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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Quinta-feira, 14.07.16

EURO 2016 - Grupo F

14 Junho – Bordéus – Áustria 0-2 Hungria

Golos: 0-1 Szalai 62’ / 0-2 Stieber 87’

Nota: 4

Os austríacos eram tidos como favoritos, e poderiam ter entrado em prova a marcar, mas David Alaba rematou ao poste logo no primeiro minuto, antes de desperdiçar outra boa oportunidade ainda no início do jogo. A partir daí o colectivo da Hungria começou a vir ao de cima, ao mesmo tempo que a Áustria se desorganizou, embora ainda tenha entrado melhor na segunda parte. Os magiares juntariam ao colectivo um enorme espírito de equipa, e foram premiados com o golo de Ádám Szalai após a hora de jogo. A Áustria viu-se reduzida a dez elementos com a expulsão de Aleksandar Dragović (66’), e sofreria o segundo golo perto do fim, por Zoltan Stieber, a finalizar um contra-ataque, para gáudio dos ruidosos adeptos húngaros.

A Áustria ainda não tinha perdido desde o início da qualificação; a Hungria entrou da melhor maneira, e o guarda-redes Gábor Király tornou-se no primeiro quarentão (40 anos e 74 dias) a actuar em fases finais, um recorde que certamente actualizará enquanto a Hungria se mantiver em prova.

 

14 Junho – Saint-Étienne – Portugal 1-1 Islândia

Golos: 1-0 Nani 31’ / 1-1 Birkir Bjarnason 50’

Nota: 3

Num Europeu com tantas estreias que mais parece o Festival de Cannes, a Islândia foi a última das debutantes a entrar em prova, e fê-lo batendo o pé, quem diria, a Portugal, que talvez não estivesse à espera de que a Islândia fosse uma equipa de corpo inteiro, apesar dos poucos habitantes da ilha. Foram mesmo os islandeses os primeiros a criar perigo (3’), com Gylfi Sigurdsson a obrigar Rui Patrício a aplicar-se, mas Portugal imporia a sua superioridade no jogo até ao intervalo, ao qual chegou em vantagem com o golo de Nani. Cinco minutos após o reatamento, Birkir Bjarnason escapou-se na zona fatal e igualou a partida. Portugal não se soube recompor do golpe, nem encontrar as ideias em campo para voltar a superar a defensiva contrária, abusando de um jogo aéreo em que os islandeses iam sendo superiores. Sem um momento genial de Cristiano Ronaldo, a equipa das quinas ficou abandonada à sua sorte, e ainda se expôs a um ou outro contra-ataque islandês que a deixou em sentido. A Islândia celebra o seu primeiro ponto na ribalta, enquanto Portugal puxa da tradicional calculadora.

 

18 Junho – Marselha – Islândia 1-1 Hungria

Golos: 1-0 Gylfi Sigurdsson (g.p.) 40’ / 1-1 Sævarsson (p.b.) 88’

Nota: 4

Um dos jogos mais improváveis da história dos Euros foi um bom espectáculo de futebol, embora os golos tenham surgido em lances fortuitos. Acima de tudo, as duas equipas mostraram saber o que querem do jogo, encarando a presença na fase final com espírito de missão. A Islândia adiantou-se perto do intervalo numa grande penalidade que deixou dúvidas, mas tanto antes como depois do golo a Hungria tinha gozado de vários períodos de superioridade, embora criando pouco perigo. A organizada defesa dos nórdicos foi tantas vezes ameaçada que acabou por ceder, já com a meta à vista, numa infelicidade do lateral Birkir Sævarsson, que introduziu a bola na própria baliza e fixou o marcador final. Os húngaros festejaram como se de uma vitória se tratasse. Os quatro pontos conquistados deixam os magiares praticamente apurados para a fase seguinte.

 

18 Junho – Paris – Portugal 0-0 Áustria

Nota: 3

Portugal fez 23 remates contra três dos austríacos e beneficiou de dez cantos – a Áustria não teve nenhum. Nani cabeceou ao poste na primeira parte e aos 79 minutos Cristiano Ronaldo desperdiçou uma grande penalidade, acertando também no ferro. Apesar de um ou outro susto, Portugal dominou o encontro, mas não conseguiu ser superior na única estatística que interessa e termina com a calculadora a explodir nas mãos, tantos que são os cenários possíveis para a última jornada daquele que é o grupo mais disputado desta edição do Euro – apenas uma equipa venceu nos quatro jogos realizados.

 

22 Junho – Saint-Denis – Islândia 2-1 Áustria

Golos: 1-0 Bödvarsson 18’ / 1-1 Schöpf 60’ / 2-1 Traustason 90’+4’

Nota: 4

O golpe de teatro da autoria de Arnor Ingvi Traustason, nos segundos finais da partida, apagou toda a história do jogo. Além de assinalar o primeiro triunfo islandês numa fase final, o tento colocou a sua equipa no segundo posto do grupo e confirmou a eliminação de uma Áustria de quem se esperava mais. Talvez por isso fossem os austríacos a sentir mais vincadamente sobre os ombros a pressão do que estava em jogo. Era o melhor que poderia acontecer à Islândia, que mais uma vez mostrou grande organização defensiva. A Áustria procurava jogar pela certa e não perder a bola desnecessariamente, mas cedo se viu numa desvantagem que só anularia à hora de jogo, através de uma obra de arte de Alessandro Schöpf. Com o passar dos minutos a cabeça desapareceu para ficar só o coração, e seria com a equipa totalmente inclinada sobre a área contrária que apareceria o contra-ataque de três para um que decidiu a partida. Traustason já estava com pouco ângulo, e o remate nem foi dos melhores, mas a palmada de Robert Almer não a conseguiu tirar da baliza.

 

22 Junho – Lyon – Hungria 3-3 Portugal

Golos: 1-0 Gera 19’ / 1-1 Nani 42’ / 2-1 Dzsudzsák 47’ / 2-2 Cristiano Ronaldo 50’ / 3-2 Dzdudzsák 55’ / 3-3 Cristiano Ronaldo 62’

Nota: 5

Seis golos, alguns de grande classe. Parada-resposta e a consequente incerteza. Múltiplos desfechos possíveis. Que mais se poderia pedir? Foi certamente o melhor jogo do Euro 2016. Zoltan Gera abriu o marcador com um golaço, dominando de peito um alívio pelo ar antes de rematar rasteiro, colocado, e Nani empatou perto do descanso num bom movimento diagonal. Os primeiros 17 minutos da segunda parte foram de pura loucura, com quatro golos, todos pelas estrelas maiores das suas equipas. Balázs Dzsudzsák teve a sorte consigo em dose dupla, com os seus golos a beneficiarem de ressaltos; o primeiro em lance individual, o segundo na cobrança de um livre directo. Cristiano Ronaldo fez o outro grande golo da tarde, num belo golpe de calcanhar, antes de matar de cabeça para o 3-3. Nos minutos finais a intensidade desceu, já que o empate qualificava as duas equipas. A Hungria decerto festejava por dentro. Portugal fazia mesmo assim contas à vida; estava prestes a tornar-se na única equipa a passar só com empates, no virtual segundo lugar do grupo, que colocaria a equipa no lado dos tubarões nos oitavos-de-final. Até que a Islândia marca aquele golo. Com ele Portugal caiu para o terceiro lugar do grupo, passando assim para o outro lado do quadro das eliminatórias.

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por Miran Pavlin às 13:30

Quinta-feira, 14.07.16

EURO 2016 - Grupo E

13 Junho – Saint-Denis – Irlanda 1-1 Suécia

Golos: 1-0 Hoolahan 48’ / 1-1 Clark (p.b.) 71’

Nota: 4

Por limitada que possa ser, à equipa da Irlanda nunca falta espírito. Talvez querendo apagar a má imagem deixada há quatro anos, os rapazes de verde tomaram conta dos acontecimentos desde o início, realizando uma primeira parte de bom nível, que incluiu uma bola na trave, mas o golo só surgiria no arranque da metade complementar, quando Wes Hoolahan finalmente quebrou a barreira sueca com um remate colocado após trabalho de Séamus Coleman. Era o toque que o conjunto nórdico precisava para acordar. Logo na resposta a Suécia coleccionou pontapés de canto e teve um remate de Emil Forsberg a passar a centímetros do poste. O empate apareceu numa infelicidade do central irlandês Ciaran Clark, que cortou de cabeça para a sua própria baliza na pressão de ter um adversário nas costas. O golpe quebrou o ânimo do conjunto insular, que voltou ao comando do jogo mas não lograria desempatá-lo uma segunda vez.

 

13 Junho – Lyon – Bélgica 0-2 Itália

Golos: 0-1 Giaccherini 32’ / 0-2 Pellè 90’+3’

Nota: 4

Apetece pensar que quem sabe, nunca esquece. Num jogo tido como difícil, pelo lugar invulgarmente alto ocupado pela Bélgica no ranking da FIFA, que de resto chegou a liderar, a squadra azzurra deu uma aula de como defender. A Bélgica colocou diversos problemas à Itália, principalmente na segunda parte, altura em que os diabos vermelhos mais cresceram no jogo, mas os italianos não cedem facilmente quando são obrigados a recuar e manter-se junto à sua baliza por algum tempo. Com a bola, a Itália soube ser venenosa. O central Leonardo Bonucci isolou Emanuele Giaccherini com um passe longo, pelo ar, e o atacante finalizou da melhor forma frente a Thibaut Courtois. Em vantagem, a Itália teve oportunidade de mostrar algumas artimanhas para queimar tempo sem ver cartões e forçou Courtois a duas defesas apertadas, antes de matar o jogo no final dos descontos, quando a Bélgica já só tinha coração e pernas desgastadas. Num contra-ataque rápido, Graziano Pellè finalizou com convicção, garantindo para a sua equipa uma vitória sólida, num bom jogo, mais do ponto de vista táctico que do espectáculo.

 

17 Junho – Toulouse – Itália 1-0 Suécia

Golo: 1-0 Éder 88’

Nota: 3,5

Quando está em forma, a Itália é uma equipa que não entra em pânico quando o adversário empreende vagas sucessivas de ataque e cria perigo com regularidade. Os suecos forçaram então a Itália a muito trabalho defensivo, mas não encontraram forma de quebrar a squadra azzurra. Nem a Itália ela própria cedeu em qualquer momento. Já se aproximava a hora das decisões quando surgiu um aviso dos transalpinos, com Marco Parolo a cabecear à barra. À segunda, seria golo, nascido de um aparentemente inofensivo lançamento lateral. Com a Suécia distraída por um segundo, Giorgio Chiellini lançou Simone Zaza, que de primeira endossou a Éder, que já se desmarcava descaído na esquerda. O oriundo furou pela defensiva nórdica e rematou colocado, decidindo o jogo e dando à Itália a passagem à fase seguinte. Uma vitória à italiana, sem dúvida. Desta vez, Zlatan Ibrahimović não encontrou o mesmo toque de midas que teve em 2004, naquele requintado golpe de calcanhar que fixou o 1-1 final. Itália e Suécia também se tinham defrontado no Euro 2000 (2-1 para a Itália).

 

18 Junho – Bordéus – Bélgica 3-0 Irlanda

Golos: 1-0 Romelu Lukaku 48’ / 2-0 Witsel 61’ / 3-0 Romelu Lukaku 70’

Nota: 3

A receita dos irlandeses no primeiro jogo desta vez não rendeu. A equipa mostrou-se mais apagada, sobretudo no sector atacante. Na primeira parte o guarda-redes Darren Randolph disse presente em todas as investidas dos diabos vermelhos, mas após o descanso bastaram três minutos para que a Bélgica marcasse, ficando aí com o jogo na mão. O segundo foi o melhor dos belgas, com Axel Witsel a finalizar uma bela movimentação ofensiva. Romelu Lukaku bisou, afastando por uns momentos as dúvidas que por vezes recaem sobre si.

 

22 Junho – Lille – Itália 0-1 Irlanda

Golo: 0-1 Brady 85’

Nota: 3

Já apurada, a Itália procedeu a poupanças, pelo que não foi tão sólida como nos dois jogos anteriores. A Irlanda voltou a agarrar-se ao coração para equilibrar os acontecimentos, fazendo com que o jogo entrasse num impasse daqueles que se resolvem com um golo apenas. Face à pouca acutilância dos transalpinos, o deslize aconteceu na baliza italiana, quando um passe aéreo em profundidade apanhou Robbie Brady em desmarcação por um espaço no centro da defensiva azzurra. Brady tocou de cabeça à saída de Salvatore Sirigu, espoletando vigorosos festejos na armada verde. A vitória ofereceu à Irlanda o terceiro lugar do grupo e a passagem à fase seguinte.

 

22 Junho – Nice – Suécia 0-1 Bélgica

Golo: 0-1 Nainggolan 84’

Nota: 2,5

Com ambas as equipas a precisar do resultado, talvez o jogo não tenha trazido a emoção esperada. A Suécia batalhou com o que tinha, mas parecia sempre faltar-lhe qualquer coisa para se impor no jogo. Sem conseguirem marcar, os suecos acabaram por sofrer, tarde no jogo, o golo que os atirou para fora do Euro.

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por Miran Pavlin às 13:00

Quinta-feira, 14.07.16

EURO 2016 - Grupo D

12 Junho – Paris – Turquia 0-1 Croácia

Golo: 0-1 Modrić 41’

Nota: 2,5

Terceiro encontro entre turcos e croatas no Euro, e tal como nesses jogos do passado, o golo não apareceu em grandes quantidades. Apenas houve mais um a acrescentar à história, da autoria do médio Modrić, que correspondeu a um canto mal aliviado pela defensiva turca com um belo remate, com força q.b. e muito jeito. Ainda com Rakitić em alta rotação, a Croácia esteve quase sempre por cima do jogo, conseguindo uma justa vitória, curiosamente pelo mesmo resultado de há vinte anos.

 

13 Junho – Toulouse – Espanha 1-0 República Checa

Golo: 1-0 Piqué 87’

Nota: 2

A entrada em prova dos bicampeões em título não foi fácil. Mesmo tendo sido um jogo de sentido único, com a República Checa limitada a esporádicos contra-ataques com maior ou menor perigo, a Espanha não conseguia chegar ao golo. Com Iniesta a fazer as vezes de Xavi, a qualidade da posse de bola dos espanhóis manteve-se praticamente inalterada, mas com Morata, Nolito e Aduriz onde antes havia Fernando Torres ou David Villa, as coisas podem custar mais a sair. Foi o que aconteceu neste jogo. A República Checa ficou a minutos de uma gracinha, cedendo na recta final, quando deixou o central Piqué esquecido na zona fatal, para um desvio de cabeça na sequência de um canto.

 

17 Junho – Saint-Étienne – República Checa 2-2 Croácia

Golos: 0-1 Perišić 37’ / 0-2 Rakitić 59’ / 1-2 Škoda 76’ / 2-2 Necid (g.p.) 90’+4’

Nota: 4

O melhor jogo até ao momento, e um dos melhores de toda a fase final. A emoção dos momentos finais ajuda à memória positiva, mas é possível que a Croácia não a partilhe. Os vatreni estiveram a vencer por 0-2, graças a mais um notável trabalho de Modrić e Rakitić, que voltaram a jogar e a fazer jogar. Tudo corria bem à Croácia até ao minuto 76, altura em que Škoda, lançado nove minutos antes, recolocou o resultado em discussão. A menos de cinco minutos do fim, os adeptos croatas causaram distúrbios que levaram à suspensão do encontro. Jogaram-se dez minutos para lá dos 90, e foi nesse período que uma grande penalidade escusada por mão na bola ofereceu aos checos o golo do empate – embora a cronometragem constante da ficha oficial do jogo dê o golo como tendo ocorrido ao minuto 89. A República Checa ainda causou outros calafrios nos segundos finais, mas não conseguiria a reviravolta e tem o seu lugar no Euro 2016 em perigo. A Croácia deixou fugir a oportunidade se apurar desde já.

 

17 Junho – Nice – Espanha 3-0 Turquia

Golos: 1-0 Morata 34’ / 2-0 Nolito 37’ / 3-0 Morata 48’

Nota: 2

A Espanha voltou a dominar de fio e pavio, construindo uma vitória ampla, tornando-se também na primeira equipa a fazer três golos num jogo nesta fase final. O triunfo apura também a Espanha para os oitavos-de-final. A roja garantiu os três pontos em três minutos, já no último quarto de hora da primeira parte, acrescentando um terceiro tento no arranque da metade complementar, para que não restassem dúvidas sobre o vencedor. Só aí a Turquia pôde ter mais espaço para respirar, aproveitando o relaxamento dos espanhóis. Sem pontos e sem golos após dois jogos, a Turquia precisa de um milagre maior que aqueles que conseguiu no passado para pensar em chegar à próxima fase.

 

21 Junho – Lens – República Checa 0-2 Turquia

Golos: 0-1 Burak Yılmaz 10’ / 0-2 Ozan Tufan 65’

Nota: 3,5

Só um triunfo volumoso poderia deixar a Turquia em terceiro lugar com números suficientes para acalentar a esperança de um lugar nos oitavos-de-final, e não se pode dizer que os turcos não tenham tentado com todas as suas forças. A República Checa, com um ponto, poderia chegar à fase seguinte com um triunfo pela margem mínima, mas não encontrou forma de contrariar a crença do adversário, que se colocou em vantagem bem cedo. O encontro foi mais aberto que a generalidade dos restantes da fase de grupos, o perigo rondou as duas balizas, mas seria novamente a Turquia a marcar, num lance de insistência. Os números finais, contudo, seriam insuficientes para os turcos seguirem em frente.

 

21 Junho – Bordéus – Croácia 2-1 Espanha

Golos: 0-1 Morata 7’ / 1-1 Kalinić 45’ / 2-1 Perišić 87’

Nota: 3

Já qualificada, a Espanha não poupou unidades, e colocou-se a vencer ainda antes dos primeiros dez minutos. Poderia pensar-se que estava aberto o caminho para que a roja terminasse a fase de grupos com aproveitamento total, mas a Croácia tinha outras ideias, e igualou a contenda em cima do intervalo. A verdade é que a Espanha se manteve au ralenti depois do golo, até porque tendo em conta o resultado do outro jogo, as duas equipas se apuravam desde já para os oitavos-de-final, com os ibéricos em primeiro lugar. No entanto, a ambição dos croatas falou mais alto, e o golo do triunfo apareceu quando já não havia tempo para muito mais, oferecendo-lhes assim a vitória no grupo.

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por Miran Pavlin às 12:00



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