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Nas idas ao Bessa os homens do FC Porto costumam ter que pedir emprestada a alcunha do Braga e ser guerreiros por 90 minutos, mais descontos. Foi o caso mais uma vez, e tal como na época passada não tanto por um jogo ultra-competente do Boavista, mas sim pelo seu arreganho. A vantagem, tanto material como psicológica, cedo ficou nas mãos do FC Porto, que marcou ao minuto 8 por Soares. Daí para a frente o jogo nunca decresceu de intensidade, o FC Porto visou com regularidade a baliza axadrezada e o Boavista deu o que tinha e o que não tinha em busca do empate. Não havia dúvidas de que era de dérbi que se tratava. As bancadas, compostas como há muito não se via num Boavista-FC Porto, também o indicavam. Quem não teve mãos a medir foi o árbitro Fábio Veríssimo. Foram assinaladas inúmeras faltas, umas mais unânimes que outras, mostrados 12 cartões amarelos, e ainda um vermelho por acumulação a Maxi Pereira, por faltas semelhantes a outras cometidas pelos boavisteiros. Valeu ao juiz a ausência de lances quentes dentro das grandes áreas.
O FC Porto tomou então a dianteira na fase inicial do encontro. Óliver Torres trabalhou bem no miolo e lançou Corona na direita, com o mexicano a cruzar para o desvio de Soares à boca da baliza. O Boavista pôs Casillas à prova num remate de Anderson Carvalho (30’) mas a melhor oportunidade foi do FC Porto (34’), com Soares a finalizar no meio da confusão na pequena área, opondo-se Vágner com uma espantosa defesa, antes de Óliver desperdiçar a recarga. Mais emoções ao rubro no caminho para as cabines, a propósito de uma entrada muito dura de Talocha sobre Corona (42’), que tirou o extremo portista do jogo. Corona tirou satisfações com o jogador axadrezado, motivando uma acesa troca de palavras entre Nuno Espírito Santo e o adjunto boavisteiro Alfredo Castro, que ficaram a ver o resto do jogo na bancada. Na segunda parte houve muita intensidade de parte a parte, mas pouca baliza, o que talvez explique que o marcador não tenha voltado a mexer. André André esteve perto do golo (75’), com o seu remate à entrada da área a passar ligeiramente sobre a barra, e pouco depois (82’) Maxi Pereira era expulso, recolocando as equipas de igual para igual, já que o defesa Henrique tinha saído lesionado (80’) quando o Boavista já tinha esgotado as substituições.
O destaque da noite acabou por ser Soares, não só pelo golo, mas também pela capacidade de luta que demonstrou, não desistindo de nenhuma bola e resistindo a tudo o que o Boavista lhe atravessou no caminho. De resto, tal como a equipa no seu todo, onde também merecem menção Brahimi pela deambulação por toda a frente de ataque e Boly, que substituiu o castigado Felipe, pela segurança que exibiu, em contraste com a tremideira em Tondela na primeira volta. Depois das inseguranças nos jogos fora de casa, o FC Porto passa agora incólume por Guimarães e Bessa, num sinal contrário a alguns mostrados na primeira volta. Até nova prova em contrário, até porque a deslocação fulcral só aparecerá mais lá à frente.
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