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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Ainda não foi desta. A visita ao Marítimo voltou a ser nefasta para o FC Porto, que deixa cair mais dois pontos, estes realmente vitais. Até porque não se tratava de mais um daqueles passageiros jogos decisivos que se vão apregoando ao longo da época; com a linha da meta já assustadoramente perto os pontos contam a sério. Afectado pelas lesões e castigos que não teve noutros momentos da temporada, o FC Porto voltou a ter Brahimi, mas ainda não podia contar com Danilo Pereira, nem com Maxi Pereira. Por defeito, a posição de lateral direito seria assegurada por Layún, mas Nuno Espírito Santo foi oblíquo, indo à equipa B pegar em Fernando Fonseca. O jovem não comprometeu, e até esteve perto de marcar (42’) quando apareceu solto na direita da pequena área, mas acabaria por dar o lugar a Rui Pedro quando o técnico inverteu o esquema para 3x3x4. Corria o minuto 84 e o FC Porto jogava com o desespero em pano de fundo. Por essa altura tinha já trocado ainda Rúben Neves por André Silva (76’). Já tinha também saltado à memória o fatídico jogo da 26.ª jornada com o Setúbal, no qual o FC Porto se deixou empatar na única oportunidade concedida ao adversário.
Os dragões não fizeram uma primeira parte de luxo, mas pareciam estar confiantes o suficiente para repetir o resultado de Chaves, ainda mais quando se adiantaram no marcador (28’), com Otávio na direita a aproveitar um mau corte de Zainadine para rematar cruzado e certeiro. Na segunda metade faltou ao FC Porto a iniciativa necessária para matar o jogo, o que se traduzia em escassez de oportunidades. Só depois do empate é que os azuis-e-brancos voltaram a ameaçar a baliza insular, num cabeceamento de André Silva (79’), noutro cabeceamento cruzado de Soares ao qual o mesmo André Silva não chegou a tempo de emendar (84’) e num terceiro cabeceamento, agora de Rui Pedro (90’+4). Mas inclinar a equipa para o ataque – Corona também estava em campo, no lugar de Otávio (74’) – não foi suficiente para que o FC Porto regressasse à vantagem.
O golo do Marítimo (69’) nasce de um canto talvez desnecessário cedido por Alex Telles, que não se apercebeu que tinha um adversário em cima das costas e não abordou o lance da melhor maneira. Na cobrança Djoussé, que fora a jogo um minuto antes, irrompeu decidido pelo coração da área e cabeceou forte para o fundo da baliza. O tento era também ele vital para os verde-rubros, que ainda têm o seu sexto lugar à mercê de predadores. Foi mesmo a única vez que o Marítimo alvejou as redes portistas em todo o jogo. Os insulares resistiriam até final, salvando um ponto muito importante para a sua luta. Já o FC Porto, tal como nesse jogo com os sadinos, fica a chorar os dois que fugiram após ser condenado na única desatenção que teve. Serão mais sinais dos tempos, ou o estádio outrora apelidado de caldeirão é mesmo como uma roleta russa em que o FC Porto leva sempre um tiro?
A verdadeira extensão deste empate só será conhecida depois de realizado o jogo do líder da classificação. Numa hipótese tresloucada o empate até poderá ter significado uma aproximação ao topo; o que só viria sublinhar o preço que o FC Porto paga pelos dois pontos perdidos. No aproveitar está o ganho, diz o povo. E o FC Porto não o tem feito quando mais interessa.
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