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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Não assisti ao jogo.
Quando se pensa na Taça da Liga, pelo menos no caso português, pensa-se em gestão com onzes alternativos e jogos pouco entusiasmantes. Principalmente quando está envolvido um dos ditos grandes. Mas não nesta jornada, na qual ficou bem à frente dos olhos o quão reduzido é o plantel do FC Porto. Ao ponto de a única rotação ter ocorrido na baliza, mas quando o contemplado com a titularidade dá pelo nome de Iker Casillas, é crime dizer que é rotação; ter o mítico internacional espanhol no banco é antes um luxo a que o FC Porto se dá. E portanto, como o onze inicial portista era de campeonato, o desenrolar do encontro acabou por também o ser, à conta das inúmeras jogadas de perigo junto à baliza do Rio Ave e do apetite do FC Porto pelo golo. Só na primeira parte houve lances suficientes para um 6-0, que não seria escandaloso. No entanto, apenas por duas vezes os dragões festejaram. Ao minuto 11 Soares abriu o activo com um remate frontal, que castigou uma má reposição do Rio Ave. Nessa mesma jogada, os vilacondenses tinham arriscado sair a jogar uma primeira vez, mas o FC Porto não deixou. A bola voltou ao guarda-redes Cássio, que podia - devia? - ter aliviado para longe, mas preferiu insistir numa saída a jogar, novamente sem sucesso. Brahimi intrometeu-se e deu para Herrera, que assistiu o ponta-de-lança brasileiro. Dez minutos mais tarde, Marega redimiu-se de um falhanço anterior ao recolher um belo passe em profundidade de Brahimi, tirar Cássio do caminho e empurrar para a baliza deserta. Já se via a goleada no horizonte, e as oportunidades foram então mais que muitas, mas o intervalo chegaria sem mais golos a registar. Virando o foco para a equipa do Rio Ave, a sua desarticulação defensiva causou estranheza. Não só nessas más reposições, mas também nos buracos que apareciam de cada vez que o FC Porto se abeirava da área. O Rio Ave não parecia a equipa que tão elogiada tem sido, nesta época como nas anteriores.
A segunda metade abriu com os dragões novamente à procura do golo, mas a fome não durou muito, pelo que ao fim de alguns minutos se assistiu efectivamente a um jogo de Taça da Liga: ritmo médio/baixo, pouca emoção à frente das balizas, o cronómetro a avançar devagarinho e um ou outro tímido bocejo. O despertador, estridente, tocou ao minuto 80, quando Danilo Pereira foi expulso com segundo amarelo por protestar uma falta discutível assinalada contra si. Os adeptos presentes ainda gostaram menos da decisão que o médio, e fizeram ouvir a sua opinião colectiva alto e bom som. Danilo não seria o único a ir ao banho mais cedo, pois o seu homólogo vilacondense Pelé viu cartão vermelho directo (90') por rasteirar Aboubakar quando este seguia isolado para a baliza. Nas imagens, o derrube acontece a meio metro da área, mas à primeira vista é penálti de caras. O camaronês mais uma vez não desperdiça na conversão, oferecendo ao marcador um colorido mais consentâneo com as incidências.
Falando em cor, aproveito o remate do texto para uma menção ao último grito da moda desportiva: mexer nos emblemas dos clubes. No caso portista, os equipamentos alternativos - que hoje até nem foram utilizados - não ostentam o escudo do clube, apenas os seus contornos, sem qualquer cor. No caso do Rio Ave, a sua camisola amarela e vermelha não só dificulta a identificação do clube, como tem no lado esquerdo do peito uma versão esturricada do emblema. Na minha humilde opinião, um emblema é - ou deveria ser - como a bandeira vigente de um país: imutável. Ou alguém aceitaria que no próximo Mundial trouxessem a bandeira portuguesa a preto-e-branco e só com os contornos da esfera armilar e das quinas?
Foi preciso esperar quase meia época até que o FC Porto se deparasse com um adversário a jogar no chamado autocarro. E quem diria que o responsável daria pelo nome de Marítimo, tão só o quinto classificado da Liga, que na jornada anterior venceu nada menos que o Braga. Quando o técnico maritimista Daniel Ramos anteviu o jogo referindo que "empatar já seria extraordinário", cheirou a bluff, mas não. O ferrolho era mesmo a estratégia privilegiada pelo Marítimo para contrariar o FC Porto, que respondeu com um futebol variado como há bastante tempo não se via. Alternando velocidade com paciência, lances individuais com colectivos, e ora procurando as alas, ora o meio, os dragões gozaram de largos períodos com bola, fazendo circulação à procura de um desequilíbrio. Somando a busca ofensiva portista ao retraimento insular, o resultado era um jogo de sentido único, que demorou 18 minutos a desbloquear. Nesse momento, Felipe ter-se-á sentido do tamanho de um boneco de Lego, pois o golo foi da autoria de Reyes, precisamente o homem que o substituiu no centro da defesa nos últimos jogos. Em mais um canto de Alex Telles, o central mexicano cabeceou com força na pequena área.
De forma um tanto ou quanto inesperada, o Marítimo chegou ao empate ao minuto 26, naquela que terá sido a sua única incursão atacante. Ricardo Valente assumiu o volante do autocarro e conduziu um contra-ataque pela direita até ao remate, forçando José Sá a defender com uma estirada. Fábio China manteve o lance vivo do lado contrário e assistiu Fábio Pacheco, que entrara solto na área e rematou certeiro, com a bola a desviar em Reyes. Os verde-rubros podiam assim voltar ao conforto da sua toca, mas foram traídos pela expulsão de João Gamboa (39'), que acumulou amarelos em apenas três minutos. A pressão do FC Porto não baixava, e deu novo fruto em cima do intervalo (45'), quando um passe de Brahimi rasgou o lado direito da defesa do Marítimo, permitindo a Marega finalizar com um bom remate, já de ângulo apertado. O passe e desmarcação foram repetidos na perfeição no terceiro golo dos dragões (78'), ao ponto de nem valer a pena descrever a jogada. Só mudou o remate: a subir no 2-1, rasteiro no 3-1. Marega só não terminou com um hat-trick porque Charles lhe negou um remate à meia volta com uma enorme defesa (52'). A equipa do FC Porto funcionou tão bem que não foi necessário efectuar mexidas de fundo no onze. Aboubakar e Brahimi tiveram direito a descanso (72 e 83 minutos, respectivamente), consequentemente dando minutos a Soares e a André André.
Em nenhum momento o Marítimo optou por se aventurar no ataque, e com isso não poderia nunca beneficiar de alguma bola parada perto da área do FC Porto. Com todo o perigo a vestir de azul-e-branco, não resta senão sublinhar a justiça do triunfo portista, que acabou por se superiorizar com naturalidade à pouca ambição do Marítimo desta noite. Até apetece dizer que o FC Porto apanhou o autocarro que o transporta para 2018 na liderança.
Esperava-se que o jogo fosse mais exigente do que na realidade foi. Na equação das proverbiais poupanças quando o jogo não é de campeonato foi apenas o Vitória a introduzir variáveis, deixando no banco homens-chave como Raphinha, Rafael Martins ou Heldon. O FC Porto lançou apenas Maxi Pereira no onze, subindo novamente Ricardo e com isso dando descanso a Brahimi. No rescaldo o treinador vitoriano Pedro Martins justificou as mexidas com os três jogos em oito dias, mas terá esquecido que o FC Porto também estava a jogar pela terceira vez em nove dias, pelo que terá sido um risco descansar tantas peças. Apesar do desnível do resultado, a verdade é que até ao segundo golo portista (59') a partida não foi desequilibrada, por muito que o Vitória quase não tenha ido à baliza. O primeiro momento de perigo surgiu logo aos 5 minutos, com Danilo Pereira a cabecear cruzado ao poste num canto de Alex Telles. A bola ainda passeou no ar sobre a linha de golo, mas não chegou a entrar. À segunda (12'), Victor García joga a bola com a mão dentro da área num lance inofensivo. O lateral não teve intenção, mas foi o que objectivamente fez. Aboubakar não desperdiçou o castigo. O Guimarães assustou num cabeceamento de Sturgeon (17'), e seria tudo o que haveria para contar até aos 68 minutos, altura em que um remate de Heldon do meio da rua ainda tocou no poste. Poste que voltou a negar Danilo (25'), agora em remate cruzado na recarga a um primeiro tiro de Ricardo que ressaltara num defesa contrário. Os conquistadores voltaram a ameaçar num canto (36'), mas faltava mais baliza num jogo que até ia sendo disputado em bom ritmo. Danilo tanto tentou que acabou por marcar (59'), novamente num canto de Alex Telles, desta vez desviado com classe, ao primeiro poste. Cinco minutos mais tarde veio o terceiro golo azul-e-branco, numa recarga fácil de André André após primeiro remate de Aboubakar, solicitado de forma suculenta pelo ar por Herrera. André André tinha entrado três minutos antes de marcar, e ainda repetiria (83'), ao finalizar na pequena área novo canto de Alex Camões... perdão, Telles, com passagem por Soares, entrado ele próprio pouco antes (72'). Por esta altura já o Vitória se tinha ausentado do jogo e era claro quem estaria no sorteio da próxima eliminatória.
Óliver Torres ainda jogou onze minutos, por troca com Herrera, e Casillas voltou à titularidade, tendo aparentemente trocado de posição com José Sá na hierarquia. Novamente titular, terá Reyes subido ele próprio um lugar em relação a Felipe?
O interregno durou apenas uma temporada, e as margens do Sado voltaram a ser porto seguro para o FC Porto, que serviu ao Vitória a mesma dose de golos que ao Mónaco, desta vez sem sofrer. Sérgio Conceição mexeu nos titulares em relação ao último jogo, introduzindo Maxi Pereira na lateral direita e fazendo subir Ricardo, enquanto Reyes ocupou o posto de Felipe no centro da defesa. As possíveis entrelinhas desta última mudança não foram esclarecidas pelo técnico, mas fica toda a ideia de ter sido uma lição precoce para o central brasileiro, para juntar àquela que terá quando vir da bancada o jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. A subida posicional de Ricardo remeteu também André André para o banco, mas ressalvadas as devidas distâncias, não se notou diferença no rendimento ofensivo, nem na acutilância dos dragões. Ainda assim, o jogo não teve grandes aberturas até ao primeiro golo, salientando-se apenas uma desmarcação prometedora de Brahimi (23'), negada pela saída do guardião sadino Cristiano. Pouco depois (31'), Aboubakar abria o marcador ao desviar na pequena área um canto de Alex Telles. Os setubalenses queixaram-se de que o avançado empurrou Edinho antes de cabecear para o golo, mas o árbitro Tiago Martins não foi do mesmo entendimento. O treinador sadino José Couceiro protestou junto ao auxiliar e o que quer que tenha dito foi suficiente para ser expulso. Sem o timoneiro o Setúbal entrou em deriva e concederia outros dois golos até ao descanso, primeiro num lance às três tabelas (40'), depois num castigo máximo (45'+4'). No segundo golo Aboubakar rematou forte, Cristiano defendeu como pôde, Maxi Pereira enviou a recarga ao poste e o ressalto autenticamente foi ter Marega, que marcou quase sem querer. Já na grande penalidade, à primeira vista Aboubakar ter-se-á aproveitado da mão de Vasco Fernandes nas suas costas para cair enquanto rodava sobre si, mas o juiz da partida confirmou a decisão inicial após rever as imagens. Aboubakar converteu com segurança. No segundo tempo o encontro esteve algum tempo na sombra de uma mortal conjugação de factores: chuva e vento com maior intensidade, resultado aparentemente encaminhado e Brahimi a descansar mais cedo por troca com Corona. Até Aboubakar completar o hat-trick (68') com uma finalização simples após cruzamento atrasado de Marega, que se impôs junto à linha de fundo. O maliano faria ele próprio mais um golo (82'), isolado, no aproveitamento de um corte falhado de Pedro Pinto a um passe pelo ar de Aboubakar. Marega não tremeu na cara do golo, picando sobre o guarda-redes.
Na conferência de imprensa pós-jogo José Couceiro apontou a controvérsia do primeiro golo como causa de uma derrota que, apesar de tudo, considerou justa. É certo que tanto esse lance como o da grande penalidade serão passíveis de mais que uma interpretação, mas, tal como em incontáveis casos passados - e futuros -, isso é fruto da subjectividade inerente às leis do jogo. Por mais recomendações e uniformizações de critério que se façam, a solução para os "casos" está longe sequer de estar no horizonte.
364 dias depois, o FC Porto voltava a jogar a última jornada da fase de grupos em casa, com o apuramento ainda por garantir, e defrontando um adversário já com a vida resolvida, por conseguinte não alinhando com as peças habituais. Os detractores do FC Porto decerto serão lestos a deslustrar os números do resultado invocando o reduzido foco competitivo do Mónaco, mas tal como há quase um ano frente ao Leicester City, os dragões fizeram por merecer a robusta vitória com que reservaram lugar nos oitavos-de-final. Nesse jogo de 2016 os então campeões ingleses sofreram o primeiro golo aos seis minutos. Esta noite o marcador abriu aos nove, quando Aboubakar se isolou na cara do golo numa segunda bola e não perdoou. Era importante marcar cedo, e o golo permitiu ao FC Porto gerir o ritmo do jogo. Mesmo sendo sabido que na Liga dos Campeões todo o cuidado é pouco, a verdade é que o Mónaco ia jogando um futebol circunspecto, de pouca vocação atacante, e à espera de colocar no momento certo os avançados contrários em fora-de-jogo. A armadilha não resultou no primeiro golo e voltou a não surtir efeito no terceiro (45'), com Brahimi em jogo a receber um óptimo passe picado de Aboubakar. Nessa altura já o camaronês tinha bisado (33'), trabalhando bem sobre Glik na área para se enquadrar e rematar rasteiro por baixo do corpo de Benaglio, e Felipe tinha sido expulso (38') por responder a uma provocação de Ghezzal, que lhe meteu a mão na cara após um lance mais viril. O central vai fazer falta no jogo dos oitavos-de-final, assunto que só voltará acima da mesa na altura. Ghezzal foi também expulso, mas Sérgio Conceição ajustou mesmo assim a equipa tirando André André para meter Reyes (42').
Com 3-0 ao intervalo e jogando com dez era plausível que o FC Porto surgisse menos intenso no reatamento. Talvez seja por aí que se explicam os três remates com algum perigo consentidos aos campeões franceses até ao minuto 61, altura em que Glik converteu uma grande penalidade por mão de Marcano que não parece existir. O golo sofrido acabaria mesmo por ser o mote para que os dragões dessem um pouco mais de si, e a resposta não se fez demorar (65'), num belo remate rasteiro cruzado, de fora da área, de Alex Telles. O jogo ganharia novos contornos com as entradas de Falcao e João Moutinho (66'), muito saudados pela plateia, que vieram dar outra solidez ao Mónaco. Falcao marcaria mesmo (78'), na pequena área, após uma saída extemporânea de José Sá a uma bola que não era sua, e à qual também acorria Ricardo. Keita Baldé, que entrara seis minutos antes, recuperou-a e cruzou para a cabeça do colombiano. Corona fora lançado ao minuto 67 e deu nova vida ao flanco direito do ataque. O último golo do encontro (88') nasceu de uma boa finta do mexicano, antes de Ricardo cruzar e Soares - entrado aos 85 minutos - se elevar com firmeza e cabecear certeiro.
Tanta firmeza quanta a da mão portista que agarrou mais uma presença na fase a eliminar da Liga dos Campeões, depois de um início difícil em que somou três pontos em três jogos. Foi um teste à capacidade mental da equipa, que sai com nota positiva, e marcando 15 golos pelo caminho. Só Paris SG (25, recorde), Liverpool (23) e Chelsea (16) marcaram mais. Os dez golos sofridos, no entanto, poderão - ou não - ser sinal de alarme. Dos apurados, só o Sevilha (12) sofreu mais.
Embora com contornos diferentes, tal como na época passada o FC Porto voltou a fazer o suficiente para somar três pontos na recepção ao Benfica, mas tem que se contentar com um empate que não só o mantém sem margem de segurança, como também o deixa agora em igualdade pontual com o Sporting. Se ao intervalo o empate era mais que adequado, ao cabo dos segundos 45 minutos ajustava-se que o algarismo 1 estivesse sob o emblema do FC Porto. Mas assim não foi. E como a primeira parte não teve grandes motivos de interesse quanto ao futebol jogado, tornava-se impossível não notar uma certa dualidade de critérios do juiz Jorge Sousa, com prejuízo do FC Porto. No lance mais difícil, porém, aguardamos pelos corajosos que consigam afirmar que um corte pouco ortodoxo de Luisão (45'), sozinho na área, foi efectivamente com o braço. A oportunidade mais clara do primeiro tempo terá mesmo sido do Benfica (3'), num cabeceamento de Jonas após confusão na área, ao qual José Sá correspondeu com uma atenta palmada. O lance marcou a melhor entrada do Benfica no jogo. Sem bola, o FC Porto naturalmente que não conseguia assentar jogo, e sempre que procurava sair os obstáculos eram muitos e não havia linhas de passe. Os dragões apenas conseguiriam equilibrar a posse de bola para lá dos 30 minutos. Seria o intervalo a refrescar as ideias do FC Porto, que aumentou um nível na intensidade e com isso somou diversas oportunidades claras. O guardião encarnado Bruno Varela foi vital num par de ocasiões; noutras foram os portistas a desperdiçar. Felipe apareceu bem colocado numa sobra na área mas rematou um nada ao lado (68'), Marega atrapalhou-se e não rematou quando só tinha o golo pela frente (86'), Ricardo rematou frouxo em boa posição (90'+2') e Marega cabeceou por cima em posição ainda melhor (90'+5'). O Benfica esteve ele próprio muito perto de marcar num lance fortuito (85'), no caso um alívio de Felipe contra Danilo Pereira que deixou Krovinovic na cara do golo, mas José Sá saiu bem e anulou o perigo. De realçar ainda a participação-relâmpago do benfiquista Zivkovic: entrou aos 76 minutos, e aos 82 acumulou amarelos.
A verdade é que o FC Porto de facto marcou, aos 56 minutos, quando um desvio de Sérgio Oliveira a cruzamento de Brahimi deixou Aboubakar sozinho em frente a Bruno Varela, que defendeu o remate do camaronês, mas não a recarga de Herrera. Havia um homem do Benfica junto à linha, do outro lado do relvado, a colocar toda a gente em jogo, mas o auxiliar assinalou fora-de-jogo. Sendo este um dos jogos de cartaz do futebol português, com ampla transmissão internacional, e jogando-se já a 13.ª jornada da I Liga, não pode haver uma justificação plausível para ainda não serem claros quais os critérios de intervenção do video-árbitro. Não é uma questão de uniformidade dos mesmos. A questão é que se trata de um lance flagrante, grosseiro, em que todos sem excepção concordam que o golo é limpo. É precisamente o tipo de lance que justifica a existência dessa ferramenta auxiliar de decisão, mas não houve qualquer revisão das imagens. Terminado o jogo, o campeonato continua, pois, mas é impossível não questionar e comparar tudo e mais alguma coisa face a esse minuto 56. Como Sérgio Conceição disse na antevisão, não era um jogo decisivo. Terá sido antes um jogo decisor.
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