Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
Cale-se quem pensava que era irrepetível! O Tondela voltou a contrariar as previsões e alcançou mais uma permanência sobre a meta. Embora não tenha estado pontualmente tão afastado do mágico 16.º lugar como na época anterior, o Tondela voltou a reunir e sobreviver a estatísticas que habitualmente levam o carimbo de “condenado”. Foi lanterna vermelha em 18 jornadas e passou outras nove abaixo da linha de água, só venceu à 7.ª jornada, encadeou séries de sete, e depois nove, jogos sem ganhar e sofreu golos em 13 jornadas consecutivas (6.ª à 18.ª). Mais uma vez o destino parecia traçado.
No entanto o Tondela foi conseguindo alguns resultados vistosos aqui e ali; empatou com o FC Porto (0-0 em casa, 5.ª jornada) e o Sporting (1-1 fora, 8.ª), e bateu o Guimarães (2-1, 11.ª), mas sofreria um golpe potencialmente fatal ao perder com o então último classificado Nacional (3-2, 13.ª), que lhe passou a lanterna para a mão. Os beirões só voltaram a dar sinal de vida quanto bateram o Chaves (2-0) à jornada 19, antes do período negro que só terminaria na ronda 29 com um triunfo (2-1) sobre o Rio Ave. Na jornada 30, um requinte: a vitória tondelense sobre o Nacional (2-0) devolveu a lanterna aos insulares.
O Tondela não olharia mais para trás, e venceria Setúbal (2-1, 32.ª), Arouca (1-2, 33.ª) e Braga (2-0, 34.ª) na recta final para escapar no último segundo ao desmoronamento precisamente do Arouca. Incrível.
TREINADORES
Petit procurou dar seguimento ao milagre da época transacta, mas assim que se aproximou a viragem do campeonato, e estando já fora das duas Taças, o antigo internacional português apresentou a demissão ao fim de 16 jogos.
Pepa, que tinha saído do Moreirense apenas cinco jornadas antes, assumiu de pronto os comandos para a repetição da façanha do seu antecessor, a quem indirectamente ainda deu uma mãozinha. Ao empatar com o Tondela em casa na jornada 26, Augusto Inácio saiu do Moreirense para entrar Petit.
FIGURAS
Cláudio Ramos foi mais uma vez um guarda-redes com grande capacidade de sofrimento. E foi bem preciso, já que o Tondela foi uma de três equipas que marcaram menos de 30 golos. Daí que o melhor marcador na Liga, Jhon Murillo terminasse com o estonteante total de cinco golos. Kaká voltou a colocar a ordem possível na defesa e ainda marcou o tento que assegurou a permanência, enquanto Wagner e Osorio asseguraram outros golos decisivos. Pedro Nuno bisou no crucial jogo de Arouca. O mesmo Kaká (frente ao Nacional, 13.ª jornada) e Pica (contra o Setúbal, 15.ª) bisaram nos auto-golos
CONTABILIDADE
Liga NOS: 16.º lugar, 8v-8e-18d, 29gm-52gs, 32 pontos;
Taça de Portugal: ultrapassou Sertanense (0-4) e Aljustrelense (1-2), antes de ser eliminado pelo Leixões (2-1) nos oitavos-de-final;
Taça da Liga: afastado na 2.ª eliminatória pelo Feirense (3-0).
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.