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CORTE LIMPO

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Sábado, 18.05.19

Liga NOS, 34.ª jornada - FC Porto 2-1 Sporting CP - Espectros

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Desde que se mudou para o Dragão o FC Porto só em 2004/05 viveu uma derradeira jornada em casa como esta, jogando ainda a poder chegar ao topo, mas a depender de terceiros para o atingir. Ter que defrontar o Sporting não era, ainda, a melhor das proposições; além do desagradável espectro da derrota final que pairava sobre os dragões, estes tinham ainda que se debater com o espectro da iminente final da Taça frente a este mesmo adversário. A partida só não foi uma antevisão dessa final porque só o FC Porto ainda tinha alguma coisa em jogo. Ainda assim, a primeira parte foi pouco mais que o proverbial jogo de fim de época. O futebol morno de parte a parte fazia com que até desse para ouvir os ponteiros do relógio a contar os minutos até ao intervalo. A única agitação resultou da expulsão de Borja (20'), por impedir Corona quando este se isolava rumo à baliza. No reatamento o FC Porto pareceu entrar com outra iniciativa, mas foi sol de pouca dura. Esse aparente desinteresse portista foi punido com um golo do Sporting (61'), numa das poucas subidas dos leões. Lançado por Diaby, Acuña conduziu o contra-ataque e assistiu Luiz Phellype, que rematou cruzado à saída de Vaná.
O FC Porto jogava contra dez há cerca de 40 minutos, mas não conseguia estabelecer um domínio claro sobre o jogo. E como tantas vezes acontece, o golo do adversário tornou-se no melhor remédio para espicaçar quem o sofre. Com outra vontade, e também beneficiando de um retraimento ainda maior por parte do Sporting, os dragões tornaram-se mais ameaçadores. O empate surgiria ao minuto 78, por Danilo Pereira, que à boca da baliza empurrou de cabeça, após desvio de Soares a um canto de Corona. Ao minuto 85 o FC Porto esteve perto do golo em dose tripla, mas Renan Ribeiro, André Pinto e Mathieu estiveram em grande para negar Aboubakar, Herrera e Soares, respectivamente. Face ao resultado do outro jogo relevante para as contas do título, já era certo que o FC Porto nunca sairia do segundo posto, mas pairava agora sobre o Dragão o espectro de uma não-vitória tão desagradável quanto o título perdido. Herrera assim não quis, e tratou de apontar, com um remate acrobático, de ângulo apertado, o golo que consumou a reviravolta (87'). O mexicano festejou com vontade, mas esse golo significou apenas que o FC Porto fez a sua parte até ao fim. As restantes partes ficaram por fazer. O Sporting, que procurou pouco mais que não perder peças para a Taça, acabou por não aguentar até final.
Falando em perder peças, o jogo não terminaria sem que se gerasse um enorme sururu a propósito de um lançamento lateral (90'). Sem que houvesse grande justificação para que os jogadores do FC Porto se envolvessem nessa confusão, Corona abusou e foi expulso. E fará muito mais falta ao FC Porto do que Borja ao Sporting.

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por Miran Pavlin às 23:59



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