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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário



Sábado, 27.02.21

Liga NOS, 21.ª jornada - FC Porto 0-0 Sporting CP - Última saída

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Nos últimos anos, FC Porto e Sporting têm-se cruzado tantas vezes que cada um já conhece o outro melhor que a si próprio. Sendo difícil um conjunto surpreender o outro, a batalha pode assumir um enfoque táctico tão pronunciado que o golo se transforma num D. Sebastião, como foi o caso aqui. Envoltas no nevoeiro, nem as equipas se conseguiram desencaixar uma da outra, nem os acasos do jogo fizeram a sua obra, pelo que o apito final chegaria com o marcador por estrear. Nos poucos momentos de perigo que houve a registar, Taremi, do lado do FC Porto, não trouxe a mira calibrada e desperdiçou um par de lances, enquanto Matheus Nunes disparou por cima na única oportunidade criada pelo Sporting em todo o jogo (73'). O médio correu uns bons 40 metros em alta velocidade antes de rematar. Já Taremi, no seu lance mais flagrante, desviou um bom cruzamento contra o próprio pé de apoio como só os craques dos jogos de amigos sabem fazer (57'). No cômputo geral, as oportunidades foram tão poucas que nem houve espaço para os guarda-redes brilharem. Face à posição privilegiada em que chegou a este jogo, o Sporting optou por não correr riscos desnecessários e adoptou uma postura expectante, convidando o FC Porto a ter bola e tentar furar a melhor defesa do campeonato até agora. No entanto, por muito solícitos que fossem, os dragões não encontraram forma de dar um pontapé na crise de resultados que têm atravessado neste mês de Fevereiro. Tendo o seu homem mais perigoso em noite não, e não aparecendo o herói improvável que os jogos grandes às vezes escondem, o FC Porto chegaria ao final do jogo à mercê do resultado de outros encontros da jornada para saber que contas fazer. Contas essas que, em qualquer circunstância, não parecem favoráveis aos dragões. Mesmo que todos saibamos que o futebol é uma caixinha de surpresas, este clássico era como que a última saída para o título na estrada que o FC Porto percorre. E o FC Porto não a tomou, mantendo os dez pontos de distância para o topo e ficando ainda mais dependente de demasiadas coisas.

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por Miran Pavlin às 23:59

Segunda-feira, 22.02.21

Liga NOS, 20.ª jornada - CS Marítimo 1-2 FC Porto - Lei das compensações

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Como separar duas equipas que, conferido o essencial da acção em campo, fizeram o mesmo? Com um lance fortuito, pois. No caso, uma grande penalidade por carga de Rúben Macedo sobre Francisco Conceição. Compensação é mesmo o conceito a reter. Não num sentido pejorativo, e não só porque o lance ocorreu já em tempo de descontos; tendo o Marítimo, ao longo de praticamente todo o jogo, abusado de entradas durinhas que nem sempre foram punidas, acabou por funcionar a lei das compensações, num lance que, no fundo, não deixa de ser mais uma grande penalidade de liga portuguesa. Desta vez, saborosa para o FC Porto, que assim pôde apanhar o voo de regresso aliviado por não ter visto a distância para o topo aumentar. É que jogar em casa do Marítimo tem o condão de deixar os dragões sem saber bem o que fazer. Já se viu muito pior, mas o FC Porto mais uma vez sentiu dificuldades em contrariar o futebol truculento da equipa da casa. Talvez seja por haver muitas cadeiras verdes e vermelhas à vista. Do lado do Marítimo também já se viu pior, mas os leões do Funchal voltaram a basear o seu jogo num bloco recuado e na busca da falta fácil. O FC Porto marcou primeiro (14'), por Uribe, que aproveitou uma sobra após alguns ressaltos para atirar a contar, por entre a densidade populacional da área naquele momento. Pouco depois, marcava o Marítimo (18'), de canto, com o lateral Léo Andrade, ao segundo poste, a desviar para a baliza uma bola que passeou de um lado ao outro da área. Num ápice, o jogo voltava à igualdade que o Marítimo queria, pelo menos a julgar pelo que se ia passando em campo. Haveria mais duas oportunidades claras, uma para cada lado. Em ambas as situações foram os guarda-redes a brilhar. Primeiro Amir (34'), com uma bela estirada para deter um cabeceamento colocado de Mbemba, seguido de recarga de Taremi; depois Marchesín (84'), cujos reflexos tiraram do caminho da baliza um cabeceamento de Zainadine ao poste, e também a segunda tentativa de Léo Andrade. Tudo somado, chegava-se à compensação com pouco mais que a posse de bola a separar as duas equipas. Mas, diz essa lei não escrita, quem joga para empatar, perde. Nem sempre acontece, claro. Bem ou mal, infelizmente para o Marítimo, desta vez aconteceu, e Otávio converteria essa salvadora grande penalidade na recta final (90'+3'). Pensando bem, talvez não tenha sido só o FC Porto a regressar aliviado ao Continente. Também as orelhas do árbitro Vítor Ferreira agradeceram, pois o juiz não teve propriamente uma actuação para recordar.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 17.02.21

Liga dos Campeões, oitavos-de-final, 1.ª mão - FC Porto 2-1 Juventus FC - Surpresa ao contrário

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Alguns jogos terminam com resultados que só são surpresa para quem não assistiu. Neste, é ao contrário; surpreendido, só quem viu a Juventus não encontrar forma de escapar à teia que o FC Porto lhe montou. Marcar cedo, neste caso, ajudou. Mal se tinha completado o primeiro minuto e já Taremi festejava, aproveitando um atraso de Bentancur a Szczesny. O avançado do FC Porto fez tão bem a pressão, que o guarda-redes não teve tempo para se livrar da bola. Nesse lance, a Juventus tentava jogar em largura, incluindo com o guarda-redes, para isso trazendo a bola para demasiado perto da sua baliza. Não correu bem, assim como outros momentos do jogo não correram bem aos campeões italianos. Desde a lesão de Chiellini (35'), que cedeu o lugar a Demiral, até ao segundo golo do FC Porto (46'), tão rápido após o pontapé de saída quanto no primeiro tempo. Uribe, Corona e Manafá construíram a jogada pela direita, antes de Marega assinar o golo, colocando a bola rasteira, ao poste mais próximo. Sérgio Oliveira tentou um remate em óptima posição (52'), mas a bola não subiu o suficiente e Szczesny agarrou. A Juventus continuava sem mostrar mais que um ou outro remate de longe, sem perigo para Marchesín. Tal era resultado directo da acção de um FC Porto que obrigou a vecchia signora a jogar mal, numa exibição que ia sendo um mimo para os entusiastas do pressing. A Juventus não tinha espaço para jogar, a bola chegava poucas vezes em condições ao ataque e, com isso, os seus jogadores mais influentes pouco podiam fazer. Confiante, e com um resultado interessante na mão, o FC Porto ia realizando um jogo que fazia os seus adeptos esquecerem o quotidiano do campeonato. Tanto, que Sérgio Conceição poucas mexidas fez no onze inical, trocando numa primeira fase apenas Otávio por Luis Díaz (57') e Marega por Grujic (66'). Ainda assim, a Juventus marcaria mesmo um golo que, em teoria, lhe reduz em um terço a carga de trabalhos para a segunda mão. Esquecido ao segundo poste, na direita, Chiesa finalizou bem uma assistência de Rabiot. Face ao que foi o jogo, não é heresia escrever que a Juventus fez pouco para merecer o golo que leva. Já o FC Porto ganha bem, mas vai para Turim com esse enorme inconveniente no resultado final. Sonhar, como sempre, é que não custa.

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por Miran Pavlin às 23:59

Sábado, 13.02.21

Liga NOS, 20.ª jornada - FC Porto 2-2 Boavista FC - Cabeça nas estrelas

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O calendário do futebol todos os anos faz das suas, ao encadear jogos relevantes. Desta vez, coube ao FC Porto ter um dérbi antes do regresso da Liga dos Campeões. Motivação ao máximo? Nem por isso, a avaliar pela primeira parte do jogo. A cabeça do FC Porto estava mais que na lua. Estava nas estrelas, mesmo; as da Champions. Só isso poderá explicar que ao intervalo a sensação fosse a de que o 0-2 no marcador era justíssimo. Logo ao segundo minuto, Marchesín teve que se aplicar para parar um desvio de Elis em zona frontal. Dois minutos mais tarde, na sequência de um canto que talvez não fosse, Porozo elevou-se ao primeiro poste e desviou para o golo. Elis ameaçou novamente ao aparecer solto para novo desvio e nova defesa de Marchesín (32'), e aos 45'+1' marcou mesmo, agora a cruzamento de Ricardo Mangas. O lance nasce de uma boa tabelinha entre Mangas e Angel Gomes no flanco esquerdo, perante três adversários, que ficaram bastante mal na fotografia. Do lado do FC Porto não havia nenhum lance de perigo a registar. O único alívio da equipa seria mesmo a ausência de público. Imagine-se o tamanho da vaia, caso existisse uma plateia agastada a priori pelos empates e incidências das três partidas anteriores... Sérgio Conceição fez uma cirurgia ao intervalo, removendo Diogo Leite, Fábio Vieira e João Mário para colocar Zaidu, Grujic e Otávio, e finalmente a equipa mostrou qualquer coisa. Mas não terá sido apenas pelas substituições que o FC Porto ligou o motor. Terá sido também porque, face à conjugação dos muitos pontos desperdiçados nas jornadas recentes, com o percurso de um líder da classificação que não tem fraquejado, já não é sustentável perder mais pontos. Taremi relançaria o jogo relativamente cedo na segunda parte (54'), mas o FC Porto, embora mais empreendedor, não colocava verdadeiramente o Boavista em apuros. Seria uma grande penalidade, por derrube de Devenish a Evanilson, a proporcionar aos dragões a oportunidade de empatar. Sérgio Oliveira não enjeitou (82'). Já estava em campo Francisco Conceição (entrou aos 77'), filho de Sérgio, que trouxe uma agitação diferente ao jogo sempre que teve a bola. Pouco depois, numa jogada em que dois axadrezados fecharam o caminho a Conceição (86'), Sérgio Oliveira teve nova oportunidade da marca de 11 metros. O médio escolheu atirar para o outro lado, mas a cobrança saiu ao poste. Sobre o final do tempo regulamentar (89'), Francisco Conceição furou área adentro, pela direita, e entregou a Evanilson, que desviou a contar. Entre festejos efusivos e alguma comoção, o lance ia ao vídeo-árbitro. Talvez porque Evanilson chutou o pé de Devenish ao mesmo tempo que chutou a bola? Não. Ao subir após o remate, a bola terá ressaltado no braço do homem do FC Porto. As imagens não são particularmente esclarecedoras. O golo é que não contou, mesmo. Foi só mais um festejo-fantasma proporcionado por este bravo novo futebol do século XXI. No final da partida, a certeza é só uma: o Boavista consegue um feito, ao sair de casa do seu rival citadino com um ponto. Não é assim tão vulgar.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quarta-feira, 10.02.21

Taça de Portugal, meias-finais, 1.ª mão - SC Braga 1-1 FC Porto - Nervos em franja

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Se as incidências do encontro anterior deixaram o FC Porto com os nervos em franja, que dizer da reedição, três dias mais tarde, agora a contar para a Taça de Portugal? De uma expulsão fizeram-se duas, a arbitragem de critério confuso repetiu-se, e os dragões voltaram a não conseguir segurar o resultado. Desta vez, o FC Porto saltou cedo para o comando (10'), com Taremi a aproveitar uma saída de Matheus para lhe fazer um chapéu. O guarda-redes dos bracarenses quis cortar a bola de cabeça, mas não o fez para o melhor sítio. Talvez tenha estado a ver vídeos de Manuel Neuer. O jogo em si não foi muito diferente do anterior. O Braga foi novamente competente, mas não conseguia chegar ao golo, pelo que se podia dizer que o FC Porto ia controlando os acontecimentos, com maior ou menor dificuldade. O pomo da discórdia surgiu ao minuto 65. Luis Díaz transporta a bola pela esquerda, entra na área e remata. Ao mesmo tempo, o defesa arsenalista David Carmo intrometia-se para cortar, metendo a perna onde Díaz concluía a passada. De forma tão inadvertida quanto inevitável, Díaz calca a perna de Carmo e provoca-lhe uma fractura. Infeliz é a palavra-chave do lance. Após revisão das imagens, o árbitro Luís Godinho entendeu que não havia lugar a quaisquer atenuantes e expulsou o médio do FC Porto. Tendo em conta que não é costume os árbitros darem muitas justificações, o facto de Godinho ter fundamentado a sua decisão tanto a Luis Díaz, como junto de Sérgio Conceição, apenas vem sublinhar o carácter fortuito do lance. Escaldado por incidências que já vinham do penúltimo jogo, o FC Porto pouco se interessou pela justificação e teve dificuldades em acalmar-se. Mais do que na partida do campeonato, aqui os dragões recuaram a sério, na tentativa de levar para a segunda mão esse solitário golo de vantagem. O Braga, mais uma vez, aproveitou a deixa da superioridade numérica para tentar igualar. Face à demorada assistência a David Carmo, houve 12 minutos de compensação. Tempo suficiente para Uribe também ser expulso, na sequência de uma disputa de bola mais acesa com André Horta, que depois o empurra. Ricardo Esgaio juntou-se à festa dando uma peitada em Uribe, que respondeu com um encosto de cabeça. Também aqui o FC Porto ficou com razões de queixa, já que Uribe teve uma punição mais grave que a dos outros intervenientes. Aqui, Luís Godinho já não sentiu necessidade de explicar porque é que entendeu que numa altercação envolvendo elementos das duas equipas - é raro haver um desaguisado entre colegas. Pepe? Loum? -, mostrou cartões de cores diferentes quando os jogadores abusaram em doses iguais. Sobre o final da compensação (90'+12') o Braga conseguiria o golo da igualdade, por Fransérgio, que estava no lugar certo para capitalizar o ressalto de um cabeceamento de Sporar ao poste. Tal como no encontro do campeonato, os guerreiros salvaguardaram o empate nos segundos finais. O FC Porto não se conformou, ao ponto de ter sido o próprio Pinto da Costa a assumir a reacção do clube, na sala de imprensa. Se a memória durar até lá, a segunda mão promete.

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A fechar, uma nota para o caricato momento em que a ambulância que transportava David Carmo não conseguia arrancar porque as rodas patinavam na relva molhada. Os jogadores tiveram que ajudar empurrando o veículo, numa imagem que dificilmente voltará a ser vista num estádio perto de si.

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por Miran Pavlin às 23:59

Domingo, 07.02.21

Liga NOS, 18.ª jornada - SC Braga 2-2 FC Porto - Mudar tudo

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A fé move-se por caminhos misteriosos, dizem. Pois o futebol também. Pelo menos, a avaliar por este encontro, que se desenrolava de forma predominantemente tranquila, até tomar um caminho diferente algures na segunda parte. Até aí, mesmo perante um Braga competente, o FC Porto ia controlando o jogo, escudado, a partir do minuto 36, também pela vantagem no marcador, mercê do golo de Sérgio Oliveira, na conversão de um castigo máximo por agarrão de Tormena a Marega. O segundo golo portista apareceria por intermédio de Taremi (54'), que finalizou bem após boa jogada conduzida por Corona. Ao minuto 60 Corona era expulso por acumulação de cartões amarelos. Nenhum dos cartões mostrados ao mexicano do FC Porto foi consensual. Em ambos os lances, trataram-se de disputas de bola pouco meigas de parte a parte - na primeira delas (4'), o braguista Raul Silva calca mesmo Corona -, pelo que faltam explicações para que a punição disciplinar tenha ocorrido apenas sobre um dos intervenientes nesses lances. Ainda para mais, quando o juiz Artur Soares Dias se mostrava rigoroso, exibindo cartões desde cedo. Certo é que a expulsão mexeu mesmo com o jogo. O FC Porto recuou um pouco e o Braga, naturalmente, ganhou um fôlego extra para tentar relançar a partida. Enquanto Carlos Carvalhal refrescou o ataque arsenalista com as entradas de Sporar (59', segundos antes da expulsão), Gaitán e Piazón (ambos 68'), Sérgio Conceição trocou Luis Díaz por Zaidu (75') e Taremi por João Mário (84'). Inicialmente, Zaidu andou bem avançado no terreno, procurando impedir a saída de bola do Braga, mas depressa o lateral se juntou em efectivo ao bloco defensivo, convidando os guerreiros ao proverbial último assomo. O qual teve grande sucesso. Fransérgio reduziria a desvantagem, a cruzamento de Piazón (87'), e num momento em que o FC Porto já só existia junto à sua baliza, Gaitán apareceu na pequena área a encostar para o empate (90'+4'), após primeira investida mal aliviada pelos dragões. O FC Porto ainda teve um último lance de perigo (90'+7'), num remate de Marega, mas o guarda-redes Matheus não vacilou e segurou a igualdade final. Nem sempre é assim, mas neste jogo uma decisão mudou tudo. Globalmente não foi, decerto, uma das melhores noites de Soares Dias.

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por Miran Pavlin às 23:59

Quinta-feira, 04.02.21

Liga NOS, 17.ª jornada - Belenenses SAD 0-0 FC Porto

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59

Segunda-feira, 01.02.21

Liga NOS, 16.ª jornada - FC Porto 2-0 Rio Ave FC

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Não assisti ao jogo.

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por Miran Pavlin às 23:59



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