Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A época dos azuis do Restelo fica marcada pelo ansiado regresso às provas da UEFA, oito anos depois da última, e fugaz, presença, na qual se bateram com o Bayern Munique. A caminhada europeia desta vez durou até Dezembro, graças a uma inédita presença na fase de grupos da Liga Europa, onde roubou pontos ao campeão polaco KKS Lech Poznań (dois empates a zero), juntamente com uma inesperada vitória em casa do hexacampeão suíço FC Basileia (1-2). Para chegar a essa fase da competição, o Belenenses ultrapassou IFK Gotemburgo e SCR Altach, sem sofrer qualquer golo.
É fácil dizer que a distracção proporcionada pela Liga Europa pode ter contribuído para uma campanha sem sal na Liga NOS, mas a verdade é que o Belenenses não foi muito diferente da versão de 2014/15. Os resultados mais uma vez foram mistos, mas desta feita a equipa conheceu um retrocesso notório em termos defensivos. Os 66 golos que concedeu são nada menos que o pior registo do clube em 75 anos de I Liga. O Benfica foi responsável por onze desses golos (seis na Luz e cinco no Restelo), mas o Benelenses sofreu pesadas derrotas também diante de FC Porto (4-0), Braga (4-0), Setúbal (0-3) e Sporting (2-5).
O treinador Ricardo Sá Pinto demitiu-se após a jornada 13, disputada em meados de Dezembro, na qual o Belenenses foi a casa da aflita Académica perder por 4-3. Já estava concluída a participação europeia, e também o percurso na Taça de Portugal, onde na 4.ª eliminatória perdeu no reduto do Portimonense, da II Liga, por 3-2 com um golo ao cair do pano. O substituto foi Julio Velázquez, o que não deixou de ser um contra-senso, se pensarmos que o plantel azul tem uma larga maioria de jogadores portugueses.
Sob o comando do técnico espanhol os resultados não melhoraram de forma visível, embora as chegadas de Juanto e Bakić na reabertura do mercado tenham dado outra consistência ao futebol atacante do Belenenses, que marcou mais dez golos que na época transacta. O melhor marcador da equipa na Liga foi, no entanto, Tiago Caeiro, com sete golos, secundado por Miguel Rosa, com seis, embora este último só a espaços tenha estado na sua melhor forma. Sturgeon é lutador mas não traz consigo muitos golos.
Tendo em conta os muitos golos sofridos, talvez a experiência de Gonçalo Brandão e principalmente do central Tonel tenha sido irrelevante. Ficaram na memória o auto-golo tão ridículo quanto infeliz que Tonel marcou ao FC Porto – o jogador queixou-se do encandeamento provocado pela iluminação artificial –, bem como o penálti cometido nos descontos da visita a Alvalade, que deu a vitória ao Sporting (1-0). O próprio Carlos Martins acabou por nem sempre ser tão efectivo como se esperava.
Contas finais
Campeonato: 9.º lugar, com 10v, 11e, 13d, 44gm, 66gs, 41pts
Taça de Portugal: afastado na 4.ª eliminatória (Portimonense, 3-2)
Taça da Liga: eliminado na fase de grupos
Europa: eliminado da Liga Europa na fase de grupos
Para mais tarde recordar
27.08.2015, Liga Europa – o Belenenses qualifica-se para a fase de grupos ao eliminar, ironicamente, o mesmo SCR Altach que havia mostrado a porta de saída ao Vitória minhoto na ronda anterior. O único golo da eliminatória fora apontado na primeira mão, uma semana antes.
13.03.2016, jornada 26 – ao vencer o Braga por 3-0, o Belenenses conseguiu a sua maior vitória da temporada.
Para esquecer
11.09.2015, jornada 4 – a derrota por 6-0 em casa do Benfica foi a pior dos azuis desde o 7-1 nas Antas em 1987/88;
20.11.2015, Taça de Portugal – eliminado pelo Portimonense (II Liga), ao perder no Algarve por 3-2;
30.11.2015, jornada 11 – derrotado por 1-0 com uma grande penalidade infantil nos descontos, o Belenenses continua sem vencer em casa do Sporting desde 1954/55.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.