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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Terça-feira, 29.12.20

Liga NOS, 11.ª jornada - Vitória SC 2-3 FC Porto - Revolução colombiana

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Depois de alguns jogos em que a questão dos demasiados golos sofridos pelo FC Porto parecia estar silenciada, a visita a Guimarães reacendeu-a. E bastaram sete minutos para que o Vitória inaugurasse o marcador, através de um remate de Rochinha, que ainda sofreu um desvio em Diogo Leite. É certo que esse desvio traiu Marchesín, mas o lance nasceu de uma asneira de Uribe - parecia o célebre passe lateralizado de Secretário em Alvalade, em 2000. Além disso, o golo veio castigar a entrada morna dos dragões no jogo. Sem o mínimo de velocidade, era como se o FC Porto denunciasse um pouco de tudo o que ia fazendo. O Vitória não se fazia rogado e ia levando o jogo à cara do adversário, com isso justificando a vantagem no marcador. Com os minutos a passar sem que o FC Porto esboçasse reacção, tornava-se necessário fazer alguma coisa para alterar o rumo dos acontecimentos. Aí, foi o próprio jogo a dar a Sérgio Conceição uma oportunidade para mexer (30'). Já amarelado, Romário Baró travou Rochinha em falta quando este saía para o ataque. A falta ocorreu bem antes da linha de meio-campo, mas por ser deliberada justificava um segundo cartão amarelo. Baró não saiu do jogo dessa maneira, saiu de outra, com Conceição a substituí-lo por Luis Díaz. Pepe também saiu, com queixas físicas, entrando Sarr para o seu lugar. Se a troca defensiva não mudou grande coisa, a entrada de Díaz fez com que tivesse começado um novo jogo. De tal forma, que o FC Porto chegou ao empate ainda antes do intervalo (42'), por Taremi, assistido por Marega após centro largo de Sérgio Oliveira. O Vitória é que não desistiu, e chegaria a nova vantagem ao minuto 63, por Estupiñán, que desviou à boca da baliza, assistido por Quaresma. O jogo estava bom, e assim continuou porque o FC Porto respondeu prontamente (65'). Luis Díaz solicitou Taremi à entrada da área e o iraniano disparou forte e colocado para nova igualdade. Díaz veria coroada a sua revolução individual com o golo decisivo (80'), obtido através de um óptimo trabalho no coração da área, antes de um remate à meia-volta. E assim, o FC Porto contrariou o ditado popular e endireitou um jogo que começara torto. Mais uma vez, os dragões marcaram golos suficientes para anular os sofridos. Como será quando não for assim?

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 23.12.20

Supertaça Cândido de Oliveira - FC Porto 2-0 SL Benfica - Quem não marca, sofre

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Os encontros da Supertaça portuguesa não costumam ser espectaculares ao ponto de serem recordados durante anos. Nem mesmo por quem os venceu. Talvez isso aconteça por se tratar, normalmente, da abertura oficial da temporada, altura em que as equipas intervenientes nem sempre estão afinadas, nem com o plantel fechado. Esta edição de 2020 foi disputada com a época já a todo o gás, mas nem assim resultou num jogo para a eternidade. De um lado estava um FC Porto que, geralmente, não pratica um futebol de encher o olho; do outro, um Benfica que, apesar do investimento feito e das promessas de Jorge Jesus aquando da sua apresentação, não está suficientemente seguro de si para agarrar os jogos pelos colarinhos. Talvez o facto de esta temporada se estar a desenrolar em modo non stop tenha também influído na abordagem das equipas ao jogo. Os primeiros minutos mostraram dois conjuntos tão bem encaixados, que havia sempre um defesa a antecipar-se e cortar quando a bola chegava à zona das decisões. Só um golo poderia, eventualmente, desatar o nó. Esse surgiu de forma tão fortuita quanto estes jogos por vezes precisam: através de um grande penalidade (25'). Daquelas clássicas, em que o guarda-redes se sai aos pés do avançado e o derruba. Assim, Vlachodimos deitou Taremi ao chão, Sérgio Oliveira converteu o castigo e, por muito que já se tenha visto infinitamente pior, ficamos a perguntar-nos se Taremi terá explorado o contacto. Talvez não... O Benfica respondeu com um remate cruzado de Waldschmidt, bem defendido por Marchesín (28'), e quanto a reacção ao golo, ficamos por aqui. Nem os encarnados conseguiram voltar a incomodar o último reduto portista, nem o próprio FC Porto mostrou afinco para atingir um segundo golo que desse outra segurança ao resultado. Para os dragões, talvez controlar as operações estivesse a ser suficiente. O FC Porto esteve pertíssimo desse segundo golo ao minuto 73, mas Otamendi limpou o lance com um corte acrobático, no limite do jogo perigoso, quando Uribe se aprestava para cabecear rumo à baliza deserta. A jogada tinha começado num primeiro desvio de Zaidu, e terminaria numa recarga de Marega contra o corpo de Gilberto. Marchesín, que já tinha feito nova boa defesa a um livre directo de Grimaldo (59'), nada poderia fazer na segunda tentativa do lateral espanhol (87'), mas o livre acertou em cheio na trave, naquele que foi o último lance de perigo das águias. Não marcou o Benfica, marcou o FC Porto, por Luis Díaz (90'), num movimento rápido de ataque, iniciado por Toni Martínez, conduzido por Corona e finalizado pelo colombiano na esquerda, já com pouco ângulo. Quem não marca sofre, pois. O FC Porto, assim, adiciona ao seu palmarés a 22.ª Supertaça; mais troféus que todos os restantes vencedores juntos.

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por Miran Pavlin às 23:59

Domingo, 20.12.20

Liga NOS, 10.ª jornada - FC Porto 2-0 CD Nacional

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 16.12.20

Taça da Liga, quartos-de-final - FC Porto 2-1 FC Paços de Ferreira

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Domingo, 13.12.20

Taça de Portugal, 4.ª eliminatória - FC Porto 2-1 CD Tondela

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 09.12.20

Liga dos Campeões, fase de grupos - Olympiakos FC 0-2 FC Porto

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Sábado, 05.12.20

Liga NOS, 9.ª jornada - FC Porto 4-3 CD Tondela - Não é todos os dias

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Sérgio Conceição já disse várias vezes que prefere ganhar por 1-0 do que por 4-3, mas hoje o futebol não lhe fez a vontade. Foi mesmo 4-3 o resultado final, num jogo que teve tudo para deixar Conceição sem dormir. Para os adeptos, especialmente para os neutros, foi um fartote ao nível da Premier League, com sete golos, duas reviravoltas e uma ponta final de nervos. O FC Porto entrou forte e abriu o activo logo ao minuto 4 por Zaidu, que, assistido por Otávio, só teve que encostar. A jogada seguinte por um triz não deu novo golo para os dragões, e a partir daí, lentamente, o Tondela foi-se libertando e começando a lançar contra-ataques bem pensados. Num deles (20'), Mario González isolou-se no momento certo e não teve dificuldades para bater Marchesín. Presume-se que González estava em jogo, mas por pouco. Logo depois (33'), o Tondela dava mesmo a volta ao marcador, por Rafael Barbosa, que na direita recebeu um cruzamento largo de Enzo Martínez e atirou a contar; Marchesín ainda ajudou a bola a entrar. Marega repôs a igualdade num ápice (36'), aproveitando uma bola mal aliviada pela defesa contrária. Os dragões completaram a reviravolta após o descanso, em novo golo de Marega (48'). De seguida, foi Taremi a marcar (56'), com uma boa finalização na zona fatal, a cruzamento de Uribe. O FC Porto não baixou o ritmo e construiu outras oportunidades, nomeadamente ao minuto 60, numa bela jogada de entendimento entre Taremi e Sérgio Oliveira. O médio foi Messi por um segundo, enquanto furou a defesa do Tondela, mas na hora de chutar desequilibrou-se e o tiro saiu muito ao lado. Teria sido o momento do jogo. Não o foi, mas o FC Porto estava tranquilo com os dois golos de vantagem. Mas estaria mesmo? O Tondela não estava propriamente fechado sobre si mesmo à espera do apito final, e seria premiado com mais um golo (74'), novamente por Mario González, agora num cabeceamento colocado após centro de Pedro Augusto na esquerda. Com o jogo suficientemente vivo para que tudo fosse possível, foi sofrer a bom sofrer até final. Já com Uribe expulso por acumulação (90'+3'), o último lance do encontro trouxe mais uma jogada bem construída pelo Tondela, que permitiu a Khacef aparecer sozinho pela esquerda... e rematar, com a bola a bater em cheio na trave. Marchesín não tinha hipóteses. Foi por pouco que os portistas não levaram com um jacto de água fria na cara. Ambas as equipas têm mérito nos golos que obtiveram, os quais premiaram a atitude positiva dos jogadores. Tanto, que até o juiz Tiago Martins teve uma prestação exemplar, apenas manchada pela enxurrada de cartões amarelos nos minutos finais. Não é todos os dias que o campeonato português nos presenteia com jogos tão ricos.

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por Miran Pavlin às 23:59

Terça-feira, 01.12.20

Liga dos Campeões, fase de grupos - FC Porto 0-0 Manchester City - Metamorfose

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Desta vez resultou na perfeição. O FC Porto transformou-se numa qualquer equipa humilde desta vida, remetendo-se a uma resoluta defesa do seu castelo, e com isso garantiu o ponto de que precisava para atingir os oitavos-de-final. O esquema com cinco defesas utilizado por Sérgio Conceição teve duas consequências práticas: impediu o Manchester City de encontrar os espaços necessários para atacar em velocidade, mas também deixou o próprio FC Porto longe demais da baliza contrária. A estatística final de remates (2-19) atesta-o bem. A verdade é que tudo foi correndo pelo melhor para este FC Porto metamorfoseado. O City teve diversas oportunidades de golo, mas ou não atinou com a baliza, ou encontrou pelo caminho um Marchesín em modo monstro. Nomeadamente na segunda parte, o guardião argentino dos dragões bilhou a grande altura, com algumas defesas vistosas. No lance mais perigoso dos citizens (69'), Marchesín defendeu, à queima-roupa, uma tentativa de Ferrán Torres. O lance tinha começado num cruzamento de Sterling para Rúben Dias fazer daquilo que é: de defesa. Ao tentar desviar para golo, o português acabou por fazer, tecnicamente, um corte in extremis, com a bola a sobrar para Torres. Antes (58'), já Marchesín tinha corrigido a única falha do sector defensivo com uma bela mancha perante o isolado Sterling. Haveria mais de Marchesín, a negar remates de Bernardo Silva (76') e Eric García (80'). A sorte do jogo também sorriu ao argentino, que depois de defender para a trave um primeiro cabeceamento de Gabriel Jesus, nada pôde fazer perante a recarga do mesmo jogador (81'). Pensou-se durante alguns segundos que se tinha feito justiça no resultado, mas o vídeo-árbitro descortinou um fora-de-jogo no desenrolar do lance e, portanto, o golo não valeu. Olhando pelo lado do City, é óbvio que os ingleses deviam ter vencido, quanto mais não seja por terem sido a equipa que tentou activamente ganhar o jogo. No entanto, não se pode culpar ninguém quando não se consegue ultrapassar o guarda-redes contrário. Porque ele, como em qualquer jogo, está lá para defender. E foi isso que Marchesín fez, tornando-se no carregador de piano do FC Porto. Não é todos os dias que um guarda-redes termina o jogo com esse estatuto. A igualdade vem reforçar a tendência histórica de os clubes ingleses não trazerem bons resultados de casa do FC Porto - por favor, não mostrem isto à malta do Liverpool, senão eles riem-se. Face ao enfoque defensivo, o FC Porto não teve lances perigosos a assinalar, mas entre o deve e o haver, pode queixar-se de uma excessiva condescendência do experiente juiz holandês Björn Kuipers para com os cotovelos dos homens do City. Dúvidas ainda num lance em que Ederson parece atropelar Otávio (16'), mas também terá havido falta para grande penalidade contra o FC Porto numa jogada em tudo idêntica à que deu castigo na recepção ao Marselha, pelo que os lances se anularão um ao outro. Certo é que tanto FC Porto como Manchester City seguem em frente. E se ambos se reencontrassem mais lá para os quartos-de-final?

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por Miran Pavlin às 23:59



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