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CORTE LIMPO

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Terça-feira, 28.05.19

MOREIRENSE FC 2018/19

MOR - golo.jpg

O adjectivo "histórico" e a expressão "fazer história" têm sido usados ao desbarato nos tempos que correm, pelo que é preciso ponderar muito bem sobre o seu emprego. No caso do Moreirense, porém, podemos escrever à vontade que o clube fez história, pois esta foi a sua melhor participação de sempre na I Liga, superando o nono lugar de 2003/04. O Moreirense poderia mesmo ter ficado no quinto posto, mas a última jornada reservava um dérbi vimaranense no qual, pelo menos no campeonato, os cónegos não têm um bom registo. Com efeito, o Vitória triunfou (1-3) e saltou para o quinto posto, ainda que em igualdade pontual. Falando em pontos, os 52 averbados pelo Moreirense tornaram-se também recorde do clube no campeonato, batendo os 46 somados igualmente em 2003/04. Por bater terá ficado apenas o melhor registo de golos marcados, que assim se mantém nos 42, em 2002/03 - esta época o Moreirense fez 39.
Ainda assim, o Moreirense só começou verdadeiramente a carburar após a jornada 7. Somando nada menos que sete vitórias nos nove jogos seguintes, os axadrezados do Minho pularam até ao quinto lugar (jornada 16). Uma sequência de seis jogos sem perder (jornadas 19 a 24) consolidou a posição do clube e permitiu-lhe resistir a uma ponta final menos assertiva, na qual venceu apenas um dos últimos seis encontros. As consequências dessa derrapagem só não foram maiores porque o clube não se inscreveu nas provas da UEFA; caso contrário, a tal derrota na última jornada teria certamente tido uma digestão diferente.
Valerá agora a pena consultar os livros de história, para que o clube não repita a dúbia façanha do Arouca, que foi de quinto classificado - com acesso à Europa - em 2015/16, a despromovido em 2016/17.


TREINADOR

MOR - Ivo Vieira.jpgEm 2016, quando pegou no Aves, então na II Liga, o madeirense Ivo Vieira referiu que queria trabalhar no continente por considerar que, havendo menor necessidade de fazer viagens longas, a estabilidade é maior no trabalho diário. Demorou, mas o técnico acabou por fazer justificar essas palavras, ficando ligado à história dos cónegos por bons motivos.

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por Miran Pavlin às 13:00

Terça-feira, 28.05.19

VITÓRIA SC 2018/19

GUI - golo.jpg

Ao longo desta década o Vitória de Guimarães tem alternado épocas predominantemente boas com outras menos conseguidas. O padrão voltou a repetir-se em 2018/19. Embora os escassos quatro triunfos nos primeiros dez jogos não augurassem nada de bom, a verdade é que o Vitória estava numa série de nove encontros sem perder, que o colocou no quinto posto logo à jornada 11. Até final, os conquistadores não baixariam do sexto lugar.
A boa classificação final do Vitória alicerçou-se na carreira em casa, na qual somou dez triunfos e apenas três derrotas (Feirense, Benfica e Aves). Longe do D. Afonso Henriques as vitórias não passaram de cinco, mas uma delas, logo à 3.ª jornada, serviu para quebrar um borrego que crescia desde 1995/96; falamos das visitas a casa do FC Porto. Esta vitória (2-3), conseguida na última meia hora - e depois de estar a perder por 2-0 - teve o requinte de repetir o resultado desse encontro de há 23 anos. Na Taça de Portugal o Vitória chegou aos quartos-de-final, onde caiu perante o Benfica (0-1), enquanto na Taça da Liga sofreu um desaire ainda em Agosto, ao ser batido no Minho pelo Tondela (0-2), ficando de fora da fase de grupos. Tozé foi o melhor marcador da equipa no campeonato, com nove golos (cinco de grande penalidade), seguindo-se-lhe Davidson (oito golos), André André e Alexandre Guedes (seis cada).
Não haverá, contudo, tempo para grandes festejos pela qualificação europeia, pois nos dias seguintes à conclusão da temporada a direcção de Júlio Mendes demitiu-se em bloco. Prevê-se um verão agitado em Guimarães.

 

TREINADOR

GUI - Luís Castro.jpgPoucos homens sabem estar no futebol como Luís Castro. Sensato, cordial e, acima de tudo, conhecedor profundo do jogo, o técnico soube ainda lidar da melhor maneira com a pressão exercida pelo apaixonado público vitoriano. O que nunca é tarefa fácil.

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por Miran Pavlin às 12:30

Terça-feira, 28.05.19

SC BRAGA 2018/19

BRA - golo.jpg

Os guerreiros do Minho terminaram a Liga na quarta posição pela nona vez nos últimos quinze anos, que correspondem à era António Salvador. É fácil pensar-se que foi uma época de serviços mínimos, mas a verdade é que o Sporting de Braga não só se voltou a imiscuir na corrida pelo título, como também beneficiou, em certos momentos, de uma cobertura mediática mais próxima daquela que é conferida aos três crónicos candidatos. Os bracarenses foram a equipa que se manteve invicta mais tempo (só à 10.ª jornada perderam pela primeira vez), lideraram (jornadas 3 e 6) ou repartiram o comando, e só na 14.ª jornada deixaram de ter acesso directo para a liderança, ao ficar seis pontos abaixo por via de um adverso 6-2 na Luz. O resultado deu nas vistas e a reacção foi veemente, com 19 pontos conquistados em 21 possíveis - vitórias sobre Marítimo (2-0), Boavista (1-0), Nacional (0-3), Santa Clara (1-0), Aves (0-2) e Chaves (2-1) e um empate com o Portimonense (1-1 f). O Braga chegava assim à 21.ª jornada apenas dois pontos atrás do então líder FC Porto, mas não aguentou a pedalada, perdendo de imediato em Alvalade (3-0) e também com o Belenenses, este na Pedreira (0-2).
Falando em Pedreira, os azuis foram uma de apenas três equipas a sair do reduto arsenalista com os três pontos (FC Porto e Benfica foram as outras); e só o Rio Ave aí logrou empatar. Uma performance que não encontrou paralelo nos jogos fora. Terá estado aí a razão de o Braga se ter desvanecido mais cedo do que decerto gostaria. Três dias depois desse desaire em casa, o FC Porto colocou pé e meio no Jamor ao vencer a primeira mão da meia-final por 3-0; uma vez que a desvantagem não seria revertida no jogo de retorno, gorava-se o objectivo Taça, na mesma fase em que tinha ocorrido a saída da Taça da Liga. A própria presença do Braga nessas meias-finais apenas sublinhou a ideia de que o clube subiu um nível em relação aos demais ao fim de década e meia.
O Braga terminaria então com mais um quarto lugar seguro, mas mais longe do topo. E, consequentemente, mais perto de quem vem atrás. Apesar de um final pontuado por derrotas consecutivas com Benfica (1-4), Marítimo (1-0) e Boavista (4-2), dificilmente se poderia pedir mais a uma equipa que na temporada transacta tinha conseguido números ao nível dos ditos grandes. Números esses que seriam suficientes para vencer uma das edições com 18 clubes e três pontos por vitória; e igualar outro dos campeões.
A retrospectiva do 2018/19 bracarense termina como ele começou: com o Braga a despedir-se da Liga Europa logo à terceira pré-eliminatória, nos golos fora, frente aos ucranianos do Zorya Lugansk. A situação trouxe à memória a época 2009/10, na qual os guerreiros caíram na mesma fase, então com o Elfsborg, avançando depois até ao único segundo lugar da sua história. Não ter Europa para disputar é uma faca de dois gumes; há menos motivação, mas também menos desgaste. Desta vez o Braga não aproveitou como há nove anos. Tendo já feito melhor que este ano, mas nunca o suficiente, mantém-se a pergunta: haverá um dia Braga campeão?

 

TREINADOR

BRA - Abel Ferreira.jpgAbel Ferreira - Professor Abel Ferreira, perdão - realizou a sua segunda temporada completa consecutiva como treinador do Braga. Desde Domingos Paciência (2009/10 e 2010/11) que ninguém o conseguia.

 

FIGURA

BRA - Dyego Sousa.jpgDyego Sousa foi o melhor marcador da equipa no campeonato, com 15 golos. Tendo garantido a cidadania portuguesa, o avançado estreou-se mesmo na Selecção, durante as jornadas de Março de qualificação para o Euro 2020.

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por Miran Pavlin às 12:00



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