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No rescaldo do sorteio desta fase de grupos prevaleceu, entre portistas e observadores, uma sensação de tranquilidade quanto ao futuro dos azuis-e-brancos na prova. Aparentemente, ninguém reparou que se tratava de um grupo de respeito, em que todos os quatro integrantes têm palmarés - 110 campeonatos nacionais conquistados entre si - e só um deles nunca venceu uma competição da UEFA. Faltava apenas uma prova irrefutável de que o FC Porto ia ter que trabalhar no duro para passar. Pois já não falta. Mesmo tendo oportunidades claras suficientes para uma goleada, os dragões regressam de mãos a abanar do seu primeiro jogo na Holanda em 21 anos. A abanar ficaram também os ferros da baliza do Feyenoord, à conta de um livre de laboratório entre Uribe e Otávio, que o brasileiro finalizou ao poste, e um remate flagrante de Luis Díaz, devolvido pela parte inferior da trave (61' e 74'). Pelo meio (68'), Marega teve um falhanço de bradar aos céus junto à pequena área. O Feyenoord optou por jogar com as suas linhas mais recuadas, mas nem por isso deixou de criar perigo. Uma iniciativa de Karsdorp na direita do ataque quase resultou num auto-golo de Marcano (42'), Berghuis rematou de longe com a bola a bater no topo da barra (64') e Larsson isolou-se rumo ao golo, mas à saída de Marchesín picou a bola para a malha lateral (65'). Por esta altura já o Feyenoord estava na dianteira, graças ao tento de Toornstra, na recarga a uma primeira investida de Larsson, que Marchesín limpou. O guarda-redes argentino foi vital noutros momentos, nomeadamente ao negar com defesas vistosas outro lance dividido em duas vagas, este protagonizado por Berghuis e Larsson (53'). O jogo foi disputado a bom ritmo de início a fim, por vezes em toada de parada-resposta, mas nem por isso bem jogado. O espírito de sacrifício dos homens do Feyenoord compensava as limitações técnicas, ao mesmo tempo que ia perturbando um FC Porto que não estava num dia particularmente inspirado. Sérgio Conceição procurou refrescar ideias trocando Zé Luís por Soares (62') - Díaz já tinha entrado para o posto de Nakajima (53') - mas o andamento não mudou. O minuto 80 trouxe o segundo golo dos da casa, por Karsdorp, que pegou na bola junto à divisória e avançou tranquilamente até ao golo, perante as facilidades que não teve quando defrontou os dragões pela Roma na época passada. O FC Porto ainda teve oportunidade de levar um golo para casa (90'), mas o guardião Vermeer defendeu bem o cabeceamento de Soares. O resultado não reflecte bem o que foi o jogo, mas, como sempre, ganha quem marca. A fechar, uma curiosidade: ao cabo de duas jornadas este é o único grupo em que todos estão empatados com três pontos. Mais uma prova de que este grupo é duro. Ou mesmo o grupo da morte desta Liga Europa.
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