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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Segunda-feira, 29.06.20

Liga NOS, 29.ª jornada - FC Paços de Ferreira 0-1 FC Porto - Montanha

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O estádio Capital do Móvel, anteriormente conhecido como Mata Real, vinha sendo um campo minado para o FC Porto. Ao ponto de já poucos, ou nenhuns, se lembrarem de que foi aqui que em 2013 os dragões carimbaram o título. Outros tempos. Os que se seguiram trouxeram, portanto, uma colecção de resultados adversos, com consequências mais, ou menos, gravosas. Daí que ter este encontro no calendário a seis jogos do fim é como se fosse uma montanha. O FC Porto chegou ao golo cedo (7'), por Mbemba, que na sequência de um canto aproveitou uma sobra na área, em frente à baliza, para rematar forte e a contar. Seria o único do jogo, porque daí para a frente os avançados do FC Porto primaram pela ineficácia. Mesmo descontando o futebol monocórdico dos dragões, que de certa forma lhes dificulta a tarefa por não forçar o adversário a deixá-los soltos de marcação. No mais flagrante lance dos dragões no jogo (77'), Luis Díaz, com o golo à sua mercê, permitiu a defesa a Ricardo Ribeiro com uma tímida finalização. Antes (50'), o pacense Luiz Carlos escapou-se na zona frontal e desviou de cabeça um cruzamento de Pedrinho na direita, uns centímetros ao lado do poste esquerdo de Marchesín. O mesmo Luiz Carlos voltaria a colocar Marchesín à prova (67'), mas o argentino negou que a pressão dos castores resultasse em golo. Mesmo assim, não foi um jogo bonito. Houve alívios de qualquer maneira e algum futebol desconexo de parte a parte. Talvez o próprio Paços estivesse em noite não, quebrando assim a sua sequência perfeita no pós-interregno. Marchesín voltou a ter que se aplicar para impedir o golo num remate de longe de Jorge Silva (86'), e o FC Porto por pouco não matou o jogo (89'), num contra-ataque entre Vítor Ferreira e Marega, finalizado por Fábio Vieira. Valeu Oleg Reabciuk, que fez um corte arriscadíssimo, daqueles que têm o auto-golo ali à mercê. O Paços de Ferreira fez por justificar o empate, mas sem golo é sempre como a omolete sem ovos. Assim, o FC Porto terminou o encontro no topo da montanha da Mata Real. Por vezes, como nesta, ganhar jogando mal vale mais do que parece.

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por Miran Pavlin às 23:59

Terça-feira, 23.06.20

Liga NOS, 28.ª jornada - FC Porto 4-0 Boavista FC - O São João

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Pela primeira vez na história o dérbi tripeiro foi dérbi de São João. E não só. O jogo foi mesmo "o" São João, porque com a cidade em modo de suspensão não havia mais nada a acontecer. Essa nuvem psicológica parece ter pesado também sobre o jogo, que chegou ao intervalo com pouco que contar. Com um Boavista confortável enquanto o 0-0 durasse, cabia ao FC Porto o papel de agitador do jogo, mas só na segunda parte os dragões se impuseram. Marega abriu o activo, batendo bem o defesa contrário e colocando cruzado para a baliza, na cara do guarda-redes (53'); Alex Telles elevou na conversão de uma grande penalidade (60'), por derrube de Dulanto a Marega. Estes quinze minutos de iniciativa deixaram os dragões com o jogo bem seguro. Melhor ficaram quando Dulanto sentiu na pele o ditado "uma desgraça nunca vem só" e cometeu nova grande penalidade (69'), agora por mão na bola. Lance infeliz, mas inequívoco, e Sérgio Oliveira não desperdiçou o castigo. O minuto 84 trouxe o bis de Marega, que se isolou rumo ao golo a passe de Fábio Vieira. As grandes penalidades tornaram o resultado mais gordo do que deveria ser olhando aos eventos em campo, mas o triunfo dos azuis-e-brancos não merece contestação. O FC Porto aproveita assim da melhor maneira o deslize do único adversário na corrida ao título - tal como não fez em momentos análogos das épocas mais recentes - e salta para o comando isolado da classificação.

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por Miran Pavlin às 23:59

Terça-feira, 16.06.20

Liga NOS, 27.ª jornada - CD Aves 0-0 FC Porto - Ter e não ter

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Lembram-se de 2017/18? Essa temporada em que Sérgio Conceição inventou onzes ao sabor das inevitáveis lesões e castigos? Para este jogo em casa do lanterna vermelha o FC Porto não ia ter laterais. Mas teve. Em campo teve avançados, mas na verdade não os teve. Como que por magia negra, eles tiveram a proverbial noite desinspirada em simultâneo. Quem começou foi Zé Luís, ao desperdiçar uma grande penalidade (22'). A falta foi duvidosa, pelo que se terá escrito por linhas tortas, mas com o jogo em 0-0 as consequências de não converter um penálti são mais gravosas. Quanto mais não sejam as anímicas. Entre o deve e o haver está sempre o mérito do adversário, e a defendê-lo estava, pois, o guarda-redes Fábio Szymonek, que assim pôde fazer esquecer Beunardeau, que deixou o Aves durante o interregno. Marega (59') e Soares (77'), foram a jogo, mas tudo o que tentaram ora saía mal, ora mais ou menos ao alcance de Szymonek, que ia brilhando. As cinco substituições, introduzidas temporariamente pelo bem físico dos jogadores, resultam numa salgalhada táctica em jogos como este, de teimoso 0-0. Ainda houve espaço para Aboubakar entrar (89'), mas seria mesmo Marega a ter a última oportunidade (90'+6'), com um remate em boa posição para nova defesa vistosa de Szymonek. E o golo salvador ali tão perto... O sacrificado da noite seria mesmo o lateral direito Tomás Esteves, que estava a fazer um bom jogo mas saiu nesse minuto 59, quando o técnico alterou para um esquema de três centrais, aproveitando ser Diogo Leite quem estava na lateral oposta. Reflexo de um Aves pouco interessado em mais que resistir como puder à tenebrosa aproximação das negras nuvens da descida. Sérgio Oliveira, de meia distância, também tentou romper o golo (81'), mas nem assim. Pela quarta vez em cinco possíveis até ao momento em que terminou este jogo, um dos dois da frente perde pontos. Desde o recomeço, claro. O que mais virá por aí, enquanto, e se, for possível jogar?

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 10.06.20

Liga NOS, 26.ª jornada - FC Porto 1-0 CS Marítimo

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 03.06.20

Liga NOS, 25.ª jornada - FC Famalicão 2-1 FC Porto - Muda tudo e não muda nada

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Cerca de três meses depois, o futebol de I Liga retomou a actividade. Fora das quatro linhas está tudo bastante diferente. As precauções sanitárias são mais que muitas e as bancadas, em vez da chamada moldura humana, estão emolduradas por lonas alusivas ao clube da casa. Dentro das quatro linhas, porém, é como se nada tivesse mudado. Sem mostrar futebol variado, o FC Porto dominou o primeiro tempo e construiu uma ou outra oportunidade, mas não teve engenho suficiente para converter em golo. Umas vezes por demérito, outras porque o guardião famalicense Defendi fez jus ao nome; nomeadamente ao minuto 35, quando foi buscar, com a perna, uma finalização de Soares colocadíssima ao cantinho inferior do poste direito. Nada mudou, escrevíamos, porque assim que o Famalicão marcou (48'), foi como se o FC Porto ligasse o mais estridente alarme e com isso não conseguisse a concentração necessária para responder em condições à desvantagem. Ainda para mais, os dragões sofreram um golo evitável. Pressionado por Diogo Gonçalves, Manafá atrasou para Marchesín, que devia ter imediatamente batido a bola para longe, pois o famalicense continuou na pressão. Ao invés, o argentino quis lembrar os tempos de Helton, ao fintar e jogar para o lado contrário. Fábio Martins farejou o erro, intrometeu-se, e só teve que empurrar. Paradoxalmente, o golo mudou tudo no jogo. Se o Famalicão esteve confortável numa postura mais retraída, melhor ficou; o FC Porto, como acima se alude, passou a ter mais sofreguidão, mas, à conta desse futebol pouco variado, de pouco lhe servia. Seria Corona - tamanha ironia nos tempos que correm - a acender uma luz de esperança à passagem do minuto 74, com um remate cruzado desde a direita. Foi sol de pouca dura, pois logo a seguir (78') Pedro Gonçalves, com um remate colocado de fora da área, voltou a bater Marchesín, perante o demasiado espaço dado pela defensiva azul-e-branca. Sérgio Conceição já tinha inclinado a equipa para a frente trocando Danilo Pereira por Zé Luís (72') - talvez o segundo golo tenha sido o preço pago pela retirada do internacional português -, e ainda refrescou o ataque com Aboubakar no lugar de Soares, mas foi uma noite em que os avançados portistas - mais Marega - primaram pela inconsequência. Até final, nota para um lance em que Aboubakar ficou a reclamar grande penalidade, não se sabe bem se por eventual derrube, ou eventual mão de Nehuén Pérez. Como sempre, ninguém garante que o eventual penálti seria convertido. O empate seria mais justo, mas só contam as que entram, também como sempre. E assim, as dúvidas - da mais diversa ordem - que havia sobre o recomeço do campeonato estendem-se ao relvado. Quão surreais serão estas jornadas?

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por Miran Pavlin às 23:59



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