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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A fé move-se por caminhos misteriosos, dizem. Pois o futebol também. Pelo menos, a avaliar por este encontro, que se desenrolava de forma predominantemente tranquila, até tomar um caminho diferente algures na segunda parte. Até aí, mesmo perante um Braga competente, o FC Porto ia controlando o jogo, escudado, a partir do minuto 36, também pela vantagem no marcador, mercê do golo de Sérgio Oliveira, na conversão de um castigo máximo por agarrão de Tormena a Marega. O segundo golo portista apareceria por intermédio de Taremi (54'), que finalizou bem após boa jogada conduzida por Corona. Ao minuto 60 Corona era expulso por acumulação de cartões amarelos. Nenhum dos cartões mostrados ao mexicano do FC Porto foi consensual. Em ambos os lances, trataram-se de disputas de bola pouco meigas de parte a parte - na primeira delas (4'), o braguista Raul Silva calca mesmo Corona -, pelo que faltam explicações para que a punição disciplinar tenha ocorrido apenas sobre um dos intervenientes nesses lances. Ainda para mais, quando o juiz Artur Soares Dias se mostrava rigoroso, exibindo cartões desde cedo. Certo é que a expulsão mexeu mesmo com o jogo. O FC Porto recuou um pouco e o Braga, naturalmente, ganhou um fôlego extra para tentar relançar a partida. Enquanto Carlos Carvalhal refrescou o ataque arsenalista com as entradas de Sporar (59', segundos antes da expulsão), Gaitán e Piazón (ambos 68'), Sérgio Conceição trocou Luis Díaz por Zaidu (75') e Taremi por João Mário (84'). Inicialmente, Zaidu andou bem avançado no terreno, procurando impedir a saída de bola do Braga, mas depressa o lateral se juntou em efectivo ao bloco defensivo, convidando os guerreiros ao proverbial último assomo. O qual teve grande sucesso. Fransérgio reduziria a desvantagem, a cruzamento de Piazón (87'), e num momento em que o FC Porto já só existia junto à sua baliza, Gaitán apareceu na pequena área a encostar para o empate (90'+4'), após primeira investida mal aliviada pelos dragões. O FC Porto ainda teve um último lance de perigo (90'+7'), num remate de Marega, mas o guarda-redes Matheus não vacilou e segurou a igualdade final. Nem sempre é assim, mas neste jogo uma decisão mudou tudo. Globalmente não foi, decerto, uma das melhores noites de Soares Dias.
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