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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Nos últimos anos, FC Porto e Sporting têm-se cruzado tantas vezes que cada um já conhece o outro melhor que a si próprio. Sendo difícil um conjunto surpreender o outro, a batalha pode assumir um enfoque táctico tão pronunciado que o golo se transforma num D. Sebastião, como foi o caso aqui. Envoltas no nevoeiro, nem as equipas se conseguiram desencaixar uma da outra, nem os acasos do jogo fizeram a sua obra, pelo que o apito final chegaria com o marcador por estrear. Nos poucos momentos de perigo que houve a registar, Taremi, do lado do FC Porto, não trouxe a mira calibrada e desperdiçou um par de lances, enquanto Matheus Nunes disparou por cima na única oportunidade criada pelo Sporting em todo o jogo (73'). O médio correu uns bons 40 metros em alta velocidade antes de rematar. Já Taremi, no seu lance mais flagrante, desviou um bom cruzamento contra o próprio pé de apoio como só os craques dos jogos de amigos sabem fazer (57'). No cômputo geral, as oportunidades foram tão poucas que nem houve espaço para os guarda-redes brilharem. Face à posição privilegiada em que chegou a este jogo, o Sporting optou por não correr riscos desnecessários e adoptou uma postura expectante, convidando o FC Porto a ter bola e tentar furar a melhor defesa do campeonato até agora. No entanto, por muito solícitos que fossem, os dragões não encontraram forma de dar um pontapé na crise de resultados que têm atravessado neste mês de Fevereiro. Tendo o seu homem mais perigoso em noite não, e não aparecendo o herói improvável que os jogos grandes às vezes escondem, o FC Porto chegaria ao final do jogo à mercê do resultado de outros encontros da jornada para saber que contas fazer. Contas essas que, em qualquer circunstância, não parecem favoráveis aos dragões. Mesmo que todos saibamos que o futebol é uma caixinha de surpresas, este clássico era como que a última saída para o título na estrada que o FC Porto percorre. E o FC Porto não a tomou, mantendo os dez pontos de distância para o topo e ficando ainda mais dependente de demasiadas coisas.
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