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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
A convulsão interna do Belenenses parece ter passado para a equipa, que pareceu sempre em perda, depois de um breve período de algum fulgor até à sexta jornada da Liga NOS. Duas vitórias – Tondela (f) e Nacional (c) – e três empates – Boavista (c), Guimarães (f) e Arouca (c) – colocavam os azuis no sétimo lugar, mas a jornada seguinte traria mudanças. Além de ver a sua equipa sair de Chaves derrotada (3-1), Julio Velázquez não pôde contar com Sturgeon, devido a um processo disciplinar que o técnico espanhol não entendeu nem aceitou. Extremadas as posições, o treinador saiu.
Já com Quim Machado ao volante o Belenenses apurou-se para a fase de grupos da Taça da Liga ao vencer no Bessa (0-1), mas no campeonato foram precisos mais dois jogos até obter um triunfo, que apareceu então na 10.ª jornada, na Feira, com um tento precisamente de Sturgeon. Seria o início da última fase positiva do Belenenses na Liga, antecedendo uma segunda volta marcada pelas nove derrotas, sete das quais consecutivas, entre as jornadas 25 e 31. É certo que os homens da cruz de Cristo não perderam entre as jornadas 19 e 24, mas a série negra teve efeitos nefastos, já que fez o clube descer até ao 13.º lugar ao fim de 29 jogos.
MOMENTO DA ÉPOCA
A derrota caseira com o Estoril (1-3) nessa jornada 29 causou grande mal-estar nos adeptos azuis, que fizeram questão de mostrar o seu desagrado com uma espera à equipa à saída do Restelo. Abel Camará foi o jogador mais visado, sendo mesmo apertado por alguns adeptos. Quim Machado não resistiu a essa pressão e chegou a acordo para a rescisão do seu contrato, sendo substituído por Domingos Paciência.
A resposta efectiva às críticas chegou ao terceiro jogo do novo técnico, e logo no jogo teoricamente mais difícil que o Belenenses ainda tinha pela frente. Na visita a Alvalade, até foi o Sporting a abrir o marcador (Bruno César, 52’), mas o Belenenses reagiu, e de que maneira, operando uma reviravolta histórica, com golos de Abel Camará (g.p., 65’) – festejado efusivamente –, Dinis Almeida (84’) e Gonçalo Silva (88’). Era a primeira vitória do Belenenses em casa do seu vizinho desde, imagine-se, 1954/55, e levou os mesmos adeptos ao pólo oposto àquele em que estavam semanas antes.
FIGURAS
O Belenenses teve o plantel mais português desta edição da Liga NOS, mas o melhor marcador foi o brasileiro Maurides, chegado em Janeiro, com seis golos. Abel Camará apontou quatro, um à frente de Tiago Caeiro. Miguel Rosa ficou-se por um tento apenas. João Diogo foi o elemento em destaque no sector defensivo.
CONTABILIDADE
Liga NOS: 14.º lugar, 9v-9e-16d, 27gm-45gs, 36 pontos;
Taça de Portugal: afastado logo na 3.ª eliminatória pela Académica (2-0). Para uns estudantes recém-despromovidos, era como se fosse um jogo de I Liga;
Taça da Liga: afastou o Boavista na 2.ª eliminatória; segundo classificado no grupo B, só com empates, atrás do Moreirense, e à frente de Feirense e FC Porto.
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