Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Quarta-feira, 30.10.19

Liga NOS, 9.ª jornada - CS Marítimo 1-1 FC Porto - Retrospectiva ou antevisão?

MARFCP.jpg

Este jogo foi todo ele um retrospectiva de tantas visitas passadas do FC Porto ao Caldeirão. As maleitas do costume estavam todas lá; a incapacidade de articular jogo por mais que alguns segundos, a falta de cabeça fria, os ocasionais momentos de desnorte... Nem o golo sofrido cedo faltou, com Bambock, ao minuto 11, a aproveitar uma bola mal aliviada pela defensiva portista para rematar a contar. A bola ainda sofre um desvio em Danilo Pereira. Enquanto Pepe oferecia um canto desnecessário algures na primeira parte e, mais tarde, até Marchesín tentava um passe visionário, mas para fora, o jogo transformava-se numa mini-batalha em que o principal protagonista era o som do apito do árbitro. Nomeadamente na segunda parte, o jogo desceu a uma sucessão de faltas, faltinhas e incidentes, polvilhados por dez cartões amarelos, incluindo um para Sérgio Conceição após o final. O futebol jogado foi parco, e em pequenos fogachos de curtíssima duração. Ao ponto de até o golo do FC Porto (84') ser quase impossível de detectar a olho nu e resultar de um lance em que Soares faz de defesa e acerta nas costas de Pepe, a quem foi atribuído o golo. Os dragões ainda tiveram forças para criar um par de lances prometedores, mas já não havia discernimento para finalizar melhor. De certa forma, o empate é um prémio para as duas equipas. Para o Marítimo por tê-lo conseguido jogando feio e duro, e não mostrando muito mais que o golo; para o FC Porto por ter sobrevivido a esse tipo de jogo. Tudo somado e afinal talvez este jogo não seja só uma retrospectiva. Talvez seja também uma antevisão do Boavista-FC Porto que está aí ao virar da esquina.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:00

Domingo, 27.10.19

Liga NOS, 8.ª jornada - FC Porto 3-0 FC Famalicão - Mundo ao contrário

FCPFAM.jpg

À oitava jornada o Estádio do Dragão recebia o jogo do líder invicto do campeonato, que em caso de derrota perderia a liderança precisamente para a outra equipa. E se houvesse empate poderiam até ser terceiros a assumir o comando. As condicionantes e implicações deste encontro assemelham-se às dos clássicos, mas a verdade é que estas linhas não se referem sequer ao FC Porto, porque o mundo da I Liga tem estado ao contrário e o líder invicto era mesmo o Famalicão. Motivados pelo surpreendente arranque, os minhotos apresentaram-se abertos, à procura de jogar o mais próximo possível dos olhos do FC Porto e dispostos a pagar o preço dessa atitude. Havendo mais espaços junto à sua baliza, o Famalicão permitia diversos lances prometedores aos dragões, que perceberam bem a exigência do jogo. O Famalicão apareceu menos vezes com perigo frente a Marchesín, e foi por um triz que não levou o nulo para o descanso. Ao sair a jogar, Patrick William entregou a bola a Otávio, que lançou Luiz Díaz para uma boa tabelinha com Corona antes da finalização do colombiano (45'). A toada manteve-se na segunda parte. Até ao momento em que o Famalicão mete o pé pela segunda vez na mesma argola (73'). Desta vez foi Lionn a colocar em Soares, que avançou, ficou sem ideias, teve sorte no ressalto e acabou por disfarçar fintando com classe o guarda-redes. Como não há duas sem três, outra perda de bola desnecessária culminou em novo golo portista (88'). Agora foi o próprio guarda-redes Defendi a sucumbir à pressão de dois contrários, permitindo a Fábio Silva apontar o seu primeiro golo na Liga. No final, a liderança mudou de mãos e o Famalicão sai como um digno vencido, embora o 2-0 talvez fosse mais ajustado. A luta, como sempre, continua até à 34.ª jornada.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:59

Quinta-feira, 24.10.19

Liga Europa, fase de grupos - FC Porto 1-1 Rangers FC - Deixar a desejar

FCPRAN.jpg

FC Porto e Rangers repetiram o resultado e a marcha do marcador do último encontro entre ambos, na Liga dos Campeões de 2005/06. Se nesse jogo de há 14 anos o empate do FC Porto foi inglório, desta vez os dragões podem dar-se por felizes por terem somado um ponto, já que a exibição deixou bastante a desejar. Numa primeira parte em que beneficiou de um domínio consentido pelo bloco baixo dos escoceses, o FC Porto porfiou, mas não deixou grandes momentos de perigo, excepção feita a um cabeceamento de Zé Luís ao poste, a cruzamento de Alex Telles (33'). O golo de Luis Díaz (36') surgiu praticamente do nada, com o colombiano a procurar o espaço necessário junto à quina da área para desferir um remate em arco, ao ângulo. Golaço. Apostado no contra-ataque, foi dessa forma que o Rangers chegou à igualdade (44'). Bem aberto na esquerda, o croata Barisic teve via verde para avançar e solicitar o também colombiano Morelos, que entrou ao segundo poste no aproveitamento do desequilíbrio da defesa portista. No reatamento o Rangers reapareceu mais inclinado para a frente, e era agora o FC Porto quem tinha as linhas mais recuadas. Os azuis-e-brancos acabariam por sacudir a pressão, mas durante boa parte do segundo tempo a sensação era a de que se alguém marcasse, seriam os visitantes. Na melhor oportunidade (53'), Morelos viu o golo reacender-se à sua frente, mas Marchesín negou o cabeceamento à queima-roupa com uma defesa monstruosa. O FC Porto teria dois lances flagrantes. Primeiro num canto de Alex Telles desviado por Danilo Pereira para o segundo poste, onde três homens - Pepe, Uribe e Soares - não conseguiram sequer acertar na bola (80'); pouco depois (86') seria McGregor a brilhar, ao defender uma finalização de Soares, e também a recarga de Uribe. Ambas de forma espectacular. No fundo, o FC Porto de hoje não foi muito diferente daquele que defrontou o Young Boys na primeira jornada. A diferença crucial, claro está, é que nesse dia foi o suficiente para vencer. Hoje não. Com a fase de grupos a meio, e tendo dois dos três jogos restantes fora de casa, será que o somatório das seis partidas vai chegar para passar o ano ainda em prova?

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:50

Sábado, 19.10.19

Taça de Portugal, 3.ª eliminatória - SC Coimbrões 0-5 FC Porto - Tão perto e tão longe

COIFCP.jpgEmbora estejam frente a frente nas margens do Douro, no plano futebolístico Vila Nova de Gaia e Porto não podiam estar mais longe. No que ao FC Porto diz respeito, claro. Considerando as provas oficiais hoje existentes esta foi, incrivelmente, a primeira vez que os dragões actuaram em Gaia. Só consultando os jurássicos registos dos antigos campeonatos regionais, disputados até 1947, se poderá detectar uma eventual ocorrência anterior. Dentro do relvado, o próprio Coimbrões acabaria por ficar longe do FC Porto, mas não deixa de ser verdade que praticamente não teve hipóteses de discutir o jogo. Já a perder por 0-3 ao minuto 12, pouco mais restava aos gaienses senão bater-se pela honra com o brio necessário para valorizar o espectáculo. O FC Porto rodou diversos jogadores, aliás como é usual neste momento da prova; de entre os mais utilizados só Otávio, Luiz Díaz e Soares foram a jogo. Estes dois últimos, de resto, assinaram os primeiros golos (6' e 8'), com Mbemba a apontar o terceiro. A segunda parte trouxe o bis de Díaz (69') e a sua saída para a ovação (71'), abrindo caminho ao regresso de Sérgio Oliveira após lesão. Aboubakar também teve direito a alguns minutos (entrou aos 76') e ainda houve tempo para Fábio Silva se tornar no mais jovem jogador de sempre a marcar pelo FC Porto, na recarga a uma primeira iniciativa de Diogo Leite (82'). Tendo prevalecido a lei do mais forte em 90 minutos de igual para igual, Coimbrões e FC Porto regressam à sua distância de duas divisões.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:20

Quinta-feira, 03.10.19

Liga Europa, fase de grupos - FC Feyenoord 2-0 FC Porto - Provas

FEYFCP.jpg

No rescaldo do sorteio desta fase de grupos prevaleceu, entre portistas e observadores, uma sensação de tranquilidade quanto ao futuro dos azuis-e-brancos na prova. Aparentemente, ninguém reparou que se tratava de um grupo de respeito, em que todos os quatro integrantes têm palmarés - 110 campeonatos nacionais conquistados entre si - e só um deles nunca venceu uma competição da UEFA. Faltava apenas uma prova irrefutável de que o FC Porto ia ter que trabalhar no duro para passar. Pois já não falta. Mesmo tendo oportunidades claras suficientes para uma goleada, os dragões regressam de mãos a abanar do seu primeiro jogo na Holanda em 21 anos. A abanar ficaram também os ferros da baliza do Feyenoord, à conta de um livre de laboratório entre Uribe e Otávio, que o brasileiro finalizou ao poste, e um remate flagrante de Luis Díaz, devolvido pela parte inferior da trave (61' e 74'). Pelo meio (68'), Marega teve um falhanço de bradar aos céus junto à pequena área. O Feyenoord optou por jogar com as suas linhas mais recuadas, mas nem por isso deixou de criar perigo. Uma iniciativa de Karsdorp na direita do ataque quase resultou num auto-golo de Marcano (42'), Berghuis rematou de longe com a bola a bater no topo da barra (64') e Larsson isolou-se rumo ao golo, mas à saída de Marchesín picou a bola para a malha lateral (65'). Por esta altura já o Feyenoord estava na dianteira, graças ao tento de Toornstra, na recarga a uma primeira investida de Larsson, que Marchesín limpou. O guarda-redes argentino foi vital noutros momentos, nomeadamente ao negar com defesas vistosas outro lance dividido em duas vagas, este protagonizado por Berghuis e Larsson (53'). O jogo foi disputado a bom ritmo de início a fim, por vezes em toada de parada-resposta, mas nem por isso bem jogado. O espírito de sacrifício dos homens do Feyenoord compensava as limitações técnicas, ao mesmo tempo que ia perturbando um FC Porto que não estava num dia particularmente inspirado. Sérgio Conceição procurou refrescar ideias trocando Zé Luís por Soares (62') - Díaz já tinha entrado para o posto de Nakajima (53') - mas o andamento não mudou. O minuto 80 trouxe o segundo golo dos da casa, por Karsdorp, que pegou na bola junto à divisória e avançou tranquilamente até ao golo, perante as facilidades que não teve quando defrontou os dragões pela Roma na época passada. O FC Porto ainda teve oportunidade de levar um golo para casa (90'), mas o guardião Vermeer defendeu bem o cabeceamento de Soares. O resultado não reflecte bem o que foi o jogo, mas, como sempre, ganha quem marca. A fechar, uma curiosidade: ao cabo de duas jornadas este é o único grupo em que todos estão empatados com três pontos. Mais uma prova de que este grupo é duro. Ou mesmo o grupo da morte desta Liga Europa.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por Miran Pavlin às 23:30



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Outubro 2019

D S T Q Q S S
12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031