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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Sem ganhar em Alvalade desde 2008/09, o FC Porto parecia chegar em forma ao último teste do primeiro lanço da temporada, mas o tónico trazido de Roma não foi suficiente para que o FC Porto mantivesse o registo imaculado nesta Liga NOS. Ainda assim, a entrada em jogo do FC Porto não fazia prever um desfecho desfavorável. Sensivelmente ao mesmo minuto que no jogo de Roma, Felipe voltou a fazer das suas, abrindo o activo com um desvio à boca da baliza após livre sobre a direita. Antes do golo o FC Porto já havia procurado lançar o ataque através de bolas em profundidade pelo corredor central, conseguindo um lance em que André Silva viu o seu esforço negado por um corte no momento certo de Rúben Semedo. Ao quarto-de-hora Slimani empatava num lance do qual alguns jogadores portistas se queixaram de mão na bola, mas não parece haver irregularidade. Bruno César cobrou um livre directo que bateu no poste e sobrou para Gelson Martins, que ajeitou a bola e a encostou na direcção da baliza. O esférico prensou no corpo de Casillas, e o tento só seria confirmado por Slimani, em cima da linha. Talvez houvesse tempo para o FC Porto evitar o golo, mas os jogadores preferiram ficar parados, de braço no ar, virados para o árbitro assistente. No entanto, a haver irregularidade só nos livres que deram origem aos dois golos; em nenhum deles parece haver falta.
O Sporting não demorou a corrigir o seu posicionamento em campo depois de sofrer o golo, com isso fechando a torneira ao miolo do FC Porto, que não conseguiu mais fazer a bola chegar perto da pequena área. O mais perto que os azuis-e-brancos estiveram do golo até final do jogo foi num remate em arco de André André que tocou no poste antes de sair, num contra-ataque em que Layún dominou mal a bola quando tinha dois colegas em posição privilegiada no meio, e já no estertor do desespero, quando Adrián López pareceu escapar-se na esquerda com espaço para rematar mas optou por flectir para o meio, perdendo de imediato a bola.
Aos 26 minutos Gelson Martins consumou a reviravolta leonina num remate firme à entrada da área. As queixas dos portistas repetiram-se, novamente por alegado domínio com o braço de Bryan Ruiz antes de endossar ao colega, mas também aqui não parecem existir motivos para tal. Os argumentos a que os dragões podem recorrer residem noutras vertentes da arbitragem de Tiago Martins – que dirigia o seu primeiro clássico –, nomeadamente no lance em que Bruno César, logo ao minuto 10, teve uma entrada de sola ao tornozelo, em tudo idêntica à que rendeu uma das expulsões no jogo de Roma. Aqui, nem o cartão amarelo saltou do bolso, e ao longo da partida o juiz foi permitindo que o mesmo Bruno César acumulasse faltas suficientes para ser expulso duas vezes, mas também que em várias disputas de bola – com Slimani à cabeça – o cotovelo também fosse utilizado. Otávio foi dos jogadores mais visados pelos adversários. A excessiva permissividade do árbitro perante os abusos do Sporting deixa-o em condições de ser acusado de caseirismo. Num jogo em que todos os golos oferecem dúvidas, é incrível como o foco das queixas incide sobre outros lances.
Os níveis de tensão foram elevados ao longo da partida, ou não estivesse em jogo uma liderança isolada com vantagem pontual sobre os outros dois candidatos crónicos ao título, e Jorge Jesus seria expulso durante a segunda parte, juntamente com o médico dos leões. Por vezes uma expulsão do técnico mexe com a equipa, mas o Sporting tinha o jogo bem controlado e segurou a vantagem. Nuno Espírito Santo efectuou substituições que inclinaram a equipa para o ataque, mas o efeito foi praticamente nulo. Óliver Torres foi utilizado na segunda parte, mas tendo chegado apenas a meio da semana, talvez tenha sido uma entrada prematura.
Ficar cedo sob pressão classificativa não é cenário novo para o FC Porto nestes últimos anos, mas a equipa não dá sinais do desnorte em campo tantas vezes visto nos dias de Julen Lopetegui, pelo que o alarme não deverá soar desde já. Antes pelo contrário. Os elogios tecidos durante a semana pelo presidente leonino Bruno de Carvalho à qualidade das arbitragens, e a actuação caseira de Tiago Martins só mostram que a concorrência está em sentido com o arranque de época do FC Porto.
Na antevisão ao jogo, Nuno Espírito Santo disse que o FC Porto tinha um plano. Decorridos oito minutos, os dragões dissipavam todas as dúvidas que pudessem existir em como a equipa sabia como o pôr em prática. À cabeçada, o central Felipe colocava atrás das costas, pelo menos por um tempo, os problemas de adaptação que sentiu nas partidas anteriores, ao inaugurar o marcador, ao segundo poste, na sequência de um livre. O FC Porto conseguia materializar, talvez mais cedo do que esperava, a entrada com que decerto sonhou, entorpecendo ao mesmo tempo a equipa da Roma.
Além de anular a vantagem psicológica que os italianos traziam da primeira mão, o golo tranquilizou de tal maneira o FC Porto que os homens da casa praticamente não incomodaram Casillas, excepção feita a remates de Nainggolan e Džeko que obrigaram o internacional espanhol a aplicar-se. Do lado dos giallorossi os nervos começaram a levar a melhor. Aos 40 minutos De Rossi era expulso por uma entrada violenta que efectivamente colocou Maxi Pereira fora do jogo; o juiz polaco Szymon Marciniak foi corajoso ao não ter contemplações para com o capitão da equipa da casa. No minuto 50 era Emerson Palmieri, que curiosamente entrara para reequilibrar a equipa após a expulsão de De Rossi, a ver ele próprio o cartão vermelho, também por uma entrada dura, de sola ao tornozelo, sobre Corona. No espaço de poucos minutos, uma Roma que já estava encostada às cordas ajudou ainda mais a causa portista.
Com nove elementos, o conjunto da capital italiana agarrou-se ao coração, procurando o ataque como se ainda tivesse a equipa completa, mas o FC Porto foi impassível, embora por vezes transmitisse a sensação de que se estava a fazer rogado em dar o golpe de misericórdia no jogo e na eliminatória. Seria, contudo, uma questão de tempo. Decorria o minuto 73 quando Layún se escapou pelo flanco direito, contornou Szczęsny e já de ângulo apertado empurrou para a baliza deserta; dois minutos mais tarde Corona elevou para 0-3, agora pela esquerda, num lance em que ultrapassou Manolas antes de rematar forte, com a bola a entrar junto ao primeiro poste.
É fácil pensar que os cerca de 100 minutos que o FC Porto passou em superioridade numérica, no cômputo das duas mãos, jogou a seu favor, mas tal não é totalmente verdade, uma vez que o encontro do Dragão foi muito equilibrado, e em Roma o FC Porto já tinha agarrado as rédeas do jogo com firmeza quando apareceram as expulsões. A passagem do FC Porto à fase de grupos é justa, e mantém o clube na frente da tabela de presenças nessa fase, com 21, ex æquo com Barcelona e Real Madrid. A Roma desce à Liga Europa, e terá que justificar o porquê de um investimento tão avultado na equipa não ter sido suficiente para se manter na elite do futebol europeu.
Não assisti ao jogo. O princípio mantém-se: sem ver, não há prosa.
As incidências do jogo foram tantas que no final é difícil perceber qual delas teve mais influência no seu desfecho. Terão sido os 35 minutos de avanço que o FC Porto deu ao adversário? Terão sido algumas decisões, correctas ou não, da equipa de arbitragem? Os cerca de 50 minutos que o FC Porto jogou contra dez elementos? A falta de eficácia quando o golo parecia estar à sua frente? A sorte que ora sorriu, ora virou costas? O debate durará pelo menos até à segunda mão. A única certeza, por enquanto, é que o golo sofrido em casa tem tudo para ser um óbice às aspirações dos azuis-e-brancos na prova máxima do futebol europeu.
À semelhança do que acontecera em Vila do Conde, o FC Porto entrou bastante mal na partida. A ansiedade dos dragões estava à flor do relvado, traduzindo-se em descompensações no sector defensivo e inúmeras entregas de bola aos homens da Roma. Os giallorossi traziam na ponta da língua as transições rápidas para o ataque, com Salah em foco, além da consistência defensiva tão querida dos italianos. O pânico no sector recuado portista era evidente sempre que a Roma se abeirava da área. Logo no terceiro minuto Felipe limpou in extremis uma iniciativa precisamente de Salah, antes de o mesmo jogador desferir um remate que saiu pouco ao lado do poste (7’). Ao minuto 13 Casillas fez asneira da grossa ao não segurar uma bola que era mais que sua junto aos pés de Džeko, mas o avançado bósnio, com a baliza à sua mercê, finalizou contra o corpo de Alex Telles, que foi absolutamente salvador. O minuto 21, contudo, seria fatídico, com a Roma a chegar ao golo numa infelicidade de Felipe, que desviou para a própria baliza um canto batido por Salah.
O FC Porto parecia paralisado em campo. Não conseguia sair para o ataque com a bola junto à relva e a equipa não proporcionava linhas de passe. Decerto que uma coisa levava à outra, e as poucas bolas que chegavam ao ataque resultavam de lançamentos longos pelo ar. André Silva bem lutava, mas a defesa romana ia sendo mais forte. Até que a equipa acordou para os minutos finais do primeiro tempo. Como se alguém tivesse acendido a luz, subitamente o FC Porto começou a carregar sobre a Roma, criando finalmente lances de perigo. Aos 41 minutos Vermaelen deixava a Roma reduzida a dez unidades, ao acumular cartões amarelos num derrube a André Silva, que se preparava para ficar isolado frente à baliza.
O intervalo não quebrou o ímpeto que os dragões, ainda que a custo, encontraram. Por esta altura já Otávio se cotava como principal municiador do ataque portista, enquanto André Silva ia mostrando toda a sua disponibilidade para perseguir praticamente tudo o que mexia no último terço do campo. Aos 50 minutos as bancadas explodiram no festejo de um golo de Adrián López, mas o fiscal-de-linha não ficou convencido da legalidade do lance e assinalou fora-de-jogo. Apesar de ser um lance difícil, as imagens televisivas parecem dar razão ao assistente, com quem o juiz principal Björn Kuipers conferenciou antes de validar a decisão. À passagem da hora de jogo a sorte voltaria a olhar para o FC Porto, que beneficiou de uma grande penalidade por mão na bola de Emerson Palmieri – o brasileiro já tinha cortado um lance com a mão na primeira parte, mas esse passou despercebido. André Silva converteu o castigo com excelência, apontando assim o seu primeiro golo europeu.
O FC Porto manteve a pressão, criou oportunidades bastante claras, mas continuou a não conseguir alvejar a baliza da Roma. Perdeu-se a conta aos remates bloqueados e interceptados pelos romanos, que assim resistiram à inferioridade numérica e seguem para a segunda mão com um precioso golo na bagagem. Tanto o FC Porto como a Roma têm boas hipóteses de alcançar a fase de grupos, no entanto os dragões não se podem dar ao luxo de voltar a entrar em falso no jogo; nem podem deixar que tal se torne uma tendência. Pela reacção demonstrada em cada um dos jogos fica a ideia de que este FC Porto é capaz de fazer mais, até porque parece ter melhor circulação de bola que na época passada, mas por outro lado não é líquido que os problemas defensivos da equipa estejam resolvidos. As soluções, por enquanto, não abundam, pelo que a estrela terá mesmo que ser a equipa. Da sua consistência depende o futuro próximo do FC Porto.
Quem viu os primeiros minutos oficiais deste FC Porto dificilmente ficou satisfeito. A intensidade era pouca, o rasgo também. A baliza, tanto a do Rio Ave como a do próprio FC Porto, eram como que um pequeno ponto lá longe no horizonte. Durante esse tempo, o jogo foi como que um remake de muitas noites da temporada passada, em que à falta de melhores ideias, o FC Porto se ia deixando enredar pelo adversário, como se estivesse à espera de que algo caísse do céu. Até que, à semelhança de diversas ocasiões em 2015/16, caiu mesmo, mas onde os dragões menos desejariam: na sua baliza.
Na cobrança de um canto, Marcelo escapou à marcação de Felipe e cabeceou cruzado para o primeiro golo desta edição da Liga NOS (36’). Era o ingrediente que faltava para que os adeptos dos azuis-e-brancos levassem as mãos à cabeça e vissem passar à frente dos olhos todo o filme do pretérito ano. Se já era claro, tornou-se inequívoco que Felipe ainda não entrou no ritmo do jogo europeu; o futebol que se pratica por cá está longe da vertigem, por exemplo, do futebol inglês, mas o central brasileiro ainda precisa de adaptar o seu chip.
O filme de terror dos portistas durou apenas quatro minutos. Corona foi mais forte no corpo-a-corpo com o central vila-condense e finalizou em beleza, sem deixar a bola cair, após cruzamento de Alex Telles que ressaltou num adversário antes de André Silva endossar, de cabeça, ao mexicano. O FC Porto foi subindo de rendimento a partir daqui. Sete minutos após o reatamento, Herrera assinou um belo golo, num remate colocado, e à passagem da hora de jogo André Silva picou o ponto, na recarga a uma grande penalidade desperdiçada pelo próprio, que permitiu a defesa, ainda que incompleta, a Cássio.
Marcelo foi expulso no lance da grande penalidade, e Alex Telles acompanhá-lo-ia no banho antecipado aos 65 minutos, quando viu um segundo cartão amarelo, talvez por excesso de zelo do juiz da partida. Nuno Espírito Santo recompôs a defesa retirando Otávio para fazer entrar Layún, mas o jogo cairia de intensidade a partir deste momento. Com uma novidade: o FC Porto controlou as operações sem problemas de maior, ao ponto de se dar ao luxo de refrescar o ataque, dando minutos ao reforço Depoitre, que ainda apalpa terreno enquanto jogador do FC Porto, e também a Adrián López, que procura agarrar uma inesperada segunda oportunidade.
O FC Porto terminou o jogo com uma cara muito melhor que aquela que começou. Poderá ser um bom prenúncio, mas, naturalmente, é demasiado cedo para afirmar o que quer que seja. Era importante começar bem, e isso foi conseguido. Para que o texto não termine de forma abrupta, aqui ficam algumas curiosidades: Nuno Espírito Santo iniciou o seu percurso oficial no comando do FC Porto frente à equipa pela qual se estreou na I Liga como técnico, enquanto Nuno Capucho encontrou o antigo clube na sua própria estreia como treinador na liga principal. Os dragões saem de Vila do Conde com um triunfo por 1-3 pela quarta época consecutiva. O presente jogo copiou até a marcha do marcador verificada no encontro da temporada passada.
Há muito que o FC Porto não vivia uma pré-temporada tão tranquila. Levando em linha de conta que a época anterior deixou muito a desejar, tal seria motivo para alarme, mas existem atenuantes e justificações. Naturalmente que o triunfo da selecção nacional no Euro 2016 ocupou a quase totalidade das atenções durante o defeso, mas o principal motivo da calma que se viveu na oficina dos dragões advém do aviso que a UEFA fez ao FC Porto no âmbito do fair play financeiro. Era necessário refrear as contratações, principalmente no tocante ao preço, e o FC Porto mudou então de agulha relativamente ao modus operandi das temporadas mais recentes.
Comparando o plantel que terminou a época transacta com aquele que está prestes a iniciar a nova campanha, parece que nada mudou. Alguns adeptos nem conseguirão dormir quando se apercebem disso, mas convém não esquecer uma das percepções que mais vezes ressaltou em 2015/16: o FC Porto não tinha uma equipa, antes um conjunto de jogadores a jogar praticamente cada um por si, o que levava a pensar que se todos remassem para o mesmo lado, seriam capazes de mais e melhor. E uma vez que quase todos continuam para 2016/17, parte do trabalho que o novo treinador teria em construir a equipa já está feito. A escolha de Nuno Espírito Santo como substituto de José Peseiro agradou de imediato aos apaniguados do dragão. O antigo guarda-redes dispensa períodos de adaptação ao clube, uma vez que o representou durante vários anos, participando em algumas das mais gloriosas gestas da história portista.
Os principais dossiês que Nuno tinha para resolver prendiam-se com as lacunas da equipa no centro da defesa e na cabeça do ataque. A abordagem tanto a estes problemas, como à definição global do plantel foi bastante invulgar para os tempos que correm. Em vez de comunicar à direcção que gostaria de ver este e aquele nome na equipa, Nuno Espírito Santo teve ao seu dispor o plantel que transitou de época, os melhores nomes da equipa B, e os incontáveis atletas que o FC Porto foi espalhando pelo planeta futebol em sede de empréstimo.
Conforme os trabalhos avançavam, o técnico foi emagrecendo o lote de jogadores, de acordo com as suas preferências. Os empréstimos continuam a ser muitos, principalmente em clubes da I Liga. Se nomes como Rafa Silva, Tiago Rodrigues, Gonçalo Paciência, Francisco Ramos, Ivo Rodrigues ou Pité estão ou continuam em rodagem, Fabiano, Andrés Fernández e Lichnovsky voltam a não ser opção, bem como José Ángel, que segue para o Villarreal.
Os primeiros reforços a chegar foram o central brasileiro Felipe, proveniente do Corinthians, e o médio João Carlos Teixeira, vindo do Liverpool a custo zero. Mais tarde chegaria o lateral-esquerdo Alex Telles, também brasileiro, que tem no currículo passagens por Galatasaray e Inter Milão. A outra contratação, Zé Manuel, veio do Boavista mas nem aqueceu o lugar, sendo imediatamente emprestado ao Setúbal. Para quê contratá-lo então?
À procura de reabilitação está o central mexicano Diego Reyes, que regressou do empréstimo à Real Sociedad e volta a integrar o plantel. O nigeriano Chidozie, que mostrou bons pormenores ao longo da última época, também segurou um lugar nas escolhas do treinador. Maxi Pereira, Marcano e Layún completam o departamento defensivo, onde a maior surpresa dá pelo nome de… Varela. Isso mesmo, não há engano; o Drogba da Caparica tem sido ensaiado a lateral-direito nos jogos de preparação. Mais uma vida de Varela no FC Porto?
No centro do terreno estarão novamente Danilo Pereira – o único campeão europeu do plantel –, Rúben Neves, Herrera, André André, Evandro e Sérgio Oliveira – que por ora está a disputar os Jogos Olímpicos. Alberto Bueno, agora recuperado das lesões que o perseguiram, procurará a afirmação que ainda não conseguiu.
Na frente de ataque Corona e Brahimi deverão continuar, mas têm agora a companhia de Otávio, que deu sequência à boa temporada ao serviço do Guimarães com uma pré-época vistosa, assumindo-se como opção válida para o onze titular. A questão do ponta-de-lança é a que mais curiosidades encerra. André Silva é hoje uma luz muito mais cintilante que no final da época anterior e marcou golos a rodos nos jogos de aquecimento, colocando Aboubakar em xeque. O camaronês está agora numa posição tão delicada que até Adrián López – ele mesmo – volta a fazer parte do plantel, tendo mesmo sido apresentado aos sócios. Em sentido contrário, o central Martins Indi não o foi, pelo que deverá sair.
A baliza será novamente confiada a Casillas, agora com José Sá como alternativa, uma vez que Helton deixou o clube em circunstâncias ainda por explicar por parte da direcção do FC Porto, muito mais quando ainda tinha contrato por mais uma época. Os onze anos de serviço do veterano guardião mereciam outro tratamento. Uma palavra ainda para Maicon, que saiu do FC Porto pela porta pequena e é agora em definitivo jogador do São Paulo.
Só o futebol a doer permitirá aferir três coisas: se Felipe é a solução para os problemas defensivos do FC Porto, se André Silva já tem ombros para suportar a pressão de ser a fonte dos golos da equipa, e se Nuno Espírito Santo é a peça que faltava para transformar o plantel portista numa equipa de corpo inteiro. Falta uma semana para o pontapé de saída oficial da época 2016/17 portista, e o mês de Agosto volta a ser agitado. A juntar à instabilidade que invariavelmente persiste enquanto o mercado de transferências não fecha, o FC Porto joga o play-off de acesso à Liga dos Campeões com a Roma, e fecha o mês com uma deslocação a casa do Sporting, na 3.ª jornada da Liga NOS. Não há tempo para mais experimentações. Seja o que o Espírito Santo quiser…
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