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CORTE LIMPO

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Sexta-feira, 17.02.17

Liga NOS, 22.ª jornada – FC Porto 4-0 CD Tondela – Contra a história

Quando dois clubes se defrontam muitas vezes ao longos dos anos, a tendência é que os resultados se repartam, havendo aqui e ali exemplos de vitórias para um e outro lado, esbatendo-se assim um pouco o seu impacto. Tratando-se apenas do quarto jogo entre os dois emblemas, a importância da história assume outras proporções, e a do FC Porto frente ao Tondela não era bonita, já que nos três encontros precedentes os dragões marcaram o espantoso total de um golo. Na época passada a formação beirã venceu mesmo no Estádio do Dragão e chegava à edição deste ano na mesma aflição classificativa em que estava nessa data. No fundo, sem nada a perder e sem motivos para para praticar futebol negativo.

Pelo menos, foi novamente dessa forma que o Tondela encarou a partida, embora o primeiro perigo tenha sido criado pelo FC Porto (4’), num cabeceamento de Soares a que Cláudio Ramos se opôs com uma monumental defesa. Sacudida a pressão inicial, o futebol descontraído do Tondela começou a causar problemas ao FC Porto, nomeadamente através de matreiros contra-ataques, que num dos casos custaram um cartão amarelo a Felipe por travar um avanço prometedor de Murillo (31’). Por essa altura Marcano também já tinha sido admoestado, e ter um adversário com ambos os centrais amarelados era uma deixa que os tondelenses poderiam aproveitar para provocar estragos. Mas esses aconteceram junto à sua área, numa sucessão de eventos que autenticamente puxou o tapete ao Tondela. Aos 40 minutos o árbitro Luís Ferreira entendeu que Osorio agarrou Soares dentro da área e assinalou castigo máximo; André Silva converteu bem. Aos 45’+3’ o venezuelano voltou a prevaricar, desta vez obstruindo o mesmo Soares para o segundo amarelo e um banho antecipado. Não sendo claro quem promoveu o contacto com quem, os responsáveis do Tondela não ficaram satisfeitos com estas decisões capitais do juiz da partida e fizeram questão de o frisar nas declarações pós-jogo.

Com menos uma unidade a equipa do Tondela ficou mais curta e estreita, e só o acaso lhe permitiu sair do Dragão com os números com que saiu. Dentro dos primeiros quinze minutos da segunda parte Soares, André Silva, Otávio e novamente Soares tiveram o golo à espera de ser feito, mas incrivelmente não acertatam com a baliza. Pelo meio, o hoje capitão Rúben Neves inspirou-se em Guarín e arrancou um fabuloso remate do meio da rua para um golaço (54’). Soares não lhe quis ficar atrás e redimiu-se com outro belíssimo golo, numa deliciosa colocação em arco para o canto inferior do segundo poste (63’). Com o resultado encaminhado e as substituições esgotadas por volta dos 70 minutos, o jogo despiu-se de motivos de interesse. Asfixiado, o Tondela teve que contentar-se com um remate de Heliardo (39’) como único lance de algum perigo, mas Casillas estava bem colocado para uma defesa segura.

Os portistas deram-se mesmo ao luxo de procurar embelezar em demasia algumas jogadas já na recta final do encontro, mas sem sucesso. Nuno Espírito Santo poupou unidades-chave – Danilo Pereira e Brahimi – para o próximo jogo, dando minutos nomeadamente a Otávio e Layún – este entrado aos 69’ –, que regressavam de lesões. Sobre o apito final uma triangulação na área entre os suplentes utilizados deu o último golo da noite. Layún assistiu de cabeça, Óliver Torres amorteceu atrasado e Diogo Jota rematou com convicção.

O FC Porto é novamente líder momentâneo, aguardando pelo desfecho da jornada para saber se acontece uma cambalhota no topo da classificação.

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por Miran Pavlin às 23:45



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