando o central Gareth McAuley correspondeu a um livre batido na esquerda com um cabeceamento colocado. Os ucranianos procuraram reagir, mas as ideias ofensivas não eram muitas, e a Irlanda do Norte mataria o jogo no final dos descontos, num contra-ataque que aproveitou da melhor maneira o último esforço ucraniano em busca do empate.

A partida esteve interrompida por uns minutos pouco depois do reinício, devido a uma forte queda de granizo. Foi a segunda vez em duas edições do Euro que a Ucrânia viu um jogo seu parar por via da inclemência do tempo; em 2012 uma trovoada forçou a suspensão momentânea do jogo com a França, vencido pelos bleus também por 0-2.

 

16 Junho – Saint-Denis – Alemanha 0-0 Polónia

Nota: 3,5

Por muito que um dos intervenientes, no papel, tenha mais argumentos que o outro, um dérbi é sempre um dérbi, sempre difícil de ganhar. Que o diga a Alemanha, que reavivou memórias da derrota na Polónia na fase de qualificação. A nota relativamente alta atribuída ao jogo resulta do facto de não ter sido um jogo em que a Alemanha passou o tempo a massacrar um autocarro sem rodas. Com efeito, as melhores oportunidades de golo ficaram do lado dos biało-czerwoni, que jogaram sem medo na tentativa de pela primeira vez marcar um golo à Alemanha numa fase final de uma grande competição, depois de 1974, 1978, 2006 e 2008. O jogo podia ter caído para qualquer dos lados, mas o nulo – o primeiro deste Euro – manteve-se, e é um mal menor, já que deixou as duas formações praticamente apuradas.

 

21 Junho – Marselha – Ucrânia 0-1 Polónia

Golo: 0-1 Błaszczykowski 54’

Nota: 3

A Ucrânia ficou a saber que estava eliminada com o resultado do Alemanha-Polónia, pelo que jogou apenas pela honra. A Polónia aproveitou para gerir a equipa, mas como ainda não estava matematicamente apurada, fê-lo sem abusar, não fosseo diabo tecê-las. Os ucranianos, que também utilizaram um onze alternativo, procuraram fazer um golo que lhes permitisse sair do Euro com algo de positivo, mas quem marcou foi a Polónia, num bom trabalho individual de Jakub Błaszczykowski, num lance que justifica por si só a nota atribuída ao jogo. Os polacos seguem em frente em segundo lugar do grupo, mas sem sofrer golos, enquanto a Ucrânia se despede como única formação que não marcou golos no Euro 2016.

 

21 Junho – Paris – Irlanda do Norte 0-1 Alemanha

Golo: 0-1 Gómez 30’

Nota: 2

A Alemanha foi superior à Irlanda do Norte, mas não conseguiu melhor que uma vitória tangencial, que mesmo assim lhe garantiu o primeiro lugar do grupo, e sem sofrer golos. A Irlanda do Norte procurou não abrir grandes espaços, hipotecando com isso uma presença ofensiva mais pronunciada, mas acabou por fazer história mesmo assim, já que o desfecho dos restantes grupos lhe deu um lugar na fase seguinte.

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por Miran Pavlin às 13:30

Quarta-feira, 13.07.16

EURO 2016 - Grupo B

11 Junho – Bordéus – País de Gales 2-1 Eslováquia

Golos: 1-0 Bale 10’ / 1-1 Duda 61’ / 2-1 Robson-Kanu 81’

Nota: 3,5

Jogo de estreia das duas equipas em fases finais do Campeonato da Europa. Não faltou entrega, mas tal não se traduziu num grande espectáculo porque nem sempre houve perigo junto às balizas. Pelo menos de bola corrida, porque de bola parada Gareth Bale fez estragos logo aos 10 minutos, na cobrança de um livre directo. A Eslováquia só respondeu à passagem da hora de jogo, mas seria o espírito de equipa e o futebol colectivo dos galeses a prevalecer, com o triunfo a ser materializado por Hal Robson-Kanu, à entrada para a recta final do encontro.

 

11 Junho – Marselha – Inglaterra 1-1 Rússia

Golos: 1-0 Dier 73’ / 1-1 Vassili Berezutsky 90’+2’

Nota: 2,5

Jogo de muitas cautelas. A Rússia disfarçou assim a falta de ideias, enquanto a Inglaterra, que teve mais posse de bola, só conseguiu chegar ao golo com ela parada, no caso na conversão de um livre directo. Num jogo em que estava difícil encontrar a baliza adversária, a vantagem era como que um pássaro raro nas mãos da Inglaterra. Contudo, a equipa dos três leões não o conseguiu segurar, deixando-o escapar-se já sobre o soar do gongo, altura em que Vassili Berezutsky aproveitou um cruzamento especulativo para subir mais alto que os defensores ingleses e cabecear para o empate.

 

15 Junho – Lille – Rússia 1-2 Eslováquia

Golos: 0-1 Weiss 32’ / 0-2 Hamšík 45’ / 1-2 Glushakov 80’

Nota: 3

A Eslováquia vive muito à custa do trabalho dos seus homens mais experientes, aspecto que ficou bem patente nesta partida. Enquanto Vladimír Weiss e Marek Hamšík não entraram efectivamente em acção, o equilíbrio foi a nota dominante. Até que Weiss recebeu a bola na esquerda, tirou dois adversários do caminho e rematou colocado para o 0-1. Pouco depois, o mesmo Weiss solicitou Hamšík, que quase sem ângulo rematou para um belo golo, com a bola a bater no poste antes de beijar a malha lateral do lado contrário. Com mais bola que no jogo anterior, mas igualmente sem ideias, a Rússia ficava com uma montanha para escalar, mas a reacção chegou tarde demais, permitindo assim à Eslováquia entrar nas contas do apuramento.

 

16 Junho – Lens – Inglaterra 2-1 País de Gales

Golos: 0-1 Bale 42’ / 1-1 Vardy 56’ / 2-1 Sturridge 90’+2’

Nota: 4

O encontro de britânicos assemelhou-se a um jogo da Premier League. Os jogadores entregaram-se com tudo o que tinham e os adeptos proporcionaram uma das atmosferas mais ruidosas deste Euro. Nem faltou o drama nos minutos finais, tal como muitas vezes acontece no campeonato inglês. Só faltou um pouco mais de qualidade ao futebol praticado. Os galeses foram para intervalo a vencer tendo efectuado apenas um remate à baliza de Joe Hart. Bale voltou a molhar o pão na sopa na cobrança de um livre no qual Hart não ficou bem visto. Ao intervalo o técnico inglês lançou Jamie Vardy e Daniel Sturridge para o lugar dos ineficazes Raheem Sterling e Harry Kane, e o jogo mudou. Vardy foi o primeiro a fazer o gosto ao pé, aproveitando um corte deficiente de Ashley Williams para igualar a partida. O País de Gales foi recuando cada vez mais na tentativa de salvaguardar um precioso empate, mas pagou por isso quando Sturridge iniciou e concluiu uma jogada em que a Inglaterra furou por entre um cacho de jogadores, com a bola a entrar pela única nesga que havia junto ao primeiro poste de Wayne Hennessey. Vítima de um golpe de teatro no primeiro jogo, a Inglaterra respondeu com outro, agora a seu favor.

 

20 Junho – Toulouse – Rússia 0-3 País de Gales

Golos: 0-1 Ramsey 11’ / 0-2 Taylor 20’ / 0-3 Bale 67’

Nota: 3,5

Na prática talvez não tenha sido um jogo para uma nota tão alta, mas foi um prazer ver o País de Gales realizar uma exibição que deixou a Rússia fora do Euro, e em pedaços. Os britânicos arrumaram a questão em vinte minutos, ao mesmo tempo que confirmaram que a sua equipa não é só Bale. Também há Aaron Ramsey, Joe Allen, Joe Ledley ou Ashley Williams. Juntos, formam um colectivo bastante capaz, que não tem medo de defrontar selecções mais cotadas. Não foi o caso desta Rússia, para quem o Euro 2016 foi um desaste, mesmo tendo empatado com a Inglaterra. O País de Gales controlou o jogo de tal forma, que na segunda parte até deu para jogar deliberadamente para Bale, até que este marcasse, o que viria a acontecer a meio da etapa complementar. Não estava no alinhamento, mas o País de Gales venceu o grupo, terminando com o melhor ataque da fase de grupos, com seis golos – registo posteriormente igualado pela Hungria.

 

20 Junho – Saint-Étienne – Eslováquia 0-0 Inglaterra

Nota: 2

Eslovacos e ingleses protagonizaram um jogo marcado pela tensão. Embora a Inglaterra tenha assumido as despesas ofensivas, perante uma Eslováquia à espreita do contra-ataque, nenhuma das equipas correu riscos desmesurados. A Inglaterra teve diversas oportunidades, e o facto de o guardião Matúš Kozáčik ter sido considerado o melhor em campo apenas frisa que foram os ingleses a procurar o golo com mais afinco. Não houve engenho, contudo, para ultrapassar a barreira construída pelos eslovacos, que aguentaram um empate que lhes garantiu o terceiro posto. O acesso da Eslováquia aos oitavos-de-final confirmou-se dias depois. A Inglaterra qualificou-se no imediato, mas esteve longe de deslumbrar.

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por Miran Pavlin às 12:00



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