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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
SL BENFICA
A presente temporada foi em tudo semelhante a 2012/13. Só a última peça do puzzle foi diferente.
No ano transacto, quando parecia encaminhar-se para três títulos, o Benfica ficou de mãos a abanar; esta época somou três dos possíveis quatro. Pelo meio dos dedos escapou a Liga Europa, perdida nas grandes penalidades contra o surpreendente Sevilha, entre queixas de conluio para afastar o Benfica do troféu.
A nível interno nada fugiu aos encarnados. A trajectória na Liga foi irrepreensível, pontuada por escassas duas derrotas, no arranque e no término da prova, com a curiosidade de não ter conseguido vergar na Luz os recém-promovidos Belenenses e Arouca.
Tanto na Taça de Portugal como na Taça da Liga o Benfica esteve intratável, perdendo apenas um jogo, no Dragão, na primeira mão das meias-finais da prova rainha. Em ambas as finais defrontou o Rio Ave, a quem não permitiu veleidades, apesar de no encontro do Jamor ter sido notório que o cansaço dos jogadores era já muito, numa temporada que se aproximou dos 60 jogos.
Na euforia do Santo António antecipado que tomou conta da metade encarnada de Lisboa, um pormenor ficou esquecido: falta dimensão europeia total ao Benfica, por muito que as presenças consecutivas em finais indiquem o contrário. Na Liga dos Campeões o Benfica foi vulgarizado em Paris e travado pelo Olympiakos nos dois jogos, não indo além da fase de grupos, apesar dos dez pontos conquistados. Sem retirar qualquer mérito ao percurso do Benfica na Liga Europa, a derrota na final voltou a mostrar que falta esse estofo para dar o passo derradeiro.
Uma nota também para Jorge Jesus, que na hora da vitória, ao contrário da generalidade dos treinadores, em vez de enaltecer o trabalho dos jogadores, continua a chamar para si os louros.
Críticas à parte, o Benfica é um justo vencedor das três provas nacionais.
SPORTING CP
Depois do pior ano da sua história, o Sporting regressou ao primeiro plano do campeonato à base da prata da casa, com alguns trunfos à mistura – numa primeira fase Montero, e mais tarde Slimani.
A entrada de leão, com goleadas sobre Arouca (5-1) e Académica (0-4), tranquilizou o jovem conjunto leonino, que foi avançando firme pelo campeonato.
Os pontos cedidos em casa, nos empates com Rio Ave, Nacional e Académica revelaram-se cruciais, mas o facto de não ter roubado pontos suficientes aos outros grandes também contribuiu para o segundo posto final. As derrotas no Dragão e na Luz indicam que o Sporting ainda tem caminho a percorrer, e que 2013/14 seria mesmo o ano zero preconizado pela direcção do clube.
A postura agressiva do presidente Bruno de Carvalho rendeu diversas polémicas, nomeadamente o folhetim Taça da Liga, que atrasou em cerca de dois meses a realização de uma das meias-finais. Entre declarações e entrevistas mais ou menos controversas – o chamado movimento basta terá sido um exagero – e também com a ajuda dos resultados positivos em campo, a estratégia congregou os adeptos como há muito não acontecia em Alvalade.
A saída da Taça de Portugal foi também ela indigesta, em mais um jogo louco com o Benfica (4-3), decidido num golo caricato no prolongamento – os últimos três jogos de Taça entre águias e leões tiveram nada menos que 21 golos – mas libertou espaço para preparar a equipa para os encontros do campeonato.
A falta de jogos europeus foi uma faca de dois gumes. Por um lado evitou que a equipa se distraísse e desgastasse, mas por outro não permite o crescimento competitivo que só as partidas internacionais trazem.
A avaliar pelo que transparece deste final de época, a exigência aumentará para o ano. Já haverá a pressão de lutar pelo título, e o regresso dos jogos da UEFA obriga a que o plantel seja construído de acordo com as exigências. Já o técnico Leonardo Jardim o havia dito durante a época.
Jardim foi mesmo o primeiro treinador a não terminar a época queimado desde Paulo Bento. O resultado são os rumores de uma transferência para o agora milionário Mónaco. À data em que escrevo ainda não há certezas sobre este dossier, mas Marco Silva já é o senhor que se segue no banco de Alvalade.
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