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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Tempos houve em que a Choupana era a casa dos horrores da I Liga. Muito boa gente por lá passou e saiu não apenas derrotada, mas também goleada. Esses anos são hoje uma memória distante, e o único factor de perturbação para quem visita o reduto do Nacional é mesmo o nevoeiro, que ano após ano obriga à interrupção ou adiamento de um par de jogos. É certo que esta época os alvinegros até venceram oito partidas caseiras, mas esse número fica longe das treze conseguidas em 2003/04, que ainda hoje são recorde do clube; e só um pouco aquém das dez somadas na pretérita temporada.
As vitórias foram justamente aquilo que escasseou no trajecto do Nacional, principalmente durante a primeira volta. Os insulares dobraram o campeonato no 15.º lugar, tendo averbado apenas quatro triunfos nessas 18 jornadas. Além disso, nessa altura o Nacional estava numa série de oito jogos sem vencer, que só seria quebrada na jornada 20, quando bateu o Tondela por 3-1.
Na época passada o Nacional renasceu por alturas da viragem do campeonato; este ano o ressurgimento demorou mais a aparecer. Os problemas defensivos terão sido a causa principal desse atraso, já que o Nacional sofreu golos consecutivamente entre as jornadas 11 e 23. As quatro vitórias que se seguiram, frente a Paços de Ferreira (3-0), Boavista (0-1), Rio Ave (1-0) e Guimarães (3-2) constituiriam o melhor período da época, fazendo o Nacional pular cinco posições na classificação, até ao décimo lugar. A jornada 29 traria uma vitória por 4-1 sobre o Estoril, mas até final não haveria mais triunfos, e a equipa acabou por estacionar no 11.º lugar. O Nacional subiu acima do décimo posto apenas em seis das 34 jornadas.
O treinador Manuel Machado, apesar de toda a sua experiência, não conseguiu encontrar antídoto para o maior dos problemas da equipa: vencer como visitante. Na I Liga, tal aconteceu apenas por duas vezes. Em Guimarães (0-1), numa “traição” ao seu clube do coração, e no Bessa, como se escreve acima. Na Taça de Portugal os alvinegros venceram com naturalidade (0-6) em casa do Mosteirense, dos Distritais, mas assim que a capacidade dos adversários aumentou, também cresceram os problemas. Na 5.ª eliminatória foram precisas grandes penalidades para vergar o Desportivo das Aves, da II Liga, depois de um 2-2 ao cabo de 120 minutos de jogo. Nos quartos-de-final, novamente frente a um adversário do escalão secundário, no caso o Gil Vicente, o Nacional perdeu mesmo (1-0).
O trabalho de Manuel Machado, contudo, parece ser reconhecido, uma vez que o técnico está à frente do Nacional há já três épocas e meia. Machado é também um dos treinadores com mais jogos na I Liga, tendo completado 403 partidas, ao serviço de diversos emblemas. Dos treinadores actualmente no activo na Liga NOS, só Jorge Jesus supera Manuel Machado em número de jogos.
O Nacional não teve no seu plantel figuras que se destacassem sobremaneira. O melhor marcador na I Liga, com dez golos, foi o brasileiro Soares, seguido de Salvador Agra, que apontou nove; Rui Correia terminou com cinco golos. O Nacional foi, juntamente com o Guimarães, a equipa que beneficiou de mais auto-golos, num total de quatro. Dois deles surgiram na visita à Académica, num jogo que terminou 2-2.
Contas finais
Campeonato: 11.º lugar, com 10v, 8e, 16d, 40gm, 56gs, 38pts
Taça de Portugal: eliminado nos quartos-de-final
Taça da Liga: eliminado na fase de grupos
Para mais tarde recordar
23.08.2015, jornada 2 – venceu pela primeira vez o União em jogos de I Liga.
Para esquecer
13.01.2016, Taça de Portugal – eliminado em casa do Gil Vicente, após derrota por 1-0.
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