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CORTE LIMPO

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Sábado, 12.05.18

Liga NOS, 34.ª jornada - Vitória SC 0-1 FC Porto - Canas

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O passado fim-de-semana foi de festa rija e muitos foguetes na cidade do Porto. As canas ficaram para apanhar em Guimarães, onde o FC Porto tinha o derradeiro compromisso da temporada. Pelo menos por 90 minutos, mais descontos, era necessário que os dragões recuperassem a seriedade, e bastava um olhar pela ficha de jogo para o subentender. Não havia rotação, invenções ou experiências entre os dez jogadores de campo, com excepção do lugar de ponta-de-lança, hoje ocupado por Gonçalo Paciência, que assim tinha uma oportunidade mais duradoura de mostrar serviço. A surpresa, ainda que anunciada, estava na baliza, onde Vaná somou minutos que lhe permitem ser campeão de pleno direito.
Embora o título já estivesse entregue, o FC Porto ainda tinha um objectivo: igualar o recorde de pontos amealhados numa temporada de 34 jornadas com vitórias a valer três pontos. Também isso terá contribuído para o onze sério apresentado pelos azuis-e-brancos. Ainda assim, não foi propriamente fácil o FC Porto encontrar motivação. Não quer isto dizer que tenha havido displicência. Longe disso. O ritmo de jogo é que não subiu sobremaneira, também porque o Vitória jogava apenas pela honra. Com o FC Porto a ter mais bola e os vimaranenses a apostar no contra-ataque, os dragões controlavam os acontecimentos enquanto os da casa se mostravam nos intervalos da chuva. Era, no fundo, um proverbial jogo de fim de época, contradizendo o que escrevi a propósito da partida com o Feirense - "no campeonato, quando se trata dos ditos grandes, a luta é sempre até ao fim".
O golo que valeu o recorde apareceu ao minuto 69. Alex Telles bateu um livre lateral e Marcano elevou-se para cabecear ao ângulo superior direito de Miguel Silva. Por essa altura, Paciência já tinha saído para entrar Soares (53'), e pouco depois André André foi a jogo no lugar de Corona (73'), alterando o esquema táctico para esses minutos finais. Restava uma substituição, que serviu para acrescentar à lista mais um campeão. Virtualmente arredado da vida portista desde 2015, por opção, empréstimo e depois lesão, o guarda-redes Fabiano tomou o lugar de Vaná (80') e ainda foi a tempo de fazer uma defesa a um cabeceamento de Rafael Martins (86'). Fabiano era o único elemento do plantel que sabia o que era ser campeão pelo FC Porto, pois tinha festejado em 2012/13 como suplente de Helton.
Concluída a campanha, outros 29 homens também passaram a saber.

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por Miran Pavlin às 19:10

Domingo, 06.05.18

Liga NOS, 33.ª jornada - FC Porto 2-1 CD Feirense - A luta continua

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O grito por que os portistas tanto ansiavam soltara-se na noite anterior, assim que o nulo no clássico lisboeta enviou o título de campeão para a Invicta, pelo que foi em clima de festa que o FC Porto viveu a sua última jornada caseira da época. Havia, no entanto, uma partida para disputar frente a um Feirense que ainda não tem a vida resolvida, pelo que era importante o FC Porto não se colocar a jeito de ser acusado de influir na verdade desportiva da luta pela manutenção. De resto, e até porque não era certo que o título se decidisse nesta jornada, o FC Porto decerto preparou o jogo como se fosse apenas mais um, e subiu ao relvado sem poupanças no onze. Numa frase, foi com grande dose de profissionalismo que os dragões encararam o jogo.
Além disso, convém não esquecer de que no campeonato, quando se trata dos ditos grandes, a luta é sempre até ao fim. E foi esse o caso. Muito mais quando Crivellaro aproveitou o adiantamento de Casillas e tentou um chapéu desde o meio-campo, levando a bola a embater na trave (16'). O FC Porto estava por cima praticamente desde o apito inicial, mas o Feirense não deixava de procurar o ataque, contribuindo assim para um jogo mexido. Nenhuma equipa quer estar em campo para fazer parte de uma festa que não é sua, mas, afinal de contas, não é todos os dias que se participa num jogo com esta envolvência, pelo que independentemente da aflição classificativa, era um momento para desfrutar. O Feirense fê-lo até aos 37 minutos, altura em que o FC Porto abriu o activo e reavivou o espectro da despromoção que os fogaceiros ainda não descartaram. Sérgio Oliveira foi o autor do golo, com um remate forte em frente à baliza, após cruzamento atrasado de Ricardo; o feirense Flávio Ramos aliviou mal e o médio portista dominou de peito antes de rematar. O golo era o coroar da boa exibição dos azuis-e-brancos, que construíram diversas jogadas com princípio, meio e fim, em mais uma prova de que o foco competitivo não esmoreceu. O momento da noite surgiu aos 59 minutos, já com Aboubakar em campo. O camaronês recebeu a bola junto à área, virou-se para a baliza com um belo toque e levantou para Brahimi, que dominou a bola no ar com o pé esquerdo, rodopiou e rematou de primeira com o direito, tirando do caminho com esse movimento o homem que o marcava. Um golaço.
Só aí o FC Porto abrandou ligeiramente o ritmo, mas sem nunca perder o controlo do jogo. Enquanto o público endereçava cânticos aos elementos mais destacados da equipa, a Sérgio Conceição e a Pinto da Costa, os dragões viram Reyes sair por lesão (70') - entrou Óliver Torres, que coincidentalmente já estava pronto para ir a jogo nesse momento - e viram também o Feirense apontar um golo, já ao cair do pano (90'+1'), com José Valencia a aparecer por entre os centrais e a desviar de cabeça, sem espinhas, o cruzamento de Kakuba. Um prémio justo para os fogaceiros, embora o FC Porto tenha feito o suficiente para obter um terceiro golo.
Seguiu-se o prolongamento da festa, primeiro dentro do estádio, com a apresentação um a um dos novos campeões e a entrega do troféu no centro do relvado, depois no exterior, para uma última consagração junto dos adeptos que não assistiram ao jogo ao vivo.

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por Miran Pavlin às 23:55



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