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CORTE LIMPO

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Quinta-feira, 01.06.17

CD FEIRENSE 2016/17

O Feirense escreveu história ao conseguir a sua primeira manutenção na divisão principal, à quinta tentativa. Consequentemente, o oitavo lugar é também a melhor classificação de sempre do clube, decerto muito além dos desejos da estrutura feirense para a temporada. Contudo, antes dos abraços e das palmadinhas nas costas, houve muitos olhares em direcção ao vazio e mãos na cabeça, pois o Feirense parecia encaminhado para mais tarde ou mais cedo cair na zona de despromoção para daí não sair. De facto, comparando os números da primeira volta com os da segunda, parece estar a olhar-se para equipas diferentes; é até incrível o Feirense só ter estado abaixo da linha fatal em duas jornadas, tendo em conta a carreira que vinha fazendo. Até à jornada 17 o Feirense venceu apenas quatro jogos, empatando outros três, e já tinha tido uma série de cinco derrotas consecutivas, que se englobava ela própria numa sequência de nove partidas sem vencer. Além disso, tinha sofrido golos consecutivamente entre as rondas 2 e 14. Quiçá devido à sua vasta experiência de I Liga, o treinador José Mota beneficiou da paciência dos dirigentes feirenses e resistiu aos comandos da equipa até essa mesma jornada, na qual os fogaceiros completavam a tal série de cinco derrotas e ocupavam o penúltimo lugar.

O seu adjunto Nuno Manta orientou a equipa interinamente na jornada 15, obtendo uma vitória (2-0) sobre o Paços de Ferreira graças a duas grandes penalidades. Nessa semana, quando tudo indicava que Paulo Sérgio seria o sucessor oficial de Mota, foi o próprio plantel a fazer finca-pé pela promoção efectiva de Manta a técnico principal. Uma decisão visionária. Somando mais um ponto até final da primeira volta, assim que o calendário virou o Feirense cavalgou até às dez vitórias, perdendo apenas em quatro ocasiões e terminando em plena série de quatro triunfos, com o Sporting (2-1, 33.ª jornada) entre os derrotados. Imediatamente antes desta sequência estava mais um jogo sem perder, no caso um nulo na visita ao FC Porto. Pelo caminho, subiu desde o 15.º posto até à classificação final, onde se fixou à jornada 31.

Apesar do sucesso desportivo, o Feirense não foi uma equipa particularmente concretizadora, apontando apenas 31 golos. Platiny, Karamanos e Tiago Silva foram os melhores da equipa no campeonato, cada um com seis golos.

 

PONTO ALTO

O momento em que se percebeu que o Feirense caminhava para um final feliz surgiu à 26ª jornada. Com dois golpes de cada lado do intervalo o Chaves avançou até uma boa vantagem em casa dos fogaceiros, mas seriam estes a rir por último. Tiago Silva (55’), na recarga a uma grande penalidade, e Luís Machado (56’) empataram a partida num piscar de olhos, antes de Etebo consumar a reviravolta ao minuto 81. Um bom exemplo do proverbial encontro de equipas em direcções opostas.

 

CONTABILIDADE

Liga NOS: 8.º lugar, 14v-6e-14d,31gm-45gs, 48 pontos;

Taça de Portugal: começou por afastar o Alcanenense (1-2), antes de na 4.ª eliminatória cair em casa, nas grandes penalidades (4-5), após 120 minutos sem golos frente à Académica;

Taça da Liga: afastou o Tondela na 2.ª eliminatória (3-0), sendo depois terceiro classificado no grupo B (2 pontos), atrás de Moreirense e Belenenses, e à frente do FC Porto. Destaque para outro empate no Estádio do Dragão, desta feita a um golo.

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por Miran Pavlin às 12:30

Quinta-feira, 01.06.17

RIO AVE FC 2016/17

Para um clube da dimensão do Rio Ave, o sucesso tem um preço. Apurado pela segunda vez para a Liga Europa, o clube de Vila do Conde voltou a ter que acelerar a construção do plantel e os trabalhos de pré-temporada, já que o primeiro jogo oficial estava marcado para 28 de Julho. Só faltou a acumulação de jogos, que os clubes desejam, mas depois usam como desculpa quando faltam resultados positivos. O Rio Ave foi então eliminado pelo Slavia Praga nos golos fora, logo nessa 3.ª pré-eliminatória, ao cabo de dois empates. Não conseguindo prolongar a presença internacional da mesma forma que em 2014/15, o Rio Ave apontou então baterias a novo apuramento europeu, mas os altos e baixos que foi vivendo acabaram por ser um obstáculo. Por muito respeitável que o sétimo lugar final seja, ficou a faltar um pontinho apenas para o acesso à UEFA.

Uma coisa não mudou em relação à temporada transacta: o Rio Ave voltou a praticar bom futebol. Principalmente quando Luís Castro tomou conta da equipa após a 10.ª jornada. Até aí, não é que o Rio Ave estivesse a fazer um mau percurso, mas depois da vitória sobre o Sporting (3-1, 5.ª jornada) a equipa bloqueou, perdendo com Paços de Ferreira (2-1), Estoril (1-2), Guimarães (0-3) e Boavista (1-2), com um empate em Moreira de Cónegos (1-1 fora) pelo meio. Dito de outra forma, eram três derrotas consecutivas em casa, e a paciência dos dirigentes vila-condenses esgotou-se. A mudança de treinador teve resultados imediatos, com o Rio Ave a vencer quatro encontros de enfiada – Setúbal (0-1), Tondela (3-1), Arouca (0-2) e Nacional (2-1) –, antes de novo período menos bom, no qual venceu apenas um jogo em nove – 1-0 frente ao Braga na jornada 19. A má fase atirou o Rio Ave para o 10.º posto.

Uma ligeira recuperação, pontuada por seis vitórias e dois empates nos últimos onze jogos, recolocou o Rio Ave na rota da Europa, mas os pontos até aí desperdiçados, aliados à resistência do Marítimo, não permitiram à equipa dos Arcos chegar mais acima. O Rio Ave ocupou em definitivo o sétimo lugar a partir da ronda 25.

Depois de três meias-finais consecutivas na Taça de Portugal, desta vez o Rio Ave caiu à primeira tentativa, eliminado nas grandes penalidades (4-2) pelo Santa Clara, após um empate a um golo nos 120 minutos. Na fase de grupos da Taça da Liga foram os critérios de desempate a virar as costas à equipa de Luís Castro. Por ter melhor diferença de golos, foi o Braga a seguir para as meias-finais da prova. Indigesto para o Rio Ave, que até venceu em Braga (1-2) na segunda jornada.

 

TREINADOR INICIAL

Nuno Capucho estreou-se como treinador principal na I Liga, resistindo dez jornadas e adicionando ao seu currículo um triunfo sobre o Sporting. A ressaca foi forte, traduzindo-se em cinco jornadas sem vencer, que lhe custaram o lugar.

 

PONTO ALTO

A vitória sobre o Sporting (3-1), na quinta jornada, parecia encaminhar o Rio Ave para mais uma época de grande nível, mas seria, como se leu acima, uma espécie de mini canto do cisne.

 

CONTABILIDADE

Liga NOS: 7.º lugar, 14v-7e-13d, 41gm-39gs, 49 pontos;

Taça de Portugal: afastado na 3.ª eliminatória pelo Santa Clara;

Taça da Liga: afastou o Chaves na 2.ª eliminatória (1-1, 3-1 gp); segundo classificado no grupo C (6 pontos), atrás do Braga, e à frente de Marítimo e Covilhã;

Liga Europa: afastado na 3.ª pré-eliminatória pelo Slavia Praga (0-0f, 1-1c).

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por Miran Pavlin às 12:00

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