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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Sábado, 25.11.17

Liga NOS, 12.ª jornada - CD Aves 1-1 FC Porto - Jogo de Champions

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É impossível não colocar a piada fácil no título. Perante um FC Porto para quem aparentemente o jogo não devia ter sido hoje, o Aves acabou por ver a sua coragem recompensada e voou com um ponto no bico. E como na antevisão o técnico dos avenses Lito Vidigal referiu que o FC Porto é uma equipa que luta pela Liga dos Campeões, pode até dizer-se que foi mesmo um jogo de Champions, pois tal como nos seus recentes jogos para essa prova, os dragões marcaram naquela que terá sido a sua única oportunidade clara. Logo ao minuto 5, Ricardo marcou numa movimentação rápida com a surpresa Soares junto à área. Não se esperava que o ponta-de-lança fosse a jogo, tal como Marega, que substituiu Aboubakar aos 68 minutos, mas não terá sido por aí que o FC Porto sentiu problemas. Ou talvez só em parte, porque de facto pela forma como o Aves jogou era necessário que os titulares estivessem com ritmo. O próprio golo do FC Porto surge encravado entre duas oportunidades dos da casa, num remate de Salvador Agra a rasar o poste (4') e numa bola de Arango à trave (10'). A partir daí o Aves não voltou a incomodar seriamente a baliza portista, mas manteve-se insubmisso perante uma certa lentidão de processos do adversário. A expulsão de Corona por acumulação (51') obrigou Sérgio Conceição a corrigir com a entrada de Maxi Pereira para o lugar de Soares (56'), mas não foi suficiente para impedir o golo do Aves, num cabeceamento de Vítor Gomes em posição frontal (62'). De seguida, Aboubakar falhou um lance flagrante (68'), na única resposta azul-e-branca ao golo sofrido. Perdido na eternamente ténue linha entre o coração e a cabeça, o FC Porto não encontrou inspiração para contornar a determinação do Aves. É caso para pensar que ter pela frente um adversário que veste de vermelho e tem uma ave no topo do emblema na véspera de defrontar o Benfica causou frio na barriga ao FC Porto. Ou talvez seja mais um sinal da exigência de abordar uma temporada com um plantel curto. Sérgio Conceição tem dado voltas e voltas para construir cada onze titular, e é assinalável que esta seja apenas a segunda cedência de pontos na Liga. Uma eventual cedência na próxima jornada terá certamente outras consequências.

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por Miran Pavlin às 23:50

Terça-feira, 21.11.17

Liga dos Campeões, grupo G - Beşiktaş JK 1-1 FC Porto - Imunidade

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Sempre que um dos gigantes de Istambul aparece na rota dos clubes portugueses, as antevisões referem invariavelmente as palavras "inferno" e "ambiente escaldante" ou "efervescente", mas o FC Porto, à quarta visita à maior cidade turca, mantém-se imune a tudo isso e mais uma vez regressa sem perder; o que não quer dizer que tenha sido fácil, até porque desafogo só na partida de 2010/11 frente a este mesmo Beşiktaş, que terminou com resultado de 1-3. Principalmente na segunda parte, os bicampeões turcos forçaram o FC Porto a recuar, transformando-o quase numa daquelas equipas menos capazes da I Liga, quando jogam em casa de um dos ditos grandes. Antes, contudo, a única vantagem do jogo foi dos dragões, que executaram na perfeição uma manobra de laboratório. Num livre lateral, Ricardo correu para a bola como quem ia bater para a área mas limitou-se a deixá-la em jogo com um toque, Alex Telles devolveu na direita, e Ricardo cruzou para Felipe, que sozinho no centro da área rematou forte e certeiro (29'). Até aí o encontro fora pautado pelo equilíbrio, havendo a assinalar apenas um remate de Babel que obrigou Jose Sá a uma defesa apertada (19'), completada por um corte de Felipe. À segunda, o Beşiktaş marcou mesmo, após boa finta de Cenk Tosun, que picou a bola sobre Felipe antes de avançar para a área sem oposição, onde ofereceu o golo a Talisca, que só teve que empurrar (41').
O empate ao intervalo era justo. No apito final talvez nem tanto, à conta das oportunidades criadas pelo Beşiktaş. Babel rematou com estrondo à trave (57') e Quaresma, que já tinha posto José Sá à prova no primeiro tempo, voltou a fazê-lo ao minuto 61, ultrapassando Maxi Pereira com classe, antes de desferir um remate directo ao ângulo, onde apareceu a mão de Sá a negar a tentativa do ex-dragão. O FC Porto só por uma vez ameaçou (62'), quando Ricardo teve as portas do golo à sua frente mas finalizou de trivela para onde estava virado. Ou seja, bastante ao lado. A cinco minutos dos descontos Marcano ainda assustou com um cabeceamento que passou perto do golo, mas apenas isso.
Por essa altura já se tinha tornado difícil fazer a leitura das incidências. O empate qualifica desde já o Beşiktaş para a fase a eliminar, e só assim se percebe que as águias negras tenham procurado segurar a igualdade nesses minutos finais, enquanto o FC Porto parecia conformar-se ele próprio com o empate, ainda que só garantisse já hoje o apuramento caso o RB Leipzig não pontue - esse jogo dos alemães no Mónaco ainda decorre, no momento desta publicação. Sem os dados todos sobre a mesa, regista-se apenas essa continuação da imunidade azul-e-branca em solo turco. Não só em Istambul, uma vez que o historial do FC Porto guarda ainda um empate em casa do Denizlispor (2-2), na Taça UEFA de 2002/03, vencida precisamente pelos dragões.

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por Miran Pavlin às 20:55

Sexta-feira, 17.11.17

Taça de Portugal, 4.ª eliminatória - FC Porto 3-2 Portimonense SC

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:00

Sábado, 04.11.17

Liga NOS, 11.ª jornada - FC Porto 2-0 CF Os Belenenses - Espuma dos dias

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A percepção que há meses boiava na espuma dos dias finalmente deu à costa, trazida por uma leve corrente de lesões. Trata-se da exiguidade do plantel do FC Porto, que pela primeira vez foi posta à prova. Sem Danilo Pereira nem Marega, ainda sem Soares, e com Corona tocado, foi necessária alguma ginástica para montar o onze, no qual Reyes jogou a trinco e Herrera aproveitou para somar créditos. Pela exibição realizada, as alternativas não ficaram a dever nada àqueles que têm jogado mais vezes, sujeitando o Belenenses a momentos de grande sufoco junto à baliza. Não é que os do Restelo tivessem vindo com ideias de jogar com o autocarro, mas as oportunidades de subir no terreno escassearam. Excepção feita a um ou outro remate mais ou menos colocado à baliza do FC Porto, a primeira parte foi uma batalha entre o ataque portista e o guarda-redes Muriel, que só cedeu ao minuto 42, e por muito pouco não defendia também essa recarga de Herrera após ressalto no centro da área. O Belenenses teve a sua melhor oportunidade em cima do intervalo (45'+2'), mas o desvio de Yebda na zona fatal apanhou José Sá no caminho.
A intensidade da pressão do FC Porto decresceu um pouco na segunda parte, permitindo ao Belenenses respirar com bola em terrenos mais avançados, mas a defesa dos da casa, sem baixas, não passou por grandes dificuldades. À hora de jogo, Corona acabou por ir a jogo, no lugar de Hernâni, que passou despercebido. Mais tarde, Sérgio Oliveira (75') e Galeno (76') foram a jogo, rendendo André André e Brahimi. Faltava apenas o proverbial golo da tranquilidade, que se fez esperar até ao último minuto do tempo regulamentar, altura em que um ataque rápido isolou Aboubakar, que ajeitou e picou com classe sobre Muriel. As curtas linhas deste texto denotam que o jogo não teve muita história. Valeu a boa resposta da equipa face às alterações efectuadas. A boiar na espuma dos dias do FC Porto continua Óliver Torres, que mais uma vez foi suplente não utilizado.

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por Miran Pavlin às 23:15

Quarta-feira, 01.11.17

Liga dos Campeões, grupo G - FC Porto 3-1 RB Leipzig - Eficácia

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O sobe-e-desce continua. Alternando derrotas com vitórias, nem o FC Porto, nem ninguém, consegue imaginar como vai ser o final do grupo - como se a Liga dos Campeões já não fosse imprevisível o suficiente. Vencer o Leipzig foi tudo menos fácil para o FC Porto, que mesmo tendo corrigido as falhas defensivas que custaram dois golos no jogo de ida, não conseguiu propriamente estancar as trocas de bola dos vice-campeões alemães. Uma parte da receita para o sucesso num jogo de futebol consiste na boa ocupação dos espaços e na antecipação daquilo que o adversário vai fazer, e nesse particular o Leipzig voltou a demonstrar qualidade, não dando aos portistas meio segundo que fosse para decidir o que fazer. E uma vez que o próprio FC Porto estava mais coeso, multiplicaram-se os momentos em que parecia estar a assistir-se ao jogo das meninas na aula de educação física, com uma multidão ao redor da bola e esta a ressaltar até ao infinito. De resto, foi assim que nasceu o primeiro golo do FC Porto (13'). Alex Telles bateu um canto para o segundo poste, Herrera amorteceu para a zona fatal, e após alguma confusão a bola acabou por sobrar de novo para o mexicano, que rematou forte e rasteiro. Gulácsi ainda lhe tocou, mas o destino era mesmo o fundo das redes. O golo chegou segundos depois do primeiro revés sofrido pelos dragões, no caso a lesão de Marega (11'), que roubou a velocidade necessária nas alas. A resposta do Leipzig surgiu num livre colocado de Forsberg (21'), ao ângulo, ao qual José Sá se opôs com um belo voo. O FC Porto procurou gerir a magra vantagem com bola, mas da forma como as equipas obstaculizavam o jogo uma da outra, o primeiro tempo esgotou-se sem mais oportunidades a registar.
Face aos atributos do Leipzig, dificilmente o FC Porto conseguiria manter-se em gestão até final, e a segunda parte confirmou-o num ápice, com Sabitzer a lançar Werner em profundidade, sobre a esquerda, para uma boa finalização em arco. A igualdade acabaria por mudar ligeiramente o rosto do jogo. O Leipzig abrandou o ritmo sem se tornar displicente, e com isso o FC Porto passava a ter o ónus de encontrar uma forma de abrir o adversário, coisa que também não se revelou fácil, pelo menos de bola corrida. Com efeito, o segundo golo portista apareceu na cobrança de um livre na direita, por Alex Telles, com Danilo Pereira a desviar de cabeça na grande área (61'). A posição de Danilo era duvidosa, e mesmo as imagens televisivas não clarificam se o médio estava adiantado. Só aí o FC Porto conseguiu assentar um pouco o seu jogo, fazendo melhor uso da largura dada por Ricardo, Brahimi e até por Aboubakar, que veio várias vezes à linha lateral receber e segurar a bola. Ao minuto 72, novo azar, agora consubstanciado na lesão de Corona, que cedeu o lugar a Maxi Pereira. Pensou-se que o uruguaio ocuparia a lateral direita e Ricardo passaria para a extrema, mas assim não foi. Maxi entrou mesmo para jogar subido no terreno e seria decisivo na confirmação do triunfo do FC Porto, já que foi dele o terceiro golo (90'+3'). Com o Leipzig na última tentativa de voltar a empatar, um alívio encontra Aboubakar junto ao círculo central, o camaronês domina com um delicioso gesto técnico e desmarca Maxi, que avançou no momento certo, e com via verde para o golo. A finalização, rasteira, foi sem espinhas.
O aperto do resultado resolvia-se tarde, e no final é justo dizer-se que a única oportunidade que ficou por converter foi o referido livre que José Sá defendeu. É mais uma prova da eficácia por que os dragões se têm pautado nesta fase de grupos sempre que a bola pisca o olho ao golo. A vitória leva o FC Porto ao segundo lugar do grupo e os seis pontos deixam-no em condições de se apurar para os oitavos-de-final já na próxima jornada, imagine-se, caso aconteça a conjugação certa de resultados.

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por Miran Pavlin às 23:30



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