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Todas as fotografias neste blog encontram-se algures em desporto.sapo.pt, salvo indicação em contrário
É, no mínimo, surreal pensar que o Belenenses acaba de se qualificar para as provas europeias. Quem olhasse para a situação dos azuis no mês de Janeiro teria que estar louco para acreditar nesse desfecho, e mesmo agora que tudo terminou é preciso esfregar um pouco os olhos, pois tudo parecia estar contra o Belenenses.
Finda a 16.ª jornada, disputada no fim-de-semana de 10 e 11 de Janeiro, os de Belém completavam o sexto jogo consecutivo sem marcar golos e ainda tinham fesca na memória a derrota de 7-1 em Braga nos quartos-de-final da Taça de Portugal. O treinador Lito Vidigal estava em desacordo com o presidente Rui Pedro Soares desde a pré-época e Deyverson, o melhor marcador da equipa, saía para o futebol alemão. Quarto classificado antes dessa série negra, o Belenenses era agora oitavo.
Adivinhava-se uma segunda volta difícil, mas a verdade é que o Belenenses passou a maior parte desse período no sexto lugar, que acabaria por ser europeu devido aos finalistas da Taça de Portugal já estarem apurados para a Europa via campeonato. O ponto de viragem, pelo menos mental, terá sido a vitória de reviravolta contra o Sporting na Taça da Liga (3-2), que foi, contudo, insuficiente para passar do grupo. Lito Vidigal sairia do comando técnico após a jornada 25, e seria Jorge Simão, ex-Mafra, a juntar esse apuramento ao seu currículo.
Por mais que se pense, é difícil entender como foi possível o Belenenses terminar em sexto. A diferença de golos final foi negativa, os resultados mistos e o plantel desprovido de nomes que se tenham destacado por muito tempo. Incrivelmente, os azuis estiveram sempre na primeira metade da tabela. A sua pior classificação foi um nono lugar, à passagem da sétima jornada.
A qualificação europeia talvez tenha sido uma tremenda sorte. Se a forma actual se mantiver, a próxima época poderá revelar-se bem mais difícil.
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