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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Sábado, 28.01.17

Liga NOS, 19.ª jornada – GD Estoril Praia 1-2 FC Porto – Teste de fogo

A visita à Amoreira é continuamente um teste de fogo para o FC Porto. Mesmo frente a um Estoril mal classificado e preso numa série de seis derrotas, só a ferros os dragões prevaleceram, ao cabo de um jogo feio, pejado de faltas, praticamente todas a meio campo. Tal era reflexo de uns canarinhos com mais luta que arte, mas com isso nenhuma das equipas conseguia a fluidez de jogo necessária para visar as redes contrárias. Uma estatística exibida na transmissão televisiva algures nos primeiros minutos da segunda parte dizia tudo: ainda não havia remates à baliza.

A sensação de que um nulo seria o resultado final foi uma constante ao longo do jogo. Nuno Espírito Santo tê-lo-á sentido bem mais cedo que o comum mortal, trocando Diogo Jota por Brahimi logo aos 36 minutos. Bem marcado, o argelino não conseguiu encontrar espaços, pelo que a sua entrada acabou por não mexer com o jogo. No segundo tempo apareceram alguns tímidos lances que terminaram em remate à baliza, mas na prática o jogo não tinha mudado em relação à primeira parte. Enquanto o árbitro Manuel Oliveira distribuía cartões amarelos – só o Estoril viu sete – Nuno faria entrar Corona e Rui Pedro para os lugares dos apagados Herrera e Óliver (66’) e só aí o FC Porto começou a criar perigo. Rui Pedro chegou mesmo a introduzir a bola na baliza, mas já havia fora-de-jogo (70’). Continuava a sentir-se que só algo de fortuito faria mexer o marcador. Um ressalto, um frango, uma fífia… ou uma grande penalidade. Assim foi. Num lance que decerto dividirá opiniões (82’), André Silva é derrubado pelo guarda-redes Moreira, convertendo de seguida o castigo. Pouco depois (90’+1’) Corona assinava o golo decisivo num remate cruzado na direita do ataque. O Estoril não se rendeu e mesmo tendo ficado com menos um homem por acumulação de cartões de Diakhité (89’), ainda chegou ao golo, num belo remate colocado de Dankler (90’+3’), após confusão na área.

É quase inacreditável como se registaram três golos. Esta foi apenas a quarta vitória do FC Porto fora de casa neste campeonato; paradoxalmente, não sofria golos como visitante desde a jornada 3.

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por Miran Pavlin às 22:00

Sábado, 21.01.17

Liga NOS, 18.ª jornada – FC Porto 4-2 Rio Ave FC – Com cabeça

Numa partida com seis golos e duas reviravoltas, é no mínimo estranho não se chegar ao final e bradar a quem quiser ouvir que se tratou de um dos grandes jogos da temporada. O Rio Ave cumpriu o prometido e não veio ao Dragão fazer figura de corpo presente nem estacionar o autocarro, enquanto o FC Porto tremeu antes de fazer valer o peso de um Dragão que Nuno Espírito Santo insiste em querer transformar numa fortaleza, mas faltou aquela dose de intensidade que transforma jogos como este em clássicos para a história.

Ainda não se tinha passado muito quando o FC Porto abriu o marcador (18’), num cabeceamento de Felipe, na sequência de um livre lateral batido por Alex Telles. O central estava em fora-de-jogo, mas o carácter milimétrico do adiantamento torna admissível as eventuais dúvidas que o juiz de linha possa ter tido. Poucos minutos mais tarde Diogo Jota poderia ter duplicado a vantagem portista, ao aparecer solto em frente ao golo, mas o seu remate bateu com estrondo na trave, gorando-se assim a oportunidade. Com o Rio Ave a procurar estender o seu jogo, e sendo orientado por Luís Castro, técnico que iniciou a temporada ao comando do FC Porto B, decerto que os vila-condenses conheciam alguns segredos dos dragões. Aproveitando um certo conformismo do adversário, o Rio Ave equilibrou o jogo, mas chegaria ao empate num golpe de sorte (35’). Pressionado por Layún junto à lateral, Gil Dias tirou um cruzamento paradoxal; foi tão mau que acabou por sair muito chegado à baliza, apanhando todos desprevenidos. Casillas só conseguiu defender para a frente, onde apareceu Guedes para encostar.

Um potencial escândalo pareceu possível ao minuto 49, quando Roderick converteu com sucesso uma grande penalidade cometida por Layún sobre o mesmo Gil Dias – de regresso após lesão, o mexicano esteve particularmente desastrado, sendo substituído aos 56 minutos, já amarelado, talvez para evitar uma expulsão. O FC Porto não demoraria muito a anular a desvantagem. Corria o minuto 55 quando Marcano, também de cabeça, igualmente após livre lateral de Alex Telles, fez o 2-2. Rui Pedro já estava pronto para entrar e o golo não fez Nuno mudar de ideias; o avançado foi mesmo a jogo, para o lugar de Layún. A reviravolta também não se fez esperar (62’), coroando a melhor fase do FC Porto no jogo. Novamente num livre lateral, Alex Telles completou um hat-trick de assistências graças ao cabeceamento de Danilo Pereira – um dos melhores em campo – junto à pequena área. O Rio Ave não desistiu de tentar novo empate, mas já não conseguiu ser tão expansivo como anteriormente, e veria mesmo o FC Porto chegar aos dois golos de vantagem (88’), por Rui Pedro. Era o póquer portista em cabeceamentos, apesar de o gesto do avançado não ter sido o melhor.

Confirmando a tendência geral no campeonato, enquanto visitado o FC Porto voltou a fazer das fraquezas forças, ainda para mais perante um adversário que justificou plenamente os dois golos que leva para casa. Ainda assim, é bom manter as cautelas; o FC Porto venceu mas não deslumbrou, e ainda não mostrou consistência suficiente para fazer crer que não estará mais um empate ao virar da esquina.

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por Miran Pavlin às 20:00

Domingo, 15.01.17

Liga NOS, 17.ª jornada – FC Porto 3-0 Moreirense FC – Lar, doce lar

Os avisos, bem visíveis, estavam lá desde o dia anterior. Os deslizes dos outros dois grandes eram para ser levados bem a sério pelo FC Porto, ainda para mais quando reencontrava a equipa que há menos de duas semanas o eliminou da Taça da Liga. Além disso, sendo o Moreirense orientado por Augusto Inácio, velha raposa com história no FC Porto, era mesmo necessário triplicar os cuidados. Os cónegos efectivamente mostraram que vinham ao Dragão sem complexos, procurando jogar em todo o campo, mas o factor-casa prevaleceria. Enquanto visitados os portistas têm sido, grosso modo, irrepreensíveis nos jogos da I Liga.

A primeira oportunidade, contudo, foi do Moreirense, num remate de Francisco Geraldes a que Casillas se opôs bem (4’). Jogando aberto, o conjunto minhoto expunha-se, e o FC Porto depressa começou a fazer pender a balança para o seu lado, por entre algumas arrancadas de Dramé, que se cotou como elemento mais inconformado do Moreirense. O guardião Makaridze chegou para as encomendas até à meia hora, altura em que o FC Porto abriu o activo. O georgiano começou por defender bem um livre de Alex Telles, mas a jogada não morreu aí porque Marcano, imagine-se, acorreu à sobra do lado esquerdo junto à bandeirola de canto, inventando espaço para um cruzamento atrasado que encontrou Óliver Torres esquecido na área. O remate do espanhol saiu rasteiro e colocado. A pressão de Sagna sobre Marcano na linha de nada adiantou.

A tranquilidade chegaria ao minuto 41. Diogo Jota pegou na bola uns quinze metros à frente da área portista, trabalhou com classe sobre um contrário e avançou decidido até ao último terço, onde deu para Corona, que flectiu para dentro e rematou forte; Makaridze defendeu para o lado, onde estava André Silva, que mergulhou para o 2-0. Se ainda houvesse dúvidas, elas dissiparam-se segundos depois, quando Francisco Geraldes acumulou amarelos e se despediu do jogo. Com um homem a mais o FC Porto sufocou o Moreirense no arranque da segunda parte, coleccionando lances de perigo através de rápidas – e bonitas, diga-se – trocas de bola. A finalização é que não esteve à altura, impedindo que Makaridze se mostrasse um pouco mais, e que o marcador se avolumasse. Haveria apenas mais um golo a registar (62’), por Marcano, que cabeceou no centro da área após um canto, com a bola a entrar pelo meio das pernas do guarda-redes. Foi o terceiro golo do central neste campeonato.

Com a vitória no bolso a intensidade do futebol portista decresceu e o Moreirense voltou a subir um pouco mais no terreno, impelido principalmente pelo referido Dramé e também por Podence, mas não voltaria a incomodar Casillas. Nuno Espírito Santo refrescou a equipa com as entradas de André André para o lugar de Óliver (69’) e de Rui Pedro para o posto de Diogo Jota (78’), ao mesmo tempo que proporcionou o regresso de Kelvin – substituiu Corona – ao relvado do Dragão (69’), mas ainda não foi desta que o brasileiro se descolou da memória daquele célebre minuto 92 em Maio de 2013.

Nem era isso que dele se esperava esta noite, de resto. Conseguido o objectivo essencial para esta partida, o FC Porto regressa aos quatro pontos de desvantagem para o topo, que poderiam ser dois não fosse o tropeção da jornada anterior – não vale a pena ir mais atrás lamentar outros resultados negativos. Que falta tem feito transportar alguma da doçura do lar portista para os jogos longe do Dragão…

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por Miran Pavlin às 21:30

Sábado, 07.01.17

Liga NOS, 16.ª jornada – FC Paços de Ferreira 0-0 FC Porto

Pela segunda vez consecutiva não pude assistir à totalidade do jogo. Desta vez apenas a segunda parte esteve sob o olhar atento do vosso humilde escriba, que por isso não se alongará nos comentários. Numa frase, até aos 75 minutos havia 21 jogadores junto à área do Paços de Ferreira, para nos quinze minutos finais só se ter jogado no meio-campo portista. Uma coisa não mudou em relação à partida anterior: sem um golo que desse cor ao que o FC Porto produziu, a ansiedade foi consumindo o discernimento dos jogadores. Se numas vezes foi o guarda-redes pacense Defendi a aplicar-se, noutras foram os dragões que não conseguiram mais que remates frouxos e/ou à figura. O preço do empate são seis pontos de distância para o líder. Apesar de ainda haver 18 jornadas por disputar, e mesmo sendo plausível que o líder escorregue, é bem possível que o FC Porto tenha entregue aqui o título, uma vez que esta nova sequência sem vitórias deixa dúvidas sobre se a equipa tem a consistência necessária para recuperar os pontos necessários para um final feliz.

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por Miran Pavlin às 23:00

Terça-feira, 03.01.17

Taça da Liga, fase de grupos – Moreirense FC 1-0 FC Porto

Comecei a assistir ao jogo apenas ao minuto 60, altura em que o FC Porto já perdia e a ansiedade mais uma vez se apoderava dos jogadores azuis-e-brancos. Mesmo estando atrás no marcador, o FC Porto dominava, mas não era capaz de encontrar forma de fazer um golo que fosse, ao menos para não sair de Moreira de Cónegos corado de vergonha. A tarefa tornou-se impossível quando o FC Porto ficou em inferioridade numérica. Se a expulsão de Brahimi (85’) foi fruto não só dessa ansiedade, como também de um certo sentimento de impotência, a de Danilo Pereira, ao minuto 79, foi um momento Benny Hill como há muito não se via. Após um lance em que alguns jogadores portistas reclamaram um possível atraso ao guarda-redes, o árbitro Luís Godinho, recuando ao mesmo tempo que negava a existência de qualquer falta, chocou de costas com Danilo. Foi um choque absolutamente fortuito, que o juiz interpretou da pior maneira. Se achou que foi tentativa de agressão do trinco do FC Porto, borrou ainda mais a pintura ao dar segundo cartão amarelo em vez de vermelho directo; se houve palavras impróprias só o relatório poderá esclarecer.

O golo de Francisco Geraldes (49’) seria então o único da partida, que além de afastar o FC Porto da final-a-quatro da Taça da Liga, o condenou ao último lugar do grupo. É a continuação da terrível história portista nesta prova. Em dez edições os dragões contam duas finais perdidas (2009/10 e 2012/13) e muitos resultados embaraçosos. Este foi apenas mais um. O resultado confirma ainda que Moreira de Cónegos e FC Porto não combinam. Na I Liga contam-se três empates em seis visitas; esta foi a primeira vez que o FC Porto aqui jogou na Taça da Liga.

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por Miran Pavlin às 23:40



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