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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Nos últimos anos o Nacional vinha deslizando progressivamente pela classificação abaixo. Quintos classificados em 2013/14, os alvinegros fizeram depois um 7.º e um 11.º lugares, que em ambos os casos disfarçaram épocas difíceis, em que o Nacional começou mal e só endireitou por volta do meio do campeonato. Desta vez, o mal não conheceu cura, e os insulares desceram mesmo de divisão, ao fim de 15 temporadas de I Liga recheadas de sucessos, nomeadamente as cinco participações europeias, em resultado de classificações nos primeiros cinco lugares.
As quatro derrotas nas jornadas iniciais foram um soco no estômago do qual o Nacional nunca recuperou. As jornadas 5 e 6 trouxeram duas vitórias – Marítimo (c) e Feirense (f) – mas o ânimo terminou por aí. Esses triunfos totalizaram metade dos conseguidos pelo Nacional em todo o campeonato, e foram sucedidos por nada menos que seis, e depois 14 jogos sem ganhar, a mais longa sequência da época. O triunfo no Estoril (0-1, 28.ª jornada) seria o último de uma equipa que passou 24 jornadas na zona de despromoção, lá permanecendo em definitivo desde a ronda 16.
O Nacional nunca esteve irremediavelmente longe da salvação, mas sem ganhar nunca se conseguiu aproximar dos últimos emblemas a salvo, e ficou matematicamente despromovido à jornada 31. Promovido em 2002 juntamente com a Académica, o Nacional reencontrá-la-á agora na II Liga, um ano depois da descida dos estudantes.
TREINADORES
Manuel Machado desta vez não conseguiu inverter a curva descendente da equipa como nos anos anteriores e acabou por sair após a 15.ª jornada.
Para o lugar do técnico minhoto veio Predrag Jokanović, homem que se confunde com o futebol madeirense e que já tinha tomado conta do Nacional noutros momentos difíceis. O treinador sérvio teve que assistir ao massacre da sua equipa no Dragão (7-0, a derrota mais robusta do ano) e demitir-se-ia ele próprio ao fim de 11 partidas (seis empates, cinco derrotas). João de Deus ficou com a dolorosa das oito jornadas finais, somando uns magríssimos quatro pontos.
FIGURAS
O argelino Hamzaoui fez cinco golos, três deles na visita ao Feirense (0-3), no que parece uma anomalia no panorama global da equipa, que teve em Salvador Agra a capacidade de luta que outros jogadores porventura não tiveram. O guarda-redes Adriano, muito solicitado entre os postes na descida do Gil Vicente em 2014/15, viveu uma situação semelhante esta época. Pela negativa, Aly Ghazal; o egípcio marcou nada menos que três auto-golos – Benfica, Estoril e Rio Ave –, num total de cinco oferecidos pela equipa aos adversários.
CONTABILIDADE
Liga NOS: 18.º lugar, 4v-9e-21d, 22gm-58gs, 21 pontos; despromovido à II Liga;
Taça de Portugal: afastou o Estarreja (1-3), antes de perder na 4.ª eliminatória diante do Torreense (1-0) com um golo de Pedro Bonifácio aos 90’+1’ minutos;
Taça da Liga: afastou o Cova da Piedade (2-1) na 2.ª eliminatória; terceiro classificado no grupo A (3 pontos), atrás de Setúbal e Sporting, e à frente do Varzim.
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