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CORTE LIMPO

Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário


Quarta-feira, 25.05.16

FC PAÇOS DE FERREIRA 2015/16

Pelo segundo ano consecutivo o Paços de Ferreira termina a temporada com uma desilusão. Na última jornada de 2014/15, os castores, então sextos classificados, foram derrotados por 3-0 em casa do Nacional, caindo do sexto para o oitavo lugar. Este ano, chegado à derradeira ronda novamente no sexto posto, o Paços voltou a não conseguir vencer e ficou mais uma vez a ver o navio rumo à Liga Europa zarpar mesmo à sua frente. O Rio Ave ficou apenas um ponto acima.

Apesar disso, o Paços não deixa de ser uma das equipas mais simpáticas da I Liga. É incrível como o clube consegue, ano após ano, ter treinadores e equipas capazes de o levar a boas classificações, sem deixar de praticar futebol positivo. Monotonia é coisa que não há quando o Paços de Ferreira entra em campo.

Os castores foram outra das equipas que construíram uma série de jogos a marcar mais longa que FC Porto e Sporting, no caso de dez jogos, entre as rondas 11 e 20. Foi nessa fase que o Paços subiu ao quinto posto, que ocupou entre as jornadas 16 e 20, mas a equipa não conseguiu manter a pedalada e logo entrou num período de oito jogos sem vitórias. O primeiro triunfo da segunda volta só surgiria à jornada 26, e logo fora de casa. E onde mais poderia essa vitória aparecer senão em Guimarães, onde os pacenses perderam apenas por três vezes em 17 visitas a contar para a I Liga.

Na recta final da prova o Paços ainda venceu quatro partidas de enfiada, frente a FC Porto (1-0), União (3-4), Braga (1-0) e Belenenses (0-2), mas fraquejou na pior altura, perdendo com Tondela (1-4) e empatando em Setúbal (0-0) no fecho – curiosamente duas equipas que ainda precisavam de pontos para garantir a permanência. Esses pontos perdidos custaram então caro ao Paços.

O Rio Ave não foi carrasco do Paços de Ferreira apenas no campeonato; também na Taça de Portugal a equipa de Vila do Conde foi feliz, eliminando os pacenses no Capital do Móvel com um triunfo por 1-2, na 5.ª eliminatória.

 

Treinador

Tendo em conta a reputação do clube, Jorge Simão estava no lugar certo para trabalhar em paz. Ainda um novato nas andanças da I Liga, escalão no qual apenas orientara o Belenenses nos últimos nove jogos da época passada, e treinador principal só desde 2013, Simão conseguiu corresponder às expectativas do clube, que sob o seu comando conseguiu alguns resultados dignos de nota, casos da vitórias caseiras sobre FC Porto e Braga, mas também do empate em Alvalade, logo à terceira jornada.

 

Figuras

O Paços de Ferreira foi uma das quatro equipas – as outras foram Benfica, Sporting e Braga – que terminaram a I Liga com dois jogadores a atingir os dois dígitos na coluna dos golos marcados. Bruno Moreira (14 golos) e Diogo Jota (12) foram, por isso, os elementos em absoluto destaque no plantel pacense. Jota despertou mesmo o interesse do Atlético Madrid. O guarda-redes Marafona também chamou a atenção, no caso a do Braga, que o recrutou no mercado de Janeiro. Hélder Lopes e Marco Baixinho foram os esteios da defesa, com Pelé a dar músculo ao meio-campo.

 

Contas finais

Campeonato: 7.º lugar, com 13v, 10e, 11d, 43gm, 42gs, 49 pontos

Taça de Portugal: afastado na 5.ª eliminatória (Rio Ave, 1-2)

Taça da Liga: eliminado na fase de grupos

 

Para mais tarde recordar

18.10.2015, Taça de Portugal – na 3.ª eliminatória, os castores goleiam no recinto da Naval 1.º Maio por 1-7;

12.12.2015, jornada 13 – vence o União por 6-0, igualando a sua maior vitória de sempre na I Liga, que remontava a Março de 2002, então frente ao Salgueiros;

10.04.2016, jornada 29 – ao vencer por 1-0, o Paços somou o seu primeiro triunfo sobre o FC Porto desde 2002/03

 

Para esquecer

03.04.2016, jornada 28 – ao perder por 1-0, o Paços continua sem ganhar em casa do Estoril para a I Liga;

14.05.2016, jornada 34 – o empate a zero no Bonfim afastou o Paços da ida à Liga Europa. Os castores eram sextos classificados à entrada para a derradeira ronda.

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por Miran Pavlin às 13:00

Domingo, 10.04.16

Liga NOS, 29.ª jornada – FC Paços de Ferreira 1-0 FC Porto – Ressaca

O FC Porto que subiu ao relvado da antiga Mata Real estava de ressaca. Não apenas do desaire com o Tondela, mas também da bula que Pinto da Costa emitiu dias antes na antena do Porto Canal. Nessa entrevista, o líder do clube afirmou sem margem para dúvidas que a presente época estava encerrada, servindo os restantes jogos para separar o trigo do joio, no sentido de aferir com quem se pode contar para a campanha 2016/17.

Nesta era titubeante que o FC Porto atravessa, essas declarações foram tudo menos bem-vindas, na medida em que significaram um esvaziar de objectivos competitivos que não podia dar bom resultado. E assim, no espaço de uma semana, os dragões duplicaram a distância a que estavam da liderança – de seis para doze pontos – além de terem definitivamente hipotecado as possibilidades de assegurar entrada directa na próxima edição da Liga dos Campeões – o próprio título ainda era possível antes desta mini-queda livre, mas face à tendência geral talvez não passasse de um sonho louco, por muito que o futebol e o inesperado tantas vezes andem de mãos dadas.

Se no último jogo só restou ao FC Porto tapar o rosto para esconder a vergonha, aqui ainda houve margem para deixar os olhos a descoberto. Em parte porque os dragões foram um pouco mais mexidos em campo, mas também porque o Paços de Ferreira jogava em casa, tem argumentos de que o Tondela não dispõe e segue mais bem colocado na classificação. Não quer isto dizer que os castores tenham feito uma exibição de encher o olho, porque na verdade o jogo foi nivelado por baixo. O Paços não quis arriscar e o FC Porto fez, como o presidente sugeriu, um jogo de início de pré-época, com pouca intensidade e pouca objectividade.

As oportunidades contam-se pelos dedos da mão. Enquanto o FC Porto apenas apareceu em esporádicos remates que nem sempre saíram perto da baliza, o Paços de Ferreira capitalizou naquela que foi porventura a única oportunidade de golo que construiu, nascida de uma perda de bola de Layún. O pacense Bruno Santos ficou com caminho livre para tirar um cruzamento desde a direita, que encontrou Diogo Jota, cujo remate à entrada da pequena área ainda bateu em Martins Indi antes de se anichar nas redes de Casillas. Jogava-se o minuto 80, e o FC Porto ainda teve tempo de colocar à prova Defendi. O guardião brasileiro do Paços fez jus ao nome, e negou as duas investidas de André Silva com duas boas defesas, particularmente a segunda, na qual tirou a bola do seu ângulo superior esquerdo. Estes lances não devem apagar as dificulades que os azuis-e-brancos sentiram em chegar à área contrária depois do golo.

Ficou então por esclarecer quem serão os nomes em melhor posição para atacar a próxima época. Não é a única dúvida no ar neste momento. Falta também saber se a resposta ao desafio lançado por Pinto da Costa ficou adiada para os restantes cinco jogos de campeonato, ou se os adeptos portistas terão que assistir a uma via sacra antes da final da Taça de Portugal.

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por Miran Pavlin às 22:00

Sábado, 05.12.15

Liga NOS, 12.ª jornada – FC Porto 2-1 FC Paços de Ferreira – Noite mexicana

Jogava-se há oito minutos quando Bruno Moreira escreveu mais um rodapé da História, ao abrir o activo para o Paços de Ferreira. Faltava uma semana e pico para o FC Porto completar um ano sem sofrer golos no Dragão em jogos da I Liga. Esquecido na área, o avançado pacense quebrou então a longa sequência dos dragões, oferecendo à sua equipa uma prenda inesperada.

Foi aí que o jogo efectivamente começou. Com o Paços a fechar-se na sua concha, o FC Porto teve que recorrer à estratégia habitualmente usada para resolver 15 dos 17 jogos caseiros de cada campeonato: espalhar a equipa pelos últimos 40 metros do relvado e bater até a pedra furar. Os golos mais uma vez apareceram em quantidade suficiente. Quando assim é, as outras questões tendem a ficar em segundo plano. Lateralizar, cruzar, voltar atrás e começar de novo, mudar de flanco e procurar desequilíbrios aqui e ali foi mais uma vez suficiente, mas será que chega para resolver o campeonato no seu todo? No fundo, o FC Porto de hoje teve a mesma cara de tantos outros jogos. É só quando os golos não surgem que se nota realmente que a equipa parece não ter um plano B, ficando refém da ansiedade.

Não foi o caso esta noite, portanto. O FC Porto conseguiu criar ocasiões de golo em proporção ao volume de jogo que teve junto ao último reduto dos castores. O empate apareceu aos 29 minutos, com Corona a desmarcar-se pelo meio e a finalizar com classe, após solicitação de Brahimi. Aos 64, foi outro mexicano a ser protagonista. Acreditando que era possível retirar algo de uma bola que parecia perdida, Herrera pressionou Marafona e Marco Baixinho, que sentiram tanto a bola a queimar que o segundo acabou por derrubar o médio portista. Foi a primeira grande penalidade de que o FC Porto beneficiou esta época, contabilizando todas as provas. Como a noite estava a ser dos mexicanos, foi Layún quem converteu o castigo máximo, fixando o resultado final.

O FC Porto teve então muitas oportunidades para alargar o marcador, mas Aboubakar primou pelo desperdício. Nem isolado frente a Marafona o camaronês teve a lucidez necessária para fazer o mesmo que Corona fizera no lance do primeiro golo.

A dança das substituições começou imediatamente a seguir ao 2-1. André André foi o primeiro a ir descansar (66’), seguido de Brahimi (78’) e Herrera (88’). Desta vez não houve experiências. Todas as trocas serviram para refrescar a equipa, mas nenhum dos suplentes utilizados (Danilo Pereira, Tello e Evandro) mudou o que quer que fosse na face do jogo. O Paços ainda teve um lance que passou perigosamente perto da baliza de Casillas, mas não conseguiu entornar o balde de água fria em cima do fim.

Com os três pontos no bolso, o FC Porto segue agora para um dos jogos mais importantes da época. A visita a Stamford Bridge, na quarta-feira, decide o futuro imediato dos dragões nas provas da UEFA.

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por Miran Pavlin às 23:00

Sábado, 06.06.15

FC Paços de Ferreira 2014/15 – 8.º lugar – 12v, 11e, 11d, 40gm-45gs, 47 pts

Paulo Fonseca fez aquilo que poucos treinadores fazem depois de treinar um grande: voltou ao leme de um clube menos proeminente, neste caso precisamente aquele que deixara em 2013. Era uma situação vantajosa para ambas as partes, que precisavam recuperar de uma temporada 2013/14 muito aziaga. Fonseca não deu conta do recado no FC Porto, enquanto o Paços só garantiu a manutenção num playoff diante do Desportivo das Aves.

As segundas núpcias do técnico na Capital do Móvel deram certo, já que além de reabilitar a sua própria imagem, devolveu o Paços ao futebol positivo que se tornou imagem de marca do clube. O arranque, no entanto, foi mais uma vez duro. Se em 2013/14 o Paços defrontou FC Porto e Benfica dentro das primeiras quatro rondas, desta vez os dois gigantes eram nada menos que os dois primeiro adversários e os castores nem sequer um ponto salvaguardaram.

Daí para a frente foi sempre a subir. Com efeito, o Paços começou em 16.º lugar, galgando posições consecutivamente até à nona jornada, na qual atingiu, imagine-se, o quarto posto, ao cabo de uma goleada sobre o Setúbal (4-1). Seguiu-se um meritório empate em Alvalade (1-1), seguido de nova igualdade, agora caseira com o Estoril (1-1). Os castores contavam então nove jogos sem perder, com cinco triunfos e quatro empates, mas não conseguiram manter o ritmo e as vitórias começaram a custar mais a aparecer.

Apesar disso, o Paços estava estabilizado na primeira metade da tabela. Moveu-se entre o sexto e o oitavo lugar até final do campeonato, e foi infeliz em não conseguir um lugar europeu, até porque era a equipa melhor colocada para tal à entrada para a derradeira ronda, onde defrontava um adversário directo. A derrota por 3-0 na Choupana nesse último dia foi um castigo imerecido. Ultrapassados por Belenenses e pelo próprio Nacional, os pacenses viram fugir o lugar nas pré-eliminatórias da Liga Europa no último suspiro.

Pelo futebol apresentado, o Paços de Ferreira merecia o acesso à UEFA mais que o Belenenses. Contabilizando apenas o campeonato, porque nas duas taças os castores acabaram por passar ao lado. Na Taça de Portugal ainda golearam por duas vezes, frente a Atlético de Reguengos (4-0) e Riachense (9-0), mas seriam surpreendidos em casa pelo Famalicão (1-2) nos oitavos-de-final; já na Taça da Liga despediram-se mal entraram em prova, na segunda fase, perdendo em duas mãos com o União da Madeira (6-4 no agregado).

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por Miran Pavlin às 15:25

Domingo, 01.02.15

I Liga, 19.ª jornada – FC Porto 5-0 FC Paços de Ferreira – Faltam palavras

Mais uma jornada, mais uma vitória, a quarta em que o FC Porto atinge a marca dos cinco golos. Começam a faltar palavras para descrever tantos jogos que parecem saídos da mesma linha de montagem. Não quer isto dizer que os portistas estejam prestes a verter lágrimas de alegria pelos resultados mais robustos que a equipa tem conseguido. São antes as similitudes entre este jogo e outras noites de 2014/15 que dificultam a prosa.

Mais uma vez o FC Porto entrou forte, pressionou e ao fim de meia hora finalmente quebrou uma equipa para quem a defensiva adversária ficava longe demais. O autor do golo? Jackson Martínez, pois. O colombiano marcou pelo sexto jogo caseiro em dez possíveis na I Liga. É praticamente um picar de ponto.

Desta vez o FC Porto nem sequer esperou pela segunda parte para fazer crescer o marcador. Ao intervalo já se registava um 3-0 que permitiria aos dragões encararem o resto do jogo em velocidade de cruzeiro. O que não significou que não quisessem mais, como ficou claro logo aos 46 minutos, quando Herrera fez o quarto golo à boca da baliza, após trabalho de Jackson na esquerda. Também Tello, tantas vezes inócuo, aproveitou para mostrar dotes, fechando o resultado na cobrança irrepreensível de um livre directo (83’). Na gaveta.

O momento da noite tinha aparecido muito antes (44’), na forma de uma trivela de Quaresma saída dos livros de história. O golo que o Cigano há muito procurava. Era o seu segundo no jogo, quatro minutos depois de marcar na conversão de um castigo máximo.

O Paços de Ferreira, como se refere acima, mostrou pouco – ou nada – daquilo que exibira na jornada anterior, mas ainda teria um momento que quase dava um grande golo. O tiro de Seri explodiu na trave, fazendo ricochete para fora (48’).

Na próxima jornada o FC Porto entra em campo primeiro. O adversário é o Moreirense e o jogo é de vida ou morte, porque no dia seguinte há um encontro que inevitavelmente terá implicações que concernem directamente ao FC Porto. É o Sporting-Benfica. Porventura não se quereriam defrontar já.

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por Miran Pavlin às 23:45

Sábado, 23.08.14

Liga, 2.ª Jornada – FC Paços Ferreira 0-1 FC Porto – Poupanças?

sapodesporto

O FC Porto pode dar-se por feliz por este jogo pertencer à temporada 2014/15, porque se esta exibição um tanto ou quanto desligada tivesse ocorrido em 2013/14, os dragões não teriam conseguido vencer. Terá sido a mudança de estado de espírito colectivo que uma nova temporada traz a oferecer os três pontos, com o golo a aparecer mesmo num dia menos bom.

Principalmente na segunda parte, o FC Porto foi uma equipa passiva, que falhou muitos passes, nem sempre jogou bonito, e permitiu ao Paços de Ferreira terminar o jogo com bastantes mais oportunidades de golo, levando os não-portistas e os neutros a pensar que quem merecia vencer esta partida seriam os castores.

Contudo, o inevitável Jackson Martínez apareceu ao segundo poste a desviar para o único golo do jogo, aos 40 minutos de uma primeira parte pouco emocionante, em que o FC Porto sofreu o primeiro revés da época, ao ver Tello lesionar-se sozinho ao fazer um pique.

Depois do intervalo o Paços de Ferreira assumiu as despesas do jogo, mas o desacerto dos seus atacantes impediu males maiores para as redes de Fabiano, com o inusitado Minhoca a mostrar alguns bons pormenores.

Aos pacenses saiu a fava do calendário, defrontando Benfica e FC Porto nas primeiras jornadas, mas este jogo era de facto muito importante, não tanto pela questão classificativa – não é destes pontos que o Paços precisa para o seu campeonato –, mas antes porque era uma oportunidade de Paulo Fonseca, regressado a um banco que conhece, exorcizar fantasmas da sua passagem pelo FC Porto.

E foi bem visível o quanto o Paços queria retirar um resultado positivo deste encontro, não apenas pela entrega demonstrada pelos jogadores, mas também pelo número de vezes que os elementos do banco se levantaram em conjunto a contestar as decisões mais apertadas do árbitro Manuel Mota.

Poderá ser o regresso do FC Porto às poupanças em véspera de jogo europeu – Julen Lopetegui assumiu na sala de imprensa que “a equipa estava cansada” – mas enquanto não há resposta definitiva para esta questão, é mais premente perceber o que se passa com Ricardo Quaresma, que sentiu o pulso firme do técnico após o mal-estar de Lille, e ficou de fora desta deslocação.

Se para o Paços de Ferreira o campeonato começa agora, o FC Porto aguarda que a convocatória para o jogo de retorno contra os franceses traga outra luz sobre a questão Quaresma. Falando em luz, no próximo fim-de-semana há um Benfica-Sporting do qual o FC Porto pode retirar dividendos classificativos caso bata o Moreirense.

Fora do campo falta ao FC Porto a calma que só uma janela de transferências fechada proporciona. Para quando a antecipação do fecho para 31 de Julho?

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por Miran Pavlin às 22:30

Segunda-feira, 26.05.14

Balanço da época 2013/14 - Parte V

sapodesporto

GIL VICENTE FC

O clube de Barcelos respirou de alívio ao conseguir a permanência a um jogo do fim. Foi uma temporada de sobressaltos, que incluiu, descontando um jogo de Taça que foi a grandes penalidades, uma série sem vencer entre o início de Novembro e o início de Março.

O arranque do Gil Vicente foi auspicioso, vencendo a Académica (2-0), levando o Benfica ao desespero na Luz – o Gil perdeu por 2-1 com o Benfica a marcar só na compensação – e derrotando a seguir o Braga (1-0), com o golo a aparecer quando os gilistas já jogavam com nove unidades.

A fase negra chegaria, curiosamente, após uma série de três vitórias. Tanto tempo sem vencer leva a questionar como terá conseguido aguentar-se o treinador João de Deus, dada a impaciência dos dirigentes portugueses quando as séries negativas parecem não terminar.

O guarda-redes Adriano realizou uma temporada de qualidade, assim como Luís Martins, César Peixoto e Diogo Viana.

O médio brasileiro Luan, que marcou ao Braga, não foi a mais-valia que se esperava, bem como os ex-portistas Bruno Moraes e Cláudio Pitbull.

 

 

CF OS BELENENSES

Se o Gil Vicente respirou de alívio, o Belenenses terá soltado um longo suspiro quando Carlos Xistra apitou para o final do último jogo.

Só aos 87 minutos dessa recepção ao Arouca é que os azuis viram a luz aparecer no fundo do túnel, através de um golo de Deyverson. Antes disso, foi sofrer a bom sofrer, não só nesse jogo em particular, mas em todo o campeonato.

Pese embora tenha roubado pontos a Benfica e FC Porto, o Belenenses parecia ter tudo contra si. Logo na primeira jornada perdeu no Restelo com o Rio Ave (0-3), só à 5.ª jornada conseguiu vencer, e viu o treinador Mitchell van der Gaag desfalecer no banco e ser forçado a abandonar.

O seu adjunto Marco Paulo ficou então com as rédeas da equipa, mas não deu conta do recado e cederia o lugar a Lito Vidigal, que operou um verdadeiro milagre em salvar o clube da descida.

Para o confirmar bastará referir que o Belenenses foi a primeira equipa a conseguir a manutenção com apenas 19 golos marcados – o pior ataque da Liga. Por pouco que ser a quinta melhor defesa (33 golos) não valeria de nada. O Belenenses esteve mesmo sete jogos consecutivos sem marcar, entre as jornadas 10 e 16.

Eliminado da Taça em casa, nas grandes penalidades contra a Académica, o Belenenses teve o seu pior momento da época na Taça da Liga, ao perder em Braga por 5-0.

 

 

FC PAÇOS DE FERREIRA

O Paços foi do céu ao inferno. Não serei o primeiro a escrever estas palavras, mas não há outro prisma por onde ver a carreira pacense, depois de começar a época a jogar o play-off da Liga dos Campeões e terminar jogando o inédito play-off manutenção/descida.

As derrotas com o Zenit (1-4 em casa e 4-2 fora), naturais tendo em conta a diferença entre as equipas, não caíram bem na massa associativa pacense, que não mais deu descanso ao técnico Costinha.

O antigo médio apenas saboreou uma vitória, num jogo louco em casa do Marítimo (3-4), em que os castores estiveram três vezes a perder, cedendo o lugar a Henrique Calisto à oitava ronda.

Substituir um treinador novato por um mais experiente de pouco adiantou. Os alarmes da despromoção continuaram a tocar, a primeira volta fechou com parcos nove pontos – até o Olhanense tinha mais por esta altura – e a inversão da tendência teimava em não chegar.

Com Jorge Costa a orientar a equipa nos últimos dez jogos, foi graças à vantagem no confronto directo que o Paços jogou o play-off contra o Aves, onde finalmente selaria a permanência entre os grandes.

O Aves não conseguiu repetir a gracinha do jogo dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, quando venceu na Mata Real com dois golos de Jaime Poulson, atleta emprestado justamente pelo Paços de Ferreira.

Apesar das contrariedades, Bebé assumiu-se como o homem em foco nos pacenses, que bem podem agradecer os seus inúmeros golos.

 

 

SC OLHANENSE

Cinco anos depois, o Olhanense regressa à Liga 2, ao cabo de uma época cheia de problemas, a começar pelos financeiros, que impediram que o plantel fosse mais que uma manta de retalhos cosida à pressa.

Demasiadas nacionalidades resultaram numa equipa à deriva, dependente de rasgos individuais, quase sempre do italiano Dionisi. Além dos transalpinos (ainda havia Sampirisi e Bigazzi), o plantel continha jogadores de Eslovénia (Belec), França (Coubronne), Albânia (Mehmeti), Croácia (Serić), Nigéria (Balogun) e Dinamarca (Krøldrup).

Ter um treinador em estreia também não ajudou a causa dos algarvios. Abel Xavier, com uma postura desafiante, de punho cerrado e discurso emocionado, duraria apenas oito jornadas, em que somou outros tantos pontos.

Paulo Alves tomou então conta da equipa mas resistiu ainda menos jornadas, dando lugar a Giuseppe Galderisi, italiano de figura semelhante a Jorge Jesus. Apesar do seu vigor no banco, os resultados positivos não apareceram e o rumo dos acontecimentos não se inverteu, mesmo que uma vitória sobre o FC Porto na penúltima ronda tenha feito sonhar.

Uma semana mais tarde, a realidade: o Olhanense era despromovido. Da última vez que abandonou o escalão maior, demorou 34 anos a regressar. Tendo em conta as suas dificuldades financeiras, quantos demorará agora?

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por Miran Pavlin às 09:27

Domingo, 09.02.14

FC Porto 3-0 FC Paços de Ferreira - Resultado cheio em noite vazia

sapodesporto

Este jogo parecia estar condenado a ser uma nota de rodapé da jornada 18, uma vez que estava previsto que decorresse à mesma hora do Benfica-Sporting. Só que o vento decidiu fazer das suas na capital, e as complicações daí resultantes obrigaram ao adiamento do dérbi.

Atenções centradas, então, no Dragão, para mais uma partida que o FC Porto venceria sem grande brilho. O resultado pode indiciar um jogo tranquilo, mas o adjectivo apenas se aplica ao desenrolar do jogo em si, já que o resultado se manteve em 1-0 ao longo de toda a segunda parte, com os restantes golos a surgirem na recta final do encontro.

O FC Porto entrou descolorido mais uma vez, num fim de tarde de chuva e com bancadas praticamente vazias. Helton foi o primeiro a ser forçado a trabalho extra ao desviar para canto dois remates perigosos por parte do Paços, e seria já a caminho do intervalo que uma grande penalidade convertida por Quaresma desencravou o resultado.

A segunda metade seria um bocejo, com um FC Porto conformado com a vantagem mínima e a praticar um futebol vazio de conteúdo, e um Paços de Ferreira incapaz de romper novamente até à baliza de Helton.

Nota ainda para o regresso de Abdoulaye ao onze titular, imediatamente após ter sido resgatado ao Vitória de Guimarães.

O adiamento do jogo entre grandes – entretanto remarcado para a noite de terça-feira – permite ao FC Porto fazer pressão através dos pontos. E tal como escrevi na análise ao Marítimo-Porto, aqui está a falta que os pontos desse jogo dos Barreiros faria agora. Caso tivesse ganho essa partida, neste momento o FC Porto seria líder. Provisório. Mas líder.

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por Miran Pavlin às 22:42

Quarta-feira, 04.12.13

Sporting 4 - Paços de Ferreira 0 - Em piloto automático

 

Desta vez a minha habitual crónica chega com um pequeno atraso. Geralmente costumo escreve-la ainda no próprio dia do jogo, "a quente" mas desta vez não foi possível. Primeiro porque estive em Alvalade no domingo, e depois porque o Sapo não me deixou fazer login durante o dia de ontem... mas resolvidos os problemas, é tempo de voltar ao jogo. 

Nas crónicas anteriores muito tenho falado nas mudanças ao nível do futebol, mas no domingo pude aperceber-me de outras mudanças (na minha opinião, para melhor) que ocorreram. No tempo que esperei ao frio, antes do começo do jogo, gostei de ver a aproximação ao sócio que neste momento ocorre: vários passatempos no relvado, prémios & um mestre de cerimónias muito competente. A iniciativa do 12º jogador, em que o vencedor tem a hipótese de aparecer na foto da equipa tirada antes do começo do jogo, é simplesmente excelente. 
Quanto ao jogo, felizmente não há uma grande história para contar. O Paços de Ferreira vinha a Alvalade jogar no erro do adversário, mas cedo sofreu o golo que fez desabar a estratégia. Sem exercer um domínio avassalador ou criar muitas oportunidades, o Sporting foi dominando os acontecimentos e foi com naturalidade que dilatou o resultado na segunda parte. Creio que os momentos de maior emoção ofensiva ocorreram nos últimos 10 minutos, após a entrada de Wilson Eduardo e Slimani (este último em estado de graça entre os adeptos), desejosos de mostrar serviço. Como tenho dito, este foi um jogo muito mais à medida de André Martins, permitindo-lhe ser muito mais influente no jogo da equipa.

 

Destaco Montero (mais dois golos), William Carvalho (um verdadeiro pilar nesta equipa), Adrien (importante até por sair por lesão), Cédric (a responder muito bem à ameaça de Piris), André Martins (finalmente em destaque) & Capel (muita raça e responsável pela maior parte dos ataques da equipa).

 

Como sempre, Carrillo esteve no melhor e no pior. Vai ser um caminho bastante longo até se tornar num jogador verdadeiramente fiável... infelizmente noto que as bancadas já não têm grande paciência. Uma nota final para a entrada de Gérson Magrão, na minha opinião, um bom jogador, com algo para dar à equipa, mas que em condições normais não terá grandes oportunidades para jogar. 
De forma surpreendente, à 11ª jornada, o Sporting vê-se na frente do campeonato, empatado com o Benfica. É um prémio justo para a consistência desta equipa, que tem jogado um futebol positivo, ofensivo, ganhando e convencendo. A diferença para os rivais é óbvia (como se viu nos confrontos directos), mas a forma séria como tem encarado todos os jogos tem sido o verdadeiro factor X. Segue-se o Gil Vicente, uma equipa bem organizada que tem vindo a fazer um campeonato tranquilo. 

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por Kirovski às 10:00

Terça-feira, 17.09.13

Benfica 3 - Paços de Ferreira 1

Os jogos do nosso campeonato lá voltaram e o Benfica teve um encontro com o Paços de Ferreira, uma equipa que está com uma crise enorme de resultados e felizmente assim continuou. 

 

Posso dizer que tive curiosidade de ver como o Siqueira iria jogar, estando já à espera que fosse melhor que Bruno Cortez e foi mesmo o que aconteceu. Outra das grandes curiosidades era ver de novo Cardozo a titular, desta vez teve quase 2 semanas para se preparar, mas mesmo assim acho prematura a inclusão deste no 11 inicial.

 

Digamos que o Benfica jogou com um 11 estranho, visto que as lesões nos tem fustigado de forma quase cruel. O guarda redes foi o mesmo, o quarteto defensivo era o que se esperava, mas o meio campo é que esteve diferente. Enzo estava na direita no lugar de Salvio, e Markovic no lado esquerdo no lugar de Gaitan, sendo o miolo composto pelo o expectável Matic e com Rúben Amorim. No ataque Lima e Cardozo, os craques do ano passado.

 

O Benfica começou bem, não super bem, mas fez o necessário para que aos 25 minutos já tivesse a ganhar 2-0. O Paços de vez em quando assustava devido à sua velocidade no ataque, que aliada a lentidão defensiva do Benfica ainda mais efeito tinha. O ponto crucial do jogo foi quando Rúben Amorim se lesionou e deu lugar à entrada a Fejsa, a partir deste momento acho que o Benfica dominou o meio campo defensivamente, o jogador entrou bem e deu um pulmão ao meio campo do Benfica, jogador que poderá ser importante quando o Benfica necessite de proteger uma vantagem ou que queira ter uma linha defensiva mais protegida. De resto, o Paços marcou numa azelhice defensiva Benfiquista, tendo esse golo logo uma resposta da parte do Benfica que conseguiu num canto alargar de novo a vantagem. 

 

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Voltando a fazer a cotação dos jogadores, hoje temos o tema filmes de terror / suspense.

 

5 estrelas - Psyco, um filme cheio de suspense que nos deixa sempre a pensar quem será a próxima vitima.

 

Garay - depois de golos só lhe posso dar 5 estrelas. Não vejo mais ninguém ao nivel dele este jogo.

 

4 estrelas - A história de duas irmãs. Aqui o clima é mais terrorífico  deixando sempre aquele formigueiro na barriga.

 

Enzo - Finalmente uma boa exibição, fisicamente vejo-o melhor.

 

Fejsa - Dominou o meio campo, passes acertados e cortes com qualidade.

 

Siqueira - Bom jogo, tanto defensivamente como ofensivamente.

 

Maxi - Está a subir de rendimento, já vejo outra disponibilidade física.

 

3 estrelas - The Cave - filme típico, mas que dá gosto de ver

 

Matic - a jogar bem mas sem impressionar. Se isto é o pior de Matic, não fico triste de o ver jogar mal.

 

Lima - esforçado, tenta dar dinâmica ao ataque, mas anda a falhar na altura de meter a bola lá dentro.


Ruben Amorim - esteve em campo até ao 2-0 do Benfica, um jogador que nos tráz uma certa regularidade, mas de certa forma Fejsa esteve melhor.


Markovic - um pouco desaparecido, acho que o lado esquerdo não lhe faz muito bem. Mesmo assim teve influencia nos golos do Benfica.


Luisão - Regular, mas a sua falta de velocidade foi importante no golo sofrido.


2 estrelas - Audition - perturbador sim, muito parado sim ... não combina comigo

 

Cardozo - falta ritmo, falta ganhar bolas pelo ar, falta proteger a bola ... parece que estou a falar de Cardozo, mas habitualmente ele sobe no ranking quando consegue meter a bola lá dentro

 

André Almeida - Entrou e pouco fez

 

Ola John - Outro que entrou e pouco fez

 

Artur Moraes - mais um erro à lá final da taça de portugal, felizmente não deu em nada. Acho que no golo do Paços poderia ter ido mais a matar...

 

1 estrela - Swaney : Flesh of Man - aquele tipo de filme que parece que foi feito para retardados... mesmo assim tem 1 estrela, há os tais que nem isso merecem.

 

Ninguém felizmente 



Para finalizar, o Benfica não consegue ter o mesmo ritmo durante um jogo inteiro, espero que o continua do campeonato e com as soluções que temos que isso aconteça de uma forma regular.

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por SamuelOkunowo às 00:06



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