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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Três jornadas, três adversários com a corda na garganta. Seria desta que a corda seria gentilmente cedida ao pescoço do FC Porto? Um primeiro tempo dividido manteve essa dúvida no ar, confirmando, por um lado, que o Tondela não é equipa para ir a jogo de autocarro, e por outro, que o FC Porto raramente tem momentos tranquilos quando visita o Estádio João Cardoso. Tal como tinha acontecido aos dragões em Famalicão, seria um golo no arranque da segunda parte a mudar o figurino do jogo. O autor da gracinha foi Danilo Pereira, que desviou de cabeça, ao primeiro poste, um canto de Alex Telles (47'). O guarda-redes Babacar não ficou nada bem na fotografia. Marega faria o 0-2, novamente num lance em que se isola perante o guardião contrário (64'), colocando, aparentemente, o resultado fora de questão. Assim não seria, porque o Tondela beneficiou de uma grande penalidade (73'), por derrube de Uribe sobre Jonathan Toro, após uma perda de bola um tanto ou quanto infantil de Manafá. Ronan não desperdiçaria a conversão (77'). A falta de Uribe talvez nunca tivesse acontecido se o árbitro Fábio Veríssimo tivesse ajuizado bem um lance ocorrido segundos antes, no qual o colombiano entra sobre um adversário a pés juntos, de sola. O cartão vermelho era tão óbvio que é impossível entender como não foi exibido. Ainda assim, o golo deu ao Tondela ânimo suficiente para acreditar que o empate era possível, e foi por pouco que não aconteceu (87'), com Strkalj a receber um passe a rasgar de Murillo e finalizar por entre as pernas de Marchesín; os deuses não quiseram que fosse golo, fazendo a bola desviar no calcanhar do guardião portista e sair bem juntinho ao poste, mas para fora. O encontro ficaria definitivamente resolvido no tempo de compensação (90'+5'), com a conversão de nova grande penalidade, agora a punir falta de Philipe Sampaio sobre Marega. O maliano quis tanto bater o castigo... que amuou quando Sérgio Conceição ordenou que fosse Fábio Vieira a fazê-lo e pontapeou a bola para longe, antes de resmungar até ao apito final e recolher ao balneário sem participar na habitual roda pós-jogo. Como diz o outro, não havia necessidade, mas é sempre possível pintar a ocorrência com as cores da vontade de marcar própria de qualquer avançado. O próprio Sérgio Conceição não empolou o assunto, referindo na conferência de imprensa que o mesmo já estava resolvido. E por certo, esquecido, pelo menos até um dia em que Marega pise o risco novamente. Por agora talvez haja valores mais altos a levantar-se.
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